Capítulo 2 - Usually call me lovely

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A escola era grande, pelo menos por fora, sua estrutura era bonita e um pouco futurística, bem construída

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A escola era grande, pelo menos por fora, sua estrutura era bonita e um pouco futurística, bem construída. Tudo ali me deixava levemente intrigado, talvez meus pais quiseram me recompensar em pelo menos uma parte, mas sei que só existem três colégios com o ensino médio aqui nessa cidade.

Os lobos na minha mente correm por todos os lados, sussurrando coisas que não quero escutar, os ignoro, mas não surte tanto efeito quanto eu gostaria. Respiro fundo e reúno coragem para entrar no prédio ainda desconhecido para mim.

Passei pelo grande portão, subi algumas escadas para chegar ao andar de minha sala, a ansiedade se contorcendo dentro de mim. Todos passam no corredor despreocupados, algumas meninas me encaram, fazem comentários sobre minha aparência e saem dando risadinhas. Sei que não fazem por mal e mesmo sendo elogios, ainda me incomoda, como se eu fosse apenas um corpo numa vitrine, com um papel que me fala como devo agir.

Voltei a andar pelos corredores, estão cheios, me sinto uma formiga no meio de tantas outras. Foi difícil achar o armário, mas quando achei consegui arrumar minhas coisas dentro dele sem problema. Eu estava gostando da escola no geral, era bonita e espaçosa, mas não posso dizer que gostaria de estar aqui.

Foquei na tarefa de empilhar os livros uns sobre os outros, penso em como vou achar a minha sala quando o sinal tocar, talvez eu possa apenas vadiar. Me assusto quando uma mão toca o meu ombro, por impulso me virei para ver quem era, dando alguns passos para trás assustado.

– K-Kacchan! – Respondeu o mais novo me abraçando, me acalmei ao ver o garoto, mas a surpresa permaneceu, embora o fato de que esteja sempre chorando seja normal dele.

– Deku? não achei que te veria aqui.

– Ah, eu me mudei de novo. – Se separou do abraço e limpou o rosto na camisa, um sorriso automático aparecendo no rosto. – Mas o que você está fazendo aqui? Se mudou também?

– Não, voei pra marte! Pare de ser tapado.

– Ah, desculpa – Franzi o cenho, ele continua com essa péssima mania, uma parte de mim está feliz que ele ainda pareça ele mesmo – Vocês estão morando aonde? Eu posso mostrar a cidade pra vocês e...

– Deku – Tentei chamar a atenção dele, seus murmúrios assustando algumas pessoas no corredor, estava incrivelmente sério, como se estivesse preso em outra realidade – Deku!

– Ah! Fala.

– Só tem eu – Me virei e fechei o armário, levando na mochila o resto dos materiais que eu precisaria no dia – Por que você está chorando de novo?

– M-Meus Pêsames.

– Eles não morreram ô idiota! – Revirei os olhos, como ele conseguia chegar em conclusões como essas? Sua criatividade as vezes me espanta.

– A-Ainda bem.

– Eles apenas me mandaram pra eu morar com a minha vó porque são uns paus no cu – Bufei estressado, me pondo a caminhar ao seu lado, olhando ao redor para tentar me localizar.

End of the SummerOnde histórias criam vida. Descubra agora