Domingo. 18:21.
Depois de adiar por horas esse momento, finalmente consegui coragem para sair de casa e já estou a quase cinco minutos parado em frente a porta e não consigo bater, minhas mãos estão tremendo e meu coração está acelerado.
Com dificuldade bato na porta e então ouço a voz dele gritando um "já vai" e meu coração se acelera ainda mais, se é que é possível.
O barulho da porta destrancando faz meu estômago revirar com as borboletas e a vontade avassaladora de ir embora, mas antes que eu possa fazer qualquer coisa a porta se abre.
Seus olhos encontram os meus e seu sorriso morre aos poucos enquanto eu tento lembrar como se respira.
Meu corpo todo parece tremer e meu coração bate tão forte que parece querer sair do peito, ele arruma a postura e mostra um sorriso triste, me olhando enquanto espera alguma coisa sair da minha boca.
Limpo a garganta e o suor inexistente da testa antes olhar nos olhos dele de novo e respirar fundo.
-Oi. -falo.
-Oi.
Silêncio. Eu não sei o que falar, na verdade eu sei mas não como. Ele suspira a cada dois segundos e não desvia os olhos dos meus.
Junto as palavras na minha cabeça para formar uma frase coerente e então limpo a garganta de novo com o coração batendo a mil por segundo e minha pernas mais trêmulas que bambú em tempestade.
-Você provavelmente já sabe o porquê eu estou aqui, certo?- ele assente e então eu continuo já sentindo o choro chegar a minha garganta- Eu queria dizer que não é tão fácil quanto parece falar sobre isso por quê... Isso é estranho pra caralho mas a real é que eu gosto de você, eu sou completamente apaixonado por você. - ele arregala um pouco os olhos e engole em seco mas não fala nada, então eu continuo: -Eu descobri isso aquele dia no rio, só nós dois ao por do sol com as roupas enxarcadas pela água e o brilho do sol refletindo no seu rosto, aquilo fez meu coração errar as batidas durante a noite toda. O jeito como você me olha, a forma como me toca, a delicadeza na sua voz quando falava da gente, o jeito como você acalmava e ainda acalma meu coração eram o que me mantinham na linha enquanto éramos só nós. Eu sei que eu fui idiota, que eu não soube tratar você como merecia, que eu fazia aquilo para ter uma atenção e uma reputação de alguém que nunca tem seu coração quebrado por quem quer que seja. Mas tudo isso não tem significado nenhum quando eu olho para você.
Paro um pouco para respirar e sinto as lágrimas quentes descerem pela minha bochecha, quando eu comecei a chorar?
-Mas apesar de tudo isso. -continuo com a voz trêmula- Eu só tinha medo de que você me deixasse e se apaixonasse por outro, mas isso entra em contradição com a forma que eu agia com você, eu era grosseiro e estúpido sem motivo achando que tudo o que eu dizia estava certo, eu era o cara estúpido que fazia seu coração ser quebrado a cada vez que abria a boca - minha voz quase não sai e minha visão está embaçada com as lágrimas escorrendo sem parar- Mas apesar de todas as merdas que eu disse e fiz para você, desde o dia no rio quando meu coração admitiu a si mesmo estar apaixonado, eu venho reprimindo o sentimento com medo do que ele pode fazer comigo no futuro mas eu simplesmente não consigo mais negar que eu te amo.
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Are We Still Us? [woosan] • EM REVISÃO •
FanfictionSan todos os dias escreve em seu bloco de notas o quão triste se sente pela falta de Wooyoung e o quão arrependido ele está por ter o deixado partir sem dizer ao menos uma única palavra que o confortasse. Mas então um dia triste e monótono como qua...