Capítulo Catorze

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Vou embora bem cedo no dia seguinte, depois de ter passado a noite inteira chorando em silêncio. Chloe não entende porque estou com tanta pressa e porque nem ao menos tomo café da manhã antes de sair. Pelo visto, ela não notou meus olhos inchados, e eu também não falaria sobre isso. Dou uma desculpa qualquer de ter que chegar cedo porque minha mãe pediu e saio antes que Blake acorde. Não tenho cara para ver ele depois da humilhação de ontem à noite.

O resto do fim de semana é só de choro e lamentação. Por que eu tive que abrir a boca? Por que fui falar que era virgem? Devia ter deixado as coisas rolarem e pronto. Não pensei que ele fosse ficar tão revoltado em saber disso. “Não vou tirar sua virgindade, não quero essa responsabilidade”. Se eu não fosse virgem, poderia ter ficado com Blake. O que me faz odiar ainda ser, o que me faz odiar não ter aceitado a proposta do Duncan de ter ido até o fim. Tudo porque eu queria que fosse com ele, com Blake, o único garoto que não quer ter essa “responsabilidade”.

Sinto raiva. Mais do que isso, sinto meu coração doer. Estou apaixonada por Blake, e ele me machucou demais ao me rejeitar. Pensei que ele sentisse alguma coisa por mim, quando ele me beijou de forma tão descontrolada naquela cozinha, e depois, no meio da sala escura, ele me segurava com tanta força, como se não suportasse mais ficar longe de mim, como se o tempo que ficamos sem nos tocar fosse um martírio para ele.

E talvez seja isso. Talvez ele só tenha ficado assustado porque nunca transou com uma virgem antes e não soubesse como agir.

Chloe me contou muitas histórias sobre Blake - sempre reclamando do irmão, é claro - dizendo que ele era um mulherengo, que ficava com um monte de garotas e só sabia usá-las. Mas... Eu senti algo de diferente quando ele me beijou. Talvez Blake nunca tenha se apaixonado antes, mas esteja se apaixonando agora, por mim. E ele não sabe lidar muito bem com esse sentimento. É isso.

Se para deixar ele mais à vontade, eu preciso deixar de ser virgem, então é isso o que vou fazer. Mesmo que não seja com ele.

*

Duncan e eu estamos ficando cada vez mais impacientes. Toda vez que nos encontramos naquele banheiro, no quarto período de aulas, sinto uma atração forte por ele, que me puxa e me faz querer devorá-lo todinho. E ele sente o mesmo por mim, pois corresponde avidamente as minhas carícias ferozes.

Nós nos beijamos como se necessitássemos disso. Como se a boca dele fosse a única coisa que pudesse me alimentar, e a minha a ele. Seu corpo esguio e quente já se tornou familiar para mim, e ainda sim, eu preciso demais. Só pegação por cima das roupas não é mais suficiente. E ele age do mesmo modo comigo. Suas mãos exploram tudo o que se pode explorar por baixo da minha camisa, e não ficam contentes com essa limitação. Então ele passa a desabotoar minha camisa, com mãos apressadas. Faço o mesmo com ele, desatando o nó da sua gravata, e tirando os botões um por um, de cima para baixo. Ele termina primeiro de desabotoar minha camisa e a abre para os lados, esquadrinhando meu abdômen e meu sutiã azul-piscina. Abre o fecho frontal e o joga para ao lados, liberando meus seios grandes, que ele logo trata de acariciar com sua boca. Eu suspiro com seus lábios e sua língua que tocam meus mamilos com desejo. Suas mãos massageando os dois seios e me deixando ainda mais molhada.

Ele desce aos beijos por minha barriga chapada, me causando um arrepio no estômago que desce para o meio das minhas pernas, para onde ele está se encaminhando.
Ligeiramente, ele levanta minha saia e desce minha calcinha com tanto desespero que ela quase se rasga, sem se importar em guardar a peça no seu bolso, como ele faz normalmente. Seu fogo é tanto, que ele mal pode esperar para por a boca no meu sexo.

Suas mãos inclinam o meu quadril e sua língua massageia meu clitóris, me fazendo tremer imediatamente com o toque no meu local mais sensível.

- Caralho... – eu suspiro, perdendo o ritmo da minha respiração. Preciso disso, preciso demais. Preciso da sua língua me dando prazer e me fazendo chegar a um orgasmo maravilhoso.

Almost Love - Volume 1 | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora