Te amo - Capítulo 39

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Carolina

Mais um dia se passava e ainda não tinha forças para trabalhar, Diego me tinha ajudado a explicar tudo para o seu avô então, tinha todo o tempo que precisasse para me recuperar.

Os papéis se tinham invertido, não saía da cama por isso, ou Mafalda ou Diego me levavam a comida. Descansava fisicamente mas, meus pensamentos não conseguiam sair daquela noite.

Diego entra na camarata com a bandeja do café da manhã.

- Bom dia. Coma e vista um biquíni, hoje vamos à praia. - me diz, entregando a bandeja.

- Como é? - pergunto.

- Isso mesmo que ouviu. Não pode ficar para sempre nesse quarto. - ele tinha razão mas, eu ia para todo o sítio menos para a praia, a sensação de pensar em mostrar o meu corpo me arrepiava.

- Não acho boa ideia. Está muito calor. - tento arranjar uma desculpa.

- Por estar muito calor é que vamos à praia. - Como esse garoto era insistente.

Como o café da manhã rápido e me visto no banheiro. Eu iria vestir um biquíni mas, não iria tirar a roupa que tinha por cima. Preferia morrer de calor, do que ter de tirar a roupa. Coloco o biquíni mais simples que tinha e uns shorts jeans e uma blusa branca por cima e saio do banheiro.

- Vamos só nós? - pergunto.

- Claro, os outros têm de ficar trabalhando.

Quando estamos perto da área da piscina vejo todas as crianças que estavam naquela semana saltando e correndo. Eu ainda não as conhecia mas acenei, fazendo Diego rir. As crianças acenam de volta, felizes.

- Tem saudades? - pergunta, enquanto esperamos o portão automatico da colônia abrir.

- Sim, olhe aquelas caras de felicidade! - Rio genuinamente com todas aquelas crianças se divertindo. - tenho saudades de ser criança também. - e suspiro.

- Eu não. Agora é bem melhor, ter independência, ser livre. - diz Diego.

- Eu ainda não sou 100% livre, não se esqueça. Ainda não sou adulta.

- Quando for, não vai querer outra coisa.

Não respondo mas, duvido. Ser adulto poderia trazer coisas boas mas, trazia muitas responsabilidades também.

Chegamos na praia e aí me lembro que me tinha esquecido completamente da minha toalha e de todas as coisas que precisava. Coloco minhas mãos na cabeça.

- Tá tudo legal? - pergunta Diego, ao ver a minha ação.

- Me esqueci das minhas coisas. Eu sabia que não deveria ter vindo.

- Tá, então mudança de planos. Vamos surfar.

(...)

Nos dirigimos a uma pequena loja perto da praia onde podíamos alugar um fato de surf para mim, já que Diego tinha o seu no carro. Eu não estava gostando nada daquela ideia.

- Tem mesmo de ser? Porque não voltamos para a colônia? - pergunto.

- Fora de questão. Vou te ajudar nisso, não precisa tar nervosa. Já alguma vez fez surf?

- Fiz uma aula, há muitos anos. - digo.

Ele bufa e ri.

- Vai aprender comigo.

Dessa vez sou eu que rio, fingindo estar a duvidar das capacidades de Diego apesar de saber que ele era muito bom.

Visto meu fato nos balneários da loja e me olho ao espelho várias vezes, me sentia ridícula com aquela coisa justa ao meu corpo. Estava horrível. Ganho coragem e afasto a cortina. Reparo que Diego engole em seco quando olha para mim, provavelmente vendo o quão mal aquilo me ficava.

- Vamos logo antes que me arrependa. - digo e saio da loja, deixando Diego pegar uma prancha para mim.

Espero por Diego do lado de fora da loja pois, ainda tínhamos de ir ao seu carro para ele se vestir.

(...)

- Vai se vestir aqui? - pergunto assim que Diego entra no carro e começa se a despir. Tento não olhar para seu tronco nu.

- Não parece óbvio? - pergunta retoricamente.

Fico o observando e percebo que amo a forma como a sua barriga se dobra à medida que se vai mexendo. Ele tinha um corpo lindo, amava o facto de ter apenas 3 tatuagens e de resto ter o corpo limpo. Penso na pergunta que lhe fiz no dia em que nos conhecemos "O que significam as suas tatuagens?", ainda tinha essa curiosidade.

- O que significam as suas tatuagens? - pergunto pela segunda vez, com a esperança que dessa vez ele me vai responder.

- Bem, essa aqui - aponta para a onda do mar, no seu dedo anelar - representa o meu amor pelo surf e pela praia, uma merda de significado eu sei.

- Claro que não. - consolo.

- A rosa dos ventos, para ser sincero não tem qualquer significado, apenas fiz. A verdade é que já não gosto muito dela. - mostra seu braço. - e essa aqui atrás - se vira, fazendo com que eu tenha uma visão perfeita das suas costas. - Fiz para meus pais. É isso.

A verdade é que de tantas coisas que pensei sobre aquela tatuagem, nunca tinha pensado nisso.

- Essa é a minha preferida. - admito.

Ele se vira novamente e pega na minha mão me puxando para a parte traseira do carro, onde ele estava.

- Eu ouvi ontem, Diego. - confesso.

- Do que está falando? Ouviu o quê? - ele pergunta olhando nos meus olhos.

- Ouvi você dizendo que me amava. - ganho coragem para dizer.

A verdade é que eu não sabia se amava Diego mas, ele me tinha dito que me amava ontem e isso me fez duvidar se aquilo era realmente verdade por isso, precisava de o confrontar.

Ele me puxa para o seu colo ao mesmo tempo que damos um beijo lento.

- E aquilo foi verdade? - pergunto, interrompendo o momento.

- Sim. Eu te amo. - ele diz, mais uma vez olhando nos meus olhos.

Eu sorrio por saber aquilo e lhe dou um beijo apaixonado. Infelizmente eu tinha de ter mais tempo para perceber se o amava realmente.

Ele aperta a minha bunda com uma mão e com a outra procura o zíper do meu fato. Assim que acha eu me retiro.

- Desculpe, acho que não estou pronta para ter outra experiência dessas, ainda por cima no seu carro.

Ele assente com a cabeça e diz que não há problema.

Oi!
não falava aqui há algum tempo. Vim pedir para que não se esqueçam de votar! Beijo

Garota do campo [FANFIC HERO FIENNES-TIFFIN]Onde histórias criam vida. Descubra agora