Casa de praia - Capítulo 40

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Carolina

Depois de fazermos surf e depois de ter engolido tanta água, vestimos uma roupa seca dentro do carro.

- O que achou? - pergunta Diego.

- Acho que você me quis matar. Essas aventuras não são para mim!

- Fala a garota que é monitora numa colônia de férias. - implica comigo.

- O que isso tem a ver? Estar na colônia é muito mais fácil do que isso!

- Adiante...- revira os olhos, mudando de assunto. - Vamos para onde agora?

- Como assim vamos para onde? Estou cansada, vamos para a colônia. - respiro fundo.

- Não, vamos para minha casa. Não quero saber de desculpas, aviso já!

- Como assim para sua casa? Onde você mora? - pergunto admirada.

Diego nunca me havia falado de sua casa, era óbvio que ele tinha uma. Pela forma como falava era perto do sítio onde estávamos.

- Aqui na Ericeira claro! Estamos a 5 minutos dela. Achava que eu vivia na colônia? - ele me pergunta como se fosse óbvio que não.

- Então, porque você dorme na colônia? Porque seu avô dorme lá também? - estou confusa.

- Porque não podemos ser diferentes dos outros trabalhadores, se vocês dormem lá, nós também temos de dormir. Então, digamos que aquela casa só é utilizada quando não é verão. - diz, encolhendo os ombros.

- Ah entendi. - confirmo com a cabeça.

- E então... quer ir para lá? - pergunta novamente.

Porque ele me queria levar para lá? Fico nervosa.

- É... Acho que sim, né? Desde que não me mate. - digo com ironia.

- Não se preocupe com isso. - diz e me dá um selinho rápido. O que me faz sorrir.

Coloca a chave no carro e avança.

Diego

Passamos o caminho para minha casa em silêncio, não era um silêncio constrangedor.

Só conseguia pensar que Carolina tinha ouvido que eu a amava mas, eu não tinha a certeza disso e agora poderia a magoar se realmente não a amasse mas, a verdade que era mais provável que eu a amasse do que não. Eu tava um chato apaixonado.

- Porque me quer levar a sua casa? - ela me pergunta sem eu estar à espera.

Olho para ela e coloco a minha mão desocupada na sua coxa, transmitindo-lhe segurança.

- Já entendeu que nunca temos privacidade? Sempre temos de estar preocupados se alguém vai aparecer na camarata e isso não é bom. Temos de ter momentos sozinhos.- digo e ela concorda acenando com a cabeça. - Se não quiser podemos ir para a colônia, não a quero deixar desconfortável.

- Claro que não! Só achei estranho. - ela sorri.

Eu amo aquele sorriso. Fico feliz de perceber que aos poucos ela se ia esquecendo daquele episódio de terror.

Garota do campo [FANFIC HERO FIENNES-TIFFIN]Onde histórias criam vida. Descubra agora