Esperança- Capítulo 31

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- Senhor Jorge eu não o queria incomodar mas, eu realmente preciso de ir à colônia. Já não como nada há horas e preciso de tentar dormir um pouco e como sabe eu não tenho carro...

- Perdão Carolina mas, eu não vou sair até ter notícias de Diego, se importaria se Jaime te desse carona? - me pergunta Jorge.

Eu não conheço Jaime mas, se não há outra solução, tá legal. Jaime olha para mim com uma cara de "Não aceite por favor", o que era perfeitamente normal.

- Se não te incomodar, por mim tudo bem.- tento ser educada com Jaime.

- Claro que não. Venha.- se notava que ia por obrigação, não o julgo.

Jaime diz ao Sr. Jorge que volta rapidinho. Eu tinha de voltar na manhã seguinte, precisava de ver Diego.

Eu e Jaime saímos do hospital em direção ao seu carro, que no caso é um Ferrari vermelho. Meu Deus! O que esse garoto faz da vida?

Entro e me sinto nervosa pela viagem, iria ser tão constrangedor estar no mesmo carro com um desconhecido

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Entro e me sinto nervosa pela viagem, iria ser tão constrangedor estar no mesmo carro com um desconhecido.

Jaime faz sons com a garganta parecendo estar tão constrangido quanto eu. Passado algum tempo de silêncio dentro do carro ele liga o rádio e passa música pop. Me perco nos meus pensamentos e me esqueço completamente do sítio em que estou.

(...)

Assim que Jaime para o carro na frente da colônia eu saio e agradeço a carona. Aí reparei o quão gato ele era mas, isso não importava agora.

Corro para dentro para procurar os meus colegas e lhes contar a notícia, aí eu me lembrei que já era de madrugada e estavam todos dormindo mas, isso era algo urgente!

Acendo a luz do quarto e alguns olhos se abrem com a claridade.

- O que se passa?- pergunta Rafael com os olhos semicerrados.

- PESSOAL PRECISO QUE TODOS ME OUÇAM, POR FAVOR! -digo alto para que todos acordem. E resulta. - ISSO É URGENTE.

- O que foi, menina?!?!- me pergunta Marco de mau humor.

- Diego está no hospital por algo grave!- digo e todos ficam pasmos.

(...)

Depois de contar todos os pormenores aos monitores, decido ir comer finalmente, depois iria dormir ( ou tentar)

(...)

Tal como imaginei, não dormi quase nada. É estranho estar tão preocupada com Diego mas, não posso esquecer que é uma vida humana que está em risco, não é só por ser ele.

Hoje iria chegar novos grupos de crianças mas, eu não podia trabalhar por isso, pedi a Mafalda para distribuir o meu grupo por todos os monitores e que no dia seguinte iria voltar.

Vesti uma roupa mais decente para ir ao hospital : uma calça jeans e uma blusa branca. Mais básico impossível. Arrumei meus cabelos e peguei na minha bolsa preta e lá fui eu mais uma vez no ônibus, dessa vez não caí no mesmo erro e levei mais dinheiro.

Queria muito ver se o Sr. Jorge se encontrava bem, para além de Diego, é claro.

(...)

- Bom dia.

- Bom dia Carol!- responde o meu patrão.

Ele parecia estar feliz, eu tava vendo bem?

- Nada de notícias? - pergunto.

- Sim! Muitas notícias e das boas! Diego acordou do coma. Foi bem rápido mas, só o vamos poder visitar daqui a 1 hora.

Depois dessa sinto um grande alívio, respiro fundo como se todo o ar que existe no mundo saísse dos meus pulmões.

- Isso é incrível! - exclamo.

- É mesmo, porém ele ainda está fraco por isso, temos de ser breves e não o enervar.

Diego era quem me enervava, não eu.

De repente vejo o amigo de Diego, Jaime entrando na sala de espera. Eles realmente devem ser muito amigos para o garoto se preocupar tanto.

Dessa vez se encontra mais asseado, não como no dia anterior que tinha vestido uma camiseta branca cheia de manchas de bebida alcoólica. Tinha um polo vermelho da Ralph Lauren e uma calça bege, ele era riquinho mesmo.

- Bom dia. - cumprimenta, ao que eu respondo também.

O Senhor Jorge conta tudo sobre Diego ter acordado e depois de tanta conversa, passa 1 hora.

O primeiro a visitar Diego é o seu avô, o que acho justo.

(...)

- Pode ir Carolina.- me chama Jorge voltando do quarto de Diego.

Me levanto e fico nervosa. O que eu iria dizer? "Estava muito preocupada com você", não eu nunca diria isso. Pensando bem, eu nem tenho razões para estar aqui, eu odeio Diego, não me lembro disso?

Deixo esses pensamentos de lado e abro logo aquela porta.

A sua cabeça se vira para mim e já não está enfaixada. Consigo ver um pequeno sorriso escapando dos lábios de Diego assim que me vê. A pancada na cabeça deve ter feito mesmo algo de ruim kkkkkk.

- Oi.- avanço tímida.

- Oi. O que faz aqui? - ele me pergunta com uma voz serena.

- Vendo a arquitetura do hospital. Não vê? - respondo irônica, fazendo com que ele desse um pequeno riso novamente. - Eu fui a primeira pessoa a saber que você estava no hospital, depois de seu amigo, seu avô só soube muitas horas depois. 

- Então, significa que esteve aqui antes?- me pergunta.

- Sim. Quer falar do que aconteceu naquela noite para ficar nesse estado grave? Pensei que não bebesse.

- Eu não bebo por esta mesma razão, se eu começo eu não paro.

Eu deixo minha bolsa na poltrona e me sento no canto da cama.

- E se já sabe que é assim, porque começou a beber?- eu já estava fazendo demasiadas perguntas mas, o que Diego me tinha dito não fazia sentido.

- Eu sei lá! Jaime me deu uma bebida e eu só bebi! - consegue deixar a sua voz um pouco mais alta.

- Então, você é do tipo influenciável? Porque muda na frente do seu amigo?

- Chega de perguntas, Carol. Acho que não devemos discutir, não agora. Guarde tudo para outro momento.- ele tinha razão, não o podia irritar, o garoto tinha acabado de voltar de um coma, tinha de ter isso em consideração.

- Posso entrar?- pergunta Jaime, tendo apenas visibilidade para o seu rosto.

Meu tempo de visita tinha terminado.

Amanhã vai ter 2 capítulos.
Beijo!

Garota do campo [FANFIC HERO FIENNES-TIFFIN]Onde histórias criam vida. Descubra agora