Capítulo 42

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Alhena

Tomei um banho demorado, senti todo meu corpo arder por dentro, era uma dor horrível. Me enrolei na toalha e sequei meu cabelo, estava péssima.

Saí do banheiro e coloquei minha roupa rápido, ouvi a porta bater atrás de mim, já sabia quem era e o que queria.

— Nós vamos conversar. — Sua voz estava um pouco rouca.

— Não.

— Eu não estou pedindo, estou apenas te avisando. — Sentou-se na cama e ficou me encarando, é incrível como ele consegue fingir que nada aconteceu. O ignorei e fui em direção à porta — Colloportus, ninguém sai desse quarto até você me dizer, o que está acontecendo?

— Eu não quero falar, não preciso saber de nada! Eu já vi o que precisava ver.

— E o que você viu? Se continuar me tratando assim, eu quero saber o motivo. — Levantou-se e veio em minha direção.

— Não encosta em mim.

— Por que? O que eu te fiz? — Tentou segurar minha mão, o empurrei devagar e peguei minha varinha.

— Immobilus. — Draco gargalhou me encarando, seus olhos brilhavam de tanta luxúria.

— É assim que você quer brincar, Virgo?

— Eu não estou brincando com você. Eu vou gritar se você não abrir essa porta.

— Grita, e por favor grita o que está acontecendo. —  O encarei e comecei a gritar pela janela — Abaffiato.

— Me deixa em paz.

— Então fala. — Sentei-me na cama e respirei fundo — Legilimens. — Fechei os olhos tentando o impedir de entrar na minha mente.

— Para. — Levantei-me.

— Incarcerous. — Cordas apareceram nas minhas mãos, quanto mais eu tentava tirar mais elas apertavam.

— Está me machucando.

— Você também está me machucando... Finite Incantatem. — Draco conseguiu se livrar do meu feitiço e aproximou-se — O que aconteceu? — Fiquei em silêncio — Não faz isso ser mais difícil do que precisa ser — disse Draco passando a mão em meu rosto, seus lábios já estavam próximos aos meus, seu cheiro estava tomando conta de mim. Draco me beijou e conseguiu entrar na minha mente, mesmo tendo prática era difícil manter o controle. As cenas passaram em minha cabeça novamente, eu estava em frente ao espelho, discutindo com as meninas e chegando ao dormitório — O que é isso?

— Sai.

— Por que não me contou? Eu jamais faria isso com você.

— Mas fez.

— Eu nunca te trairia, ainda mais com a Granger.

— Não foi o que eu vi.

— Eu te amo, porra. — Draco me encostou na porta e deitou sua testa em meu ombro — Acredita em mim.

— Por que eu te perdoaria? Quem me garante que não vai fazer isso de novo? Me solta.

— Você não me ama mais? — Fiquei em silêncio, não o deixaria fazer isso de novo — Eu só tenho você! Eu voltei para o quarto depois do jantar ontem, fiquei com o Blásio desde o almoço. — Deixei algumas lágrimas escaparem.

— Não encosta.

— Me responde. — Draco já estava chorando no meu ombro, eu não queria me sentir culpada por isso, foi ele quem causou tudo isso — Finite Incantatem. — Massageei meus pulsos e me afastei dele.

Bad Blood: Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora