O resto das semanas se passaram. Havia conseguido aprender tudo o que precisava. Fiz o meu curso de primeiros-socorros e todas as atividades foram feitas com sucesso. Não dirigia a palavra a Marco nem a Diego. Minha vida tinha começado a ficar melhor desde que fizera isso. A cara de Camila quando soube que iria ser expulsa foi incrível. Eu pagaria para ver novamente.
Hoje era segunda-feira e por isso, ia começar o trabalho a sério. Iríamos receber as crianças.
Tomei um banho fresco, estava um calor insuportável. Vesti meus shorts jeans e minha camiseta da colônia (como sempre). Estava muito nervosa, não sabia o que esperar. Essa semana iria ficar com os meninos de 14 anos por isso, achei mais fácil, mas ao mesmo tempo eles só tinham 2 anos a menos do que eu, então me senti intimidada.
Marco nos chamou para que fossemos para a entrada da colônia para receber a criançada. Eu só ouvia meu coração batendo de tanto nervosismo.
(...)
Passado uns 5 minutos de estarmos na entrada chegaram 8 ônibus. Isso é uma quantidade absurda de crianças.
Distribuímos todo o mundo pelas camaratas, garotas para um lado e garotos para outro. Fiquei na camarata com umas garotas de 14 anos para ajudar a arrumar suas malas. Elas eram simpáticas nada a ver com as meninas de 14 anos da minha escola. Ao que parece elas já andavam naquela colônia desde a idade permitida para estar, provavelmente sabem muito mais do que eu.(...)
O dia se passou fazendo a introdução ao "Grande Aventura", cantando músicas e depois durante a tarde fomos para a piscina enorme da colônia. Não precisava estar nervosa, foi um dia descontraído.
Depois do jantar fui cantar a música " Te olvidaré " de Tini Stoessel na frente de todo o mundo, Rafael (o garoto musical, como nós chamamos) me acompanhou no piano, ele tinha muito talento.
Antes de ir para a camarata eu tinha de falar com o Sr. Jorge para me dar um dia de folga. Era abusado porque ainda só tinha tido um dia de trabalho mas, eu realmente precisava pesquisar sobre os pais de Diego, não sei como faria mas, eu tinha.
- Sr. Jorge, Sr. Jorge!- chamei correndo.
- Sim, diga Carol.
- Desculpe essa pergunta mas, eu já não vou a casa há muito tempo e preciso de ver minha família. Seria possível ter um dia de folga durante esse semana para ir à minha aldeia?- decido mentir. Não posso dizer que irei pesquisar sobre os pais de Diego, como é óbvio.
O Senhor Jorge faz sinal com o dedo para que eu o siga. Chegamos ao escritório e ele pega num monte de papéis e os analisa.
- Pode ter a sua folga já amanhã.- diz tirando os seus olhos das folhas de papel.
- Muito obrigada senhor Jorge!!!! - sinto tanta felicidade que o abraço sobre a secretária de madeira. Saio correndo, amanhã eu finalmente ia começar minha pesquisa, só não podia contar a ninguém, nem mesmo à Mafalda.
Não tenho celular então, não sei onde posso encontrar uma biblioteca, nem uma paragem de ônibus. Posso perguntar a Mafalda onde posso encontrar a paragem de ônibus porque, eu não tenho carro então se eu realmente fosse para minha casa tinha de ir de ônibus.
Quando chego ao quarto é isso que faço. Mafalda diz que a paragem é mesmo aqui no lado então, tá tudo bem. Enquanto à biblioteca tenho de perguntar ao motorista. Se tivesse celular tinha essa missão facilitada.
(...)
Vesti meu top amarelo e uns shorts brancos. Era um novo dia e era hoje!
Calçei meus all star brancos e fiz um coque bem no topo da cabeça só deixando dois cabelos soltos na frente. O amarelo ficava lindo na minha pele bronzeada. Desejei um bom dia a todo o mundo, tomei o café da manhã e parti para a minha aventura de hoje. Era a primeira vez que ia sair da colônia.
Perguntei a uma senhora idosa que estava na paragem para onde o próximo ônibus ia:
- Vai para o centro da Ericeira.
