Katsuki Bakugou poderia ser definido por varias coisas, desde seu temperamento hostil a fragilidade que abriga em seu coração
Tendo perdido a capacidade de ver as cores a partir de um incidente que ocorreu na infância, não se lembra muito dessa époc...
Eu estou realmente feliz com o resultado desse capitulo ele ficou um pouco maior do que normalmente é
Espero que gostem ❁
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Estou andando de volta para a casa da velha senhora, talvez ela se sinta culpada, preocupada. Queria que tivesse esquecido que eu existo, talvez fosse mais fácil planejar um suicídio assim.
Há inúmeras mensagens e ligações na caixa postal do meu celular, dos meus pais até dos meu "velhos amigos". Estou me sentindo nojento por ter fingido por tanto tempo, "apenas continue sendo uma farsa", sussurro para mim mesmo quase o trajeto inteiro.
Meus passos estão embaralhados, estou indo para lugar nenhum. Não quero aparecer na casa da velha, mas não posso ir para a aula, não tenho para onde ir.
Acho que vou ter que voltar para a casa de madeira, no fim das contas, minhas pílulas ainda estão no quarto. Passo em uma loja de conveniência e compro novos cigarros com sabor de fruta, as bebidas de ontem fazem minha cabeça latejar.
Lembro das brigas de família, meu pai dizendo pra mim que mamãe está apenas confusa, então eu tenho certeza que ela não quer aprender. Papai nunca está em casa, sempre trabalhando para fugir do pesadelo que sua família se tornou.
Pensar nisso só está fazendo tudo ficar pior, mas não consigo evitar. Acho que há certos sonhos que eu tenho que guardar, para não me esquecer do que já me fizeram.
Eles só sabem o que eu os deixo ver, não é como se eles tivessem interesse, não se importam comigo. Todas as coisas que eu sei que eles simplesmente não fazem ideia, eles só não se importam com as coisas como eu.
Fiquei acordado até ver o nascer do sol ontem, não sei o que fazer com a minha vida, estou assustado. Na casa da cara de lua, rimos até afastarmos todos os nossos medos, ficamos insanos, rindo igual idiotas, mas continuamos bem.
Nossas vidas parecem ser todas iguais, as vezes dá vontade de rir porque todos os que eu conheço continuam os mesmos por dentro, lá no fundo. Não posso falar nada, sinto que já perdi meu cérebro a um bom tempo, esta merda toda está ficando muito chata, andei fumando muita maconha pensando em pessoas que nem se importam comigo.
Não lembro mais onde eu já estive, as ruas parecem iguais e minha cabeça está girando, trago meu cigarro pacientemente mais uma vez, o jogo no chão e o apago com a sola do tênis. Eu estive procurando em todos os lugares, mas nunca acho as respostas que procuro.
Ainda não consigo me encontrar na minha mente, está tudo confuso e embaralhado, eu deveria continuar agindo como se estivesse bem? Mesmo se nada nunca parece dar certo?
Minhas pernas doem, eu estivesse caminhando por muito tempo, não sei para onde vou ou aonde estou. É como se eu estivesse na música mais triste, naquelas em que o ritmo dá sono e a letra faz você querer morrer.
Estou parado em frente a cerca branca, eu nem havia percebido, ela não combina com essa casa rustica. Abri o portãozinho, o que o fez ranger em resposta, subi os degraus desgastados de madeira branca e bati na porta.
