Are We Still Us? [woosan] • EM REVISÃO •

74. Who?

21:35.

WOOYOUNG POV (1/3)

—Te vejo por ai? —Chanwon pergunta parado na porta e eu sorrio, balançando a cabeça.

—Claro, até mais. —falo fechando a porta e fico tempo demais segurando a maçaneta, me perdendo em meus pensamentos.

Sendo mais específico, o dia em que dei o último abraço nele, foi tão bom e tão doloroso ao mesmo tempo que eu não consigo impedir que meus olhos úmidos pelas lágrimas ao lembrar daquela sensação confusa em meu peito.

Tudo o que eu queria era ficar longe dele mas quando finalmente chegou o dia, eu não queria ir embora nem que colocassem uma arma em minha cabeça, e agora, no silêncio do meu apartamento, eu sinto falta dele. Mesmo que ele nunca tenha pisado aqui é como se ele tivesse impregnado cada canto com seu perfume.

Volto para o quarto e fico parado no meio dele, está escuro a não ser pela luz fraca do abajur e em um segundo de inconsciência imagino ele deitado com seu sorriso idiota de sempre, me chamando para deitar consigo. Eu não sei o que está acontecendo comigo.

Eu estava bem –ou ao menos fingia estar bem– mas de alguns dias pra cá, tudo o que eu faço é pensar nele o dia todo e quando vou dormir sonho com ele deitado no meu peito dizendo que me ama. Será que ele também sente minha falta tanto quanto eu sinto a dele?

Tiro minha blusa e fico apenas de calça, me jogo na cama e encaro teto, aquela tarde no lago com certeza é a parte mais marcante da nossa história. Aquele foi o dia que mesmo em silêncio, concordamos que não éramos só uma "transa casual", mas nós sempre fomos muito orgulhosos ou medrosos demais para deixar aquela vida apática para trás por uma "paixão".

Eu estou pensando em passar um tempo com minha mãe em Seoul de novo, na espectativa de encontrar ele na rua ou em qualquer lugar. Eu sei que ele está com outra pessoa mas eu não me importo, de alguma forma eu sei que não é nada sério.

A campainha toca e eu reviro os olhos, quem será uma hora dessas? Me levanto contra vontade e vou atender a porta, rezando para que seja engano ou que eu esteja estou ouvindo coisas.

—Jung Wooyoung? —o porteiro pergunta e eu assinto, passando a mão no rosto para arrumar meu cabelo.

—Sim? —falo e ele dá um sorrisinho.

—Isso é para você, chegou hoje cedo mas você não estava em casa. —ele diz me entregando um envelope com um girassol grudado por uma fita.

—Obrigado, quem mandou? —pergunto confuso e ele dá de ombros, me olhando de cima abaixo antes de responder.

—Não sei também, tenha uma boa noite. —ele diz saindo e eu fecho a porta.

Me sento no sofá com o envelope em mãos e franzo as sobrancelhas, quem diabos me mandou isso?