- Há alguma biblioteca aí, minha senhora?
- Sim querida. Vai se enfiar numa biblioteca com esse calor? - estranho, porém verdade kkkkkkk.
- É verdade! É uma longa história.
Esperamos pelo ônibus durante algum tempo em silêncio.
(...)
O centro da Ericeira é incrível. Se consegue sentir o cheiro do mar. Poderia estar aqui para ir à praia mas, tenho de me concentrar. Vou a um ponto de turismo para pegar um mapa. Tinha de andar um pouco até à biblioteca mas, não me importo afinal esse local é lindo.
(...)
A biblioteca não era estilo moderno. Estava completamente vazia o que é normal pois, estamos no início de julho, sinal que também estava chegando meu aniversário de 17 anos.
Fui para os computadores e coloquei no motor de busca " acidente arriba Ericeira"... Nada. Estranho. Coloquei depois " acidente de carro Ericeira " e apareceu centenas de notícias. Eu nunca iria descobrir nada dessa forma. Perguntei ao bibliotecário se eles tinham jornais antigos, ao que ele me respondeu que não. Acho que hoje foi um dia perdido.
Dou uma pequena reviravolta pelos livros e nada, absolutamente nada. Desisto! Acho que hoje vai ser um dia de diversão pela Ericeira. Esse caso não deve ser tão interessante assim.
Pego no meu mapa e vou até à praia afinal, ir à Ericeira sem ir à praia é impossível.
(...)
A areia está quente. Hoje está um dia bem legal para apanhar um escaldão e eu ali sem qualquer proteção. A praia não tem tanta gente como eu achava que iria ter. A maior parte de pessoas que estão ali são surfistas, como eu amo surf. Decido então, passar a minha tarde observando os surfistas caindo nas ondas do mar e fazendo truques. Existem uns bem gatos. Me aproximo para ver aquele espetáculo de mais perto por isso, tiro minhas sapatilhas e vou caminhando até os meus pés chegarem à água. Suas peles morenas se refletem no mar, que estilo.
- E aí?!?!? Cuidado!!- uma prancha de surf bate nas minhas pernas com força.
Tento perceber quem é o dono daquela prancha.
- Calma aí estressadinha! Quem manda estar na zona do surf??? - o sol está batendo muito forte no meu rosto então, é muito difícil de perceber quem é esse moço mas, assim que percebo quem é, fico paralisada... Era Diego. - Ei o que tá fazendo aqui???- ele me pergunta.
- Isso pergunto eu! Não deveria estar na colônia???- estou sendo grossa para ele, mas tou nem aí.
- Privilégios de ser neto do dono kkkkk. E hoje você não está de folga para poder estar com sua FAMÍLIA?? - essa pergunta me deixa atrapalhada porque eu estava mentindo.
- E tou! Minha mãe e minha vó estão bem lá atrás.- espero estar sendo convincente.
- Ah e onde?- porra. Metido.
- Não aqui na praia mas, no café lá atrás. Foram tomar um sorvete.- digo nervosa.
- Imagino. Bem, vou continuar. Adeus.- e se vai, pegando na prancha.
Então, Diego gosta de fazer surf, ele gosta de fazer alguma coisa. Impressionante.
Ele corre com a prancha em baixo do seu braço e seu fato lhe assenta perfeitamente, tendo a visão perfeita de seus bíceps. Ele é muito gostoso. Espera, o quê?!?!?!? Ele é ridículo, isso sim.
Saio da praia para que não me encontre mais com aquele babaca.
Oi oi!!! Agora a história está mais calma mas, prometo que nos próximos capítulos vai haver drama kkkkk! Se preparem!
Não esqueça do voto!
Beijo e obrigada!
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Garota do campo [FANFIC HERO FIENNES-TIFFIN]
FanficCarolina é uma garota comum e simples. Vive em uma humilde casa no campo com a sua avó e com a sua mãe em Portugal. A sua vida não é nada interessante até a sua mãe decidir que Carolina deve arranjar um emprego de verão numa colónia de férias, onde...