Bad Blood: Draco Malfoy

Capítulo 49

Alhena

Estávamos todos felizes na escola, tínhamos ganhado a segunda prova ficando na seguinte ordem: Hogwarts, CasteloBruxo e Beauxbatons. Mal via a hora para a terceira, que infelizmente só aconteceria em janeiro, depois das festas.

— O que está fazendo? — Draco me olhou curioso.

— Lendo.

— Hum.

— O que foi?

— Vamos sair?

— Agora? — Dei risada.

— Por que não?

— O mundo está congelando lá fora, meu amor. — Draco arrastou-se até mim na cama e me abraçou — O que foi, princesa? — Me olhou confuso.

— Estou entediado, não podemos sair lá fora porque está muito frio, não tem nada de legal para fazer no castelo, deviam nos liberar hoje para voltarmos para casa. — Draco parecia uma criança fazendo birra.

— E o que estaríamos fazendo em casa?

— Não sei — suspirou. Sua mão estava brincando com a barra da minha saia, ele a puxava devagar para baixo — O que quer fazer nesse natal já que ano passado só jantamos com meus pais?

— E se passarmos esse ano ao modo trouxa?

— Como?

— Podemos passar esses dias na minha casa em Londres.

— Com os trouxas?

— Eu posso pedir para todos saírem da cidade se quiser, mas não garanto que farão.

— Palhaça — sorriu me olhando. — Podemos ir se você quiser, afinal de contas já foram dois feriados lá em casa.

— Oba  — sorri e o abracei.

A manhã chegou rápido, o frio continuava lá fora, eu estava me sentindo dentro de uma geladeira, por sorte eu posso dividir minha cama com o Draco.

Nós viemos passar a semana das festas em Londres, pela primeira vez, já que Draco sempre passou em sua casa e eu em Nova Iorque. Mas desta vez a viagem foi mais cansativa do que eu conseguia me lembrar.

— Eu estou morta.

— Espero que na sua casa tenha lareira. — Entramos com calma.

— Uma lareira não, mas tem uma grande invenção dos trouxas chamada aquecedor.

— E o que isso faz? — Me encarou curioso.

— A mesma coisa que a lareira, mas sem precisar do fogo. — Liguei as luzes da sala e tudo estava no mesmo lugar, meus pais realmente só me trouxeram para Londres e voltaram para Nova Iorque.

Draco olhava curioso ao redor, tenho certeza que se eu lhe trouxesse mil vezes à minha casa, todas ele ainda ficariam chocado com as “coisas inúteis" dos trouxas.

— Onde eu deixo minhas coisas?

— Pode por no meu quarto.

— Como que faz para clarear? — Dei risada e me aproximei do interruptor.

— Está vendo essas caixinhas? Todos os cômodos tem uma, você só precisa apertar.

— Isso é muito estranho. — Draco subiu as malas e eu me joguei no sofá, sentia falta da minha casa mesmo que tivesse passado apenas alguns meses nela antes de ir para Hogwarts — Hum, aquela coisa está passando na televisão?

— O que? — Dei espaço para ele sentar.

— Você sabe, aquelas pessoas engraçadas, que tinham um pato.