Capítulo 17

4.5K 341 167
                                    

Quando eu penso que tudo está indo bem, isso aparece. O que querem agora? E ainda tenho que levar a Alhena e deixá-la exposta à eles.

— Se segura em mim. — A puxei para perto e desaparatei. Estávamos em meu quarto e meu baú estava no canto do quarto.

— O que será que eles querem?

— Coisa boa não é, vem. — Segurei sua mão e descemos as escadas procurando meus pais.

— Draco! — Minha mãe me chamou vindo em minha direção e com pressa me abraçou — Como você está? Eu estava tão preocupada.

— Deixe o garoto em paz, Narcisa — disse meu pai nos olhando. — Sente-se senhorita Virgo. — Alhena apenas obedeceu suas ordens e sentou-se em uma poltrona verde perto da lareira — Nós precisamos conversar. — Todos sentaram-se.

— Nina, traga algo para eles beberem — ordenou minha mãe.

— Então? — perguntei.

— Os tempos estão mudando Draco, vocês dois serão sua própria ruína — explicou meu pai, o encarei e gargalhei.

— Vocês me chamam aqui para me falar isso?

— Entenda querido, vocês dois terão de tomar decisões difíceis, você-sabe-quem tem um interesse a mais na senhorita Virgo. — Alhena não dizia nada, apenas ouvia o que meus pais diziam.

— Não sejam tolos, o amor não salvará vocês. — Meu pai levantou e pegou o chá que Nina servia.

— O que vocês querem dizer com isso? — perguntou Alhena e todos a olharam.

— Em breve Draco fará dezoito anos e você dezessete — disse meu pai a encarando. — O maior erro que fiz foi me apaixonar por uma Virgo, e tomei a decisão certa me casando com Narcisa.

— Dalila, era você. — Alhena levantou.

— Do que vocês estão falando?

— Dalila Virgo, tinha dezessete anos quando conheceu seu pai, íamos nos casar quando terminássemos os estudos — respondeu minha mãe os encarando. — Eles ficaram juntos por um tempo, mas ela não aceitava o caminho que ele iria seguir, e no dia que nos casamos ela...

— Se jogou da torre de astronomia! — completou Alhena. — Você tem noção do que fez com a minha família, Malfoy?

— Menina, tome um pouco de chá. — Nina entregou-lhe a xícara e Alhena a jogou para dentro da lareira.

— Não! — gritou.

— Eu não tive culpa alguma do que aconteceu com ela — explicou meu pai, quase a matando com os olhos. — Ela sabia quem eu era.

— Um Malfoy, imundo! Sinto pena de Draco por ter um pai como você.

— Sua fedelha, vai se arrepender do dia em que encontrou com meu filho. — Meu pai puxou a varinha e minha mãe entrou em sua frente.

— Lucius, já chega! Ela é apenas uma menina.

— Uma menina insolente.

— Parem! Todos vocês — gritei e Alhena sentou novamente. — O que tudo isso tem a ver comigo?

— Precisamos manter o sangue da família puro e a senhorita Virgo, bom... ela não tem um resquício de trouxas em sua família. E se algo der errado durante essa guerra, precisamos protegê-los — disse minha mãe enquanto fazia meu pai se sentar.

— O que querem dizer?

— Vocês precisam se casar, assim não poderão depor um contra o outro, se o pior acontecer — explicou meu pai me encarando.

— Casar? — Levantei-me — Vocês só podem estar delirando.

— Meus pais nunca vão permitir isso — exclamou Alhena limpando seu rosto, suas lágrimas insistiam em cair.

— Somos novos, isso é bobagem.

— Bobagem? Acha que quero meu filho preso? Apodrecendo em Azkaban! — perguntou minha mãe.

— Deveriam ter pensado nisso quando o forçaram a fazer parte disso — disse Alhena deixando todos em silêncio.

— Subam e troquem suas roupas, amanhã conversaremos sobre tudo isso, descansem.

(...)

Estávamos em silêncio no quarto, o que eu poderia dizer à ela? Seríamos obrigados a nos casarmos. Ela me olhava e chorava, todos estávamos abalados.

— Draco? — A encarei e me aproximei — Me desculpa por falar aquilo sobre sua família.

— Não tem problema, amor. — A abracei — Afinal, quem são eles para decidirem nossas vidas?

— Eles têm razão, mesmo não querendo participar de tudo isso, ainda estamos aqui e seremos julgados da mesma maneira que todos — suspirou me olhando.

— Alhena Virgo, você quer se casar comigo? — Ela sorriu me olhando.

— Idiota.

Alhena

Eu não estava chorando porque talvez me casaria com Draco, mas sim porque participaria dessa família que não é tão boa quanto eles gostam de acreditar, e eu tenho apenas dezesseis anos.

— Vamos trocar essa roupa? — sorri para Draco.

— Só depois que responder minha pergunta.

— Você sabe minha resposta — sorri tirando sua gravata.

— E qual seria? — Segurou meus pulsos me olhando.

— Solta, e é sim, seu palhaço. — Draco sorriu e me soltou, tirei sua gravata e seu casaco.

— Sabia que eu te amo? — Me puxou para seu colo sorrindo.

— Quem diria? Draco Malfoy ama alguém, o que as pessoas diriam se ouvissem isso? — Acariciei seu cabelo.

— Não seja boba — respondeu tirando minha camiseta e me beijou. — Você é minha Alhena, apenas minha. — Tirei sua camiseta e o deitei na cama ainda o beijando, seu corpo arrepiava a cada toque, isso me deixava com mais desejo.

— Eu também amo você — respondi o encarando e tirando seu cinto. — E se alguém aparecer aqui?

— Ninguém vai aparecer. — Alisou minhas costas e tirou minha saia sorrindo.

— E se ouvirem? — Chupo seu pescoço.

— Juro que ninguém vai nos atrapalhar — murmurou enquanto me mordia e puxava meu cabelo com certa força. — Só quero te ter agora, não quero pensar em mais nada além de você. — Draco levantou me pegando no colo e continuou me beijando. Estávamos apenas com a roupa de baixo — Vamos tomar um banho?

— Agora? — Puxei seu cabelo o fazendo sorrir.

— Eu tive uma ideia, vai gostar. — Draco me soltou e entrou no banheiro, coloquei nossas roupas em cima de uma cadeira e entrei — Vem, vai ter que tirar isso ai. — Apontou para minha lingerie.

— Não quer tirar? — Me virei, senti sua mão agarrar minha cintura, seu corpo estava quente.

— Você me deixa louco — sussurrou em meu ouvido enquanto apertava sua ereção em meu corpo. Draco tirou minha lingerie e me levou até a banheira, era enorme, mas não era novidade um Malfoy querer ostentar suas riquezas. Me sentei em sua frente e Draco me puxou para perto — Quer que eu prenda seu cabelo?

— Quero. — Draco puxou meu cabelo para cima fazendo um coque e beijou meu pescoço — Isso é maldade.

— Maldade é você não estar aqui em cima. — Me puxou para seu colo, senti sua ereção perto de mim e o beijei, Draco me penetrou devagar me fazendo soltar um leve gemido. Apertei seus cabelos entre meus dedos, ele fazia movimentos cada vez mais fortes e chupava meu pescoço.

(...)

© Expresso Fic & Calina D.L.
São Paulo – Brasil, 2020

Bad Blood: Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora