Capítulo 22 - What about now?

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- Violet – agosto de 1994 -

- Shhhh... Está tudo bem... tudo bem... – repetia ele enquanto abraçava-me.

Não sei quanto tempo ficamos assim. Enquanto lágrimas corriam pela extensão do meu rosto, Snape afagava meus cabelos, embalando-me como se fosse uma criança. Pouco a pouco meus soluços foram cessando...

- Está melhor?

- Sim... – acenei – Obrigada.

Permanecemos em silêncio por alguns segundos. Era incrível como um simples abraço podia me transmitir tanta segurança!

- É melhor sairmos daqui... Logo o Ministério aparece. – disse ele.

Acenei novamente e, sem tirar os braços do meu redor, ele conduziu-me através do caminho repleto de móveis e tecidos queimados.

- O que aconteceu Violet? - sua voz estava carregada de preocupação. Pela primeira vez vi um Snape diferente, mais... humano.

- Eu não aguentava mais ficar no mesmo espaço que os outros. Me sentia sufocada. - confessei - Então saí para caminhar, mas não deu muito certo... Na correria um pedaço de madeira acabou caindo em mim e eu desmaiei...

- O quê?!

- Eu estou bem... – afirmei assim que ele parou para procurar algum machucado no meu corpo.

- De quem fugia? – insistiu encarando o corte no meu rosto.

- Um homem apareceu e tentou me levar para outra mulher... Só não me pergunte o porquê, não sei.

- Ele não vai chegar perto de você. Está segura agora. – garantiu-me, apertando o abraço – Já aparatou alguma vez?

- Não... – respondi, confusa com a mudança súbita.

- Ótimo, considere esta como uma primeira vez. – disse sarcasticamente.

E então tudo ficou turvo, senti uma tontura horrível e, se não fosse o braço de Snape me segurando, pensaria que estava caindo num espaço sem fim. Em questão de segundos estávamos em frente à casa dos Weasley.

- Está se sentindo bem?

- Um pouco enjoada...

- É normal nas primeiras vezes... – disse ele, levando-me pela mão até a porta da casa desengonçada. – Sei que é difícil, mas tente não se meter em confusão novamente, sim?

- Obrigada... – sorri verdadeiramente.

Snape parecia não querer me soltar, assim como eu não tinha vontade alguma de me afastar.

- Eu preciso ir... – disse ele, soltando-me a contragosto.

- Tudo bem... – suspirei.

Snape virou-se relutante e começou a se afastar. Droga.

- Espera!

Sem ao menos pensar, corri em sua direção e o abracei, sendo bem recebida.

- Obrigada. – disse eu com um sorriso no rosto.

- Tome cuidado. – pediu, beijando o topo da minha cabeça e afastando-se segundos depois, aparatando e desaparecendo. Senti uma vibração boa correr em minhas veias.

Com o abraço em mente, entrei na casa tumultuada.

- Violet! – gritou Harry, vindo ao meu encontro.

- Eu sabia que ele a encontraria... – disse Hermione com um tom vitorioso.

- Onde estava? – perguntou Fred.

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