12. Hi, Choi San.

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San


Quinta feira. 00:20.

Eu estou deitado no sofá com o nariz entupido e os olhos ardendo pelas lágrimas, até agora ele não deu ao menos um sinal de que vai me mandar mensagem ou algo assim. Talvez eu deva me embebedar e chorar no banheiro.

Algumas batidas na porta me despertam do meu transe e eu me levanto como um zumbi para ir até a porta, quem quer que seja está perdendo seu tempo, eu não quero ver ninguém além dele.

Limpo as lágrimas e o nariz antes de abrir a porta e forçar um sorrisinho.

—Oi. —a voz dele soa como melodia para meus ouvidos e meu coração acelera ao ver seu sorriso tímido e uma garrafa de vinho em suas mãos.

—Oi. —falo sorrindo e o abraço— Eu estava esperando por você desde as seis da tarde. -confesso e ele me abraça de volta.

—Ah, minha mãe só me deixou vir agora. —ele fala baixo e eu o solto, sorrindo sem mostrar os dentes.

—Tudo bem, pelo menos você veio. —falo e ele balança a cabeça.

Abro espaço ele entrar observando ele colocar a garrafa em cima da mesinha de centro e se sentar no sofá. Me sento de frente para ele, em silêncio. Eu devo estar em um estado deplorável, com os olhos inchados e vermelhos por ter chorado durante três horas seguidas.

—Porque você estava... bom, você sabe... chorando? —ele pergunta gesticulando com as mãos e eu sorrio, encostando as costas no sofá de forma preguiçosa.

—Eu não sei, acho que eu estava com muita saudade de você e te queria aqui comigo. Mas você não me mandou nenhuma mensagem e ainda postou uma foto abraçando o babaca do Chanwon. —falo olhando para o teto e ele engole em seco.

—Entendi. Você já comeu? —ele pergunta e eu balanço a cabeça negando— Por que? —ele pergunta e eu olho para ele, tentando pensar em uma desculpa boa o suficiente.

—Eu não estou com fome. —falo e ele estreita os olhos.

—Tem certeza? Eu posso cozinhar algo para você. —ele diz me encarando, soltando um suspiro longo— San, senta direito por favor. -ele pede e eu balanço a cabeça, me sentando corretamente.

—Aqui não tem nada além de nissin lamén. —confesso e ele ergue as sobrancelhas surpreso.

—Como você vive assim? A sua sorte foi minha mãe implorar para que eu trouxesse comida para você. Você não muda mesmo. —ele sussurra a última parte, abrindo uma das sacolas e tirando uma tigela com o que parece ser fricassê e duas colheres.

—Uau, você pensou em tudo. —falo e ele me olha de cima a baixo. 

—Você continua o mesmo de sempre. —murmuro e ele engule em seco.

—Como assim "o mesmo de sempre"?

—O mesmo garoto por quem eu me apaixonei. —sussuro  e ele fica em silêncio, sem reação pela minha confissão repentina.

—Ah. —ele diz me entregando uma das colheres, se sentando ao meu lado com os pés em cima do sofá.

—Obrigada. —falo comendo um pouco do fricassê e ele sorri para mim, feliz por me ver comer.

Are We Still Us? [woosan] • EM REVISÃO •Onde histórias criam vida. Descubra agora