🍂98. I love the warmth of your body🍂

189 24 3
                                    

16:34.

Eu odeio essa sensação de vazio que me preenche sempre que Wooyoung não está comigo, eu disse a ele que ficaria bem e que ele poderia ir até a casa da mãe dele sem se preocupar mas eu não estou nada bem. Eu estou morrendo de saudades dele.

Eu disse que seria bom ter um tempo sozinho para pensar sobre a morte de minha mãe e nas palavras grosseiras de meu pai mas eu estava mentindo, eu poderia pensar sobre isso com ele aqui. O fato de minha mãe estar morta não dói tanto quanto ontem mas ainda dói, ainda faz meu coração doer como nunca doeu.

"As vezes, quando as pessoas achavam que precisavam de um tempo, elas, na verdade, precisavam de alguém.", infelizmente essa frase faz total sentido agora.

Não é que eu dependa dele, não é isso. Mas eu quero estar com ele, sabe? Tocar cada parte do corpo dele, fazê-lo dizer meu nome com sua voz doce, ouvir a risada dele, sentir meu coração acelerar e o estomago gelar quando ele sussurra que me ama do outro lado da mesa na hora do jantar.

Eu nunca quis tanto que alguém abrisse uma porta quanto agora, nunca quis tanto ver alguém como quero ver ele. Eu sei que ele está bem mas essa sensação ruim de não ter ele comigo me incomoda porque eu sei como é ficar muito mais do que algumas horas longe dele e, sendo sincero, eu não quero sentir isso nunca mais.

Como se o universo estivesse farto de me ouvir dizer que estou com saudades dele a porta se abre, revelando um Wooyoung radiante molhado por alguns pingos de chuva. Seus olhos caem diretamente em mim e ele sorri daquele mesmo jeito que me faz ter um treco.

-Oi. -ele diz ainda sorrindo e senta ao meu lado no sofá quando termina de tirar os sapatos e a blusa de frio.

-Oi. -falo sorrindo também, feliz por ter ele comigo.

-Como você está se sentindo?-ele pergunta colocando os pés em cima do sofá e apoia o rosto na mão.

-Bem eu acho, e você?

-Estou bem também, que bom que você está se sentindo melhor. -ele diz, seus olhos vidrados em mim enquanto ele tenta não sorrir- Senti sua falta.

-Eu também. -seu olhar encontra o meu e o tão familiar gelo no estômago aparece, me fazendo sorrir como o apaixonado que sou.

-O que você fez esse tempo todo que eu estive fora?- ele pergunta olhando para as revistas em cima da mesinha de centro e meu olhos continuam observando cada detalhe dele.

-Senti sua falta, li alguns capítulos do livro que estou lendo e senti sua falta mais um pouco. -falo e ele me olha com um sorrisinho tímido.

Eu amo ele, eu nunca amei alguém assim e parece que todas as bocas que eu beijei e todas as pessoas pelas quais eu me apaixonei estão em um passado muito distante, quase como um sonho. O que eu sinto por ele domina toda minha mente.

-Entendi, o que fez você se sentir um pouco melhor?-ele pergunta jogando os cabelos para trás e eu tento controlar o impulso de dizer coisas românticas e melosas para ele.

-Você. -ele me olha e eu dou de ombros, não é mentira- Eu estive pensando muito desde ontem e acho que ainda é muito cedo para desistir, ainda dói claro, mas é natural. -falo e ele sorri, um sorriso sincero e apaixonado.

-Fico feliz que pense assim, você não sabe o quão aliviante é ouvir isso. -ele diz e suspira, seus olhos me encarando profundamente, como se lessem minha alma.

-Eu posso beijar você?-pergunto chegando mais perto e ele engole em seco e balança a cabeça devagar.

Minhas mão tocam seu rosto e eu olho em seus olhos sentindo o coração acelerado, eu me afundaria na profundidade de seus olhos e não entraria em pânico quando o ar faltasse. Seria como ser apaixonado pela morte e implorar para que ela te busque e te faça dela.

Aproximo meu rosto do seu sentindo sua respiração ficar pesada e se misturar com a minha, meus lábios tocam os seus e as borboletas se agitam quando sua língua toca a minha. Ele coloca uma mão em minha cintura, sua mão quente contra minha pele gelada fazendo meu corpo todo se arrepiar.

Enquanto seus dedos apertam levemente minha cintura e nossas línguas se tocam ele se deita no sofá, intensificando ainda mais o beijo. Ele espalma as duas mãos em minha barriga e meu coração se acelera um pouco mais.

Beijar ele é como ter perda de memória, sempre é como se fosse a primeira vez, o jeito como nossos lábios se encaixam e a forma como parecemos ser feitos um para o outro as vezes me deixa louco porque, mesmo que pareça exagerado, eu sinto que ele é o amor da minha vida.

Interrompo o beijo e beijo sua bochecha e depois o maxilar, suas mãos sobem e seguram meus ombros quando desço os beijos pelo seu pescoço, mordiscando e chupando a pele sensível.

Desço um pouco mais os beijos até chegar a sua clavícula pouco exposta pela blusa, seus olhos estão atentos a cada movimento meu, as pupilas dilatadas em desejo. Faço uma trilha de beijos pelo mesmo caminho até chegar em sua boca outra vez, seus olhos continuam me olhando e pedindo por mais.

Podemos?, pergunto silenciosamente e como se pudesse ler minha mente ele faz que sim com a cabeça e deixa um sorrisinho escapar. Sem muita pressa eu toco seu rosto, colocando os cabelos um pouco grandes para trás.

-Você está bem?-pergunto baixo e ele assente com as pupilas dilatadas em desejo e ansiedade- Eu odeio o calor, mas quando se trata do calor do seu corpo eu fico perdidamente entorpecido.-falo e ele sorri tímido.

Beijo sua bochecha outra vez e depois o canto de sua boca, parando alguns segundos para admirar ele mordendo o lábio inferior. Uma perdição. Nossas bocas se encontram de novo mas dessa vez com um pouco mais de desejo, necessitando de mais. Suas mãos seguram meu pescoço enquanto nos beijamos, perdidos na explosão de sentimentos dentro de nós.

Suas arfadas baixas em meu ouvido e o som fraco da chuva deixando tudo ainda mais excitante, seus dedos puxando meu cabelo quando beijei a pele exposta de sua barriga e o jeito como seus olhos me olharam sempre me dando permissão para prosseguir.

Nossas respirações ofegantes, o suor escorrendo pelo corpo dele, a cabeça jogada para trás com os olhos fechados pelo prazer, seus gemidos arrastados em meu ouvido enquanto ele pedia por mais e movia seu quadril no mesmo ritmo que o meu, suas mãos no meu pescoço e puxando meu cabelo, tudo fazendo meu corpo ficar em chamas.

Minha boca percorrendo todo seu corpo, sentindo cada pedaço seu, ouvindo sua voz doce dizer meu nome de uma forma excitante, seus dentes mordendo o lábio inferior enquanto ele se desfazia juntamente comigo. A forma como ele acariciou meu cabelo após termos recuperado o ar, o jeito como seus olhos quase se fecharam quando ele sorriu enquanto tomávamos banho, o jeito como sua bochecha ficou vermelha quando seus olhos encontram os meus enquanto ele lia algum livro meu.

Tudo, cada milésimo, cada minuto, cada hora ao lado dele me fez sentir uma ponta de esperança, me fez sentir que nem tudo está perdido e eu estou ainda mais apaixonado pelo cara que decidi chamar de meu namorado.

Are We Still Us? [woosan] • EM REVISÃO •Onde histórias criam vida. Descubra agora