Are We Still Us? [woosan] • EM REVISÃO •

75. The photo

22:36.

WOOYOUNG POV (2/3)

Ontem eu estava com muito sono para abrir o envelope então eu apenas o coloquei em cima do balcão e fui dormir, agora estou sentado no sofá com ele em mãos, tem o perfume dele.

Abro o lacre e tiro um porta-retrato e um papel ainda sem fazer a mínima ideia do que se trata e, como se eu estivesse morrendo, meu coração parece parar de bater. É uma foto nossa que San tirou quando saímos juntos pela primeira vez, meu cabelo ainda estava com um roxo desbotado.

Com a garganta apertada e os olhos se enchendo de lágrimas pego o papel que estava junto com a foto e leio o que está escrito com a caligrafia estranha, porém bonita.

"Já se passaram dias, quase um mês, desde que você se foi definitivamente, eu conto todos eles como se estivesse preso e desejasse ser libertado. Você faz uma falta do caralho.
Eu sinto falta de olhar nos seus olhos, de ouvir sua risada, do seu sorriso, do seu toque, do seu beijo, do seu jeito. Eu sinto falta do calor do seu corpo no meu e espero que você também sinta minha falta.
Eu sei que você deve estar se perguntando: "como você sabe meu endereço?", eu não sei, eu entreguei o envelope para sua mãe e pedi para ela enviar para você, então eu nem sei se você vai chegar a ver isso.
De qualquer forma, se você chegou a ler esse bilhete eu quero dizer que sinto muito por tudo. Pelas coisas ruins e estúpidas que eu disse, pelas coisas que eu não disse quando precisava e tudo que te magoou.
Mas eu não fazia por mal, você sabe, não sabe?
Agora eu preciso ir dormir, fique bem.
Eu ainda amo muito você.

                           Com amor, seu San."

Limpo as lágrimas que caíram e respiro fundo tentando respirar direito, o que eu faço agora? Escrevo de volta? Ligo para ele? Mando uma mensagem? Não falo nada? Eu não sei o que fazer.

Encaro a foto por um bom tempo, esse dia foi incrível, foi a primeira vez em que ele não foi o babaca que era e me tratou bem, ele foi quem ele realmente é e não o personagem que criou para ser aceito pelas pessoas. Eu também sinto muita falta dele mas ele não sabe disso, então talvez seja certo ligar para ele.

Deixo o porta-retrato e o bilhete de lado e pego meu celular, disco seu número encarando o botão verde por tempo demais, tempo suficiente para me fazer repensar se isso é o certo a se fazer.

Suspiro alto antes de limpar as lágrimas e apertar o botão, ouvindo o barulho irritante da chamada até ouvir sua voz do outro lado da linha.

—Wooyoung?