Demorei, eu sei :V
ultimamente eu n to tendo tempo pra nada, então não esperem muito de mim
vai ter gatilho sobre abuso/estupro nesse cap
me desculpem por issomas enfim, quem quiser pular é só ler até os primeiros *** e depois n ler mais o resto cap
se pedirem eu explico oq aconteceu nesse final no proximo cap
É issoEnfim, espero que gostem :D
Suspirei ao ver a garota entrar pela porta, pensei em me esconder atrás dos armários, mesmo sabendo que isso não daria certo e nem seria profissional da minha parte. Quando ela me viu, Jirou abriu a boca surpresa, repentinamente animada com a ideia de eu trabalhar em uma lojinha pequena um pouco afastada do centro da cidade.
Não é como se eu não tivesse conversado com Kyouka depois do aniversário de Momo, mas eu sempre evitava me aproximar demais de outras pessoas, não quero carregar a responsabilidade de ajudar alguém e me preocupar com o outro. Eu sei, é uma atitude egoísta, afinal eu deveria fazer isso pelos meus amigos, mas é muito cansativo ter que cuidar de outras pessoas quando eu nem ao menos consigo me ajudar.
– Baku! Que surpresa te ver aqui com um avental.
– Para de me irritar sua emo, pega logo o que você precisa e dê o fora daqui.
– Você deveria tratar melhor os clientes – Resmungou, procurando alguma coisas nas prateleiras, porém não parou de falar comigo – Momo contou.
– O que aconteceu? Eles deram um pé na bunda dela? – A frase era para ter sido um pouco engraçada, mas saiu amarga e triste demais.
– Ela disse que eles estranharam a ideia no começo e que tentaram a convencer que talvez ela apenas estivesse confusa por causa da adolescência – Sua risada saiu ácida e alta, revirei os olhos, aquelas pessoas são velhas demais, parecem fugir da realidade que vivem – Mas que no fim a aceitaram muito bem e que vai tentar marcar um jantar com eles para me conhecerem semana que vem.
– E você está bem com isso?
– Bem, é o que eu exigi desde o começo, não é? – Jirou parecia falar mais para si mesma do que para mim – Não teria o porquê eu recuar agora.
Antes que eu pudesse responder algo, o pequeno garoto que eu já conhecia entrou correndo, com seu inseparável boné um tanto diferente. Me apoiei no balcão para conversar melhor com ele, já que ele era bem baixinho, mesmo que negasse e pirraçasse sobre isso.
– Tem alguma bala nova?
– Não, talvez chegue alguma diferente na quarta.
– Então me vê quatro balinhas de cereja, cinco de limão e o resto em caramelo – Pediu, colocando os trocados na bancada animado.
– Você não acha essas balinhas de limão muito azedas? – Pelo canto do olho, sei que Kyouka estava se segurando para não rir e que debocharia disso mais tarde.
– Eu acho, mas meu irmão adora – Sussurrