Capítulo 38

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   Alhena

Treinei a semana inteira com o pessoal, estou me dando melhor do que eu estava esperando. Estive tão preocupada com as provas e com o baile que quando me dei conta já era sexta-feira e amanhã seria o baile.

Draco disse que sairia hoje para pegar nossas roupas e falou que faria uma surpresa, estou martelando o que pode ser até agora, detesto me sentir fora do controle.

— Está no quarto? — Ouvi seu grito da sala comunal.

— Sim, por quê?

— Fecha os olhos!

— Por que?

— Fecha. — Sua voz já estava atrás da porta — Fechou?

— Sim.

— Se estiverem abertos, vou ficar muito chateado.

— Ah Draco! Vai logo.

— Tá bom, tá bom. — A porta se abriu e ouvi seus passos caminhando até minha cama — Pode abrir. — Abri os olhos devagar e ele estava sorrindo, seu cabelo estava cortado como quando nos conhecemos, mas agora sua barba estava estampada em seu rosto, e bem desenhada.

— Caramba! Quem é você e o que fez com meu namorado?

— Então você gostou? — Deu risada.

— Sim, muito.

— Quer provar seu vestido? — Levantou-se tirando seus sapatos.

— Eu posso? — Levantei-me empolgada.

— Claro, mas só amanhã.

— Ah, não faz isso comigo, e se não servir?

— Eu conheço seu corpo — sorriu me olhando, gargalhei com sua resposta e me sentei na cama.

— Vem aqui. — Draco tirou seu terno e sorriu, a barba o deixa com a aparência mais madura e eu adoro isso. Ele abriu os botões de sua camisa devagar e desatou o nó em sua gravata preta — Caramba, até assim você consegue me deixar hipnotizada por você.

— Ah é? — Mordeu os lábios devagar encarando meus olhos, a cor de seus olhos parecia cada vez mais vibrante. Apenas assenti e o puxei por sua camisa.

Draco me beijou com a mesma intensidade do nosso primeiro beijo em sua casa, sua mão passou por minha nuca e nossos corpos foram unidos.

— Eu estou adorando a ideia de dividirmos um quarto.

— Fica cada vez melhor. — Ficamos por um bom tempo na cama nos “pegando” como ele gosta de chamar, mas não fizemos nada demais. Mesmo estando excitados, as coisas pequenas estão sendo bem mais relevantes enquanto estamos juntos.

— Você está nervosa para segunda?

— Eu estou tendo um infarto! Já pensou se quando chegarmos lá damos de cara com sei lá, um basilisco?

— Nós já conhecemos um, não é tão assustador.

— Palhaço, aquele está morto.

— Não precisa se preocupar com os animais ou qualquer coisa das provas. O perigo real é saber se aqueles dois vão aprontar alguma coisa.

— Fico com medo só de pensar, se a Malia quer se vingar, esse é o momento perfeito. — Draco suspirou e beijou minha testa.

— Seus pais te mandaram alguma carta, além da autorização?

— Nada e os seus?

— Na mesma, eu estava pensando há algum tempo... será que esses tios que a Grendle tanto fala não são meus país? Eles foram para Paris assim que a guerra acabou e nunca mais mandaram cartas ou voltaram para Londres.

Bad Blood: Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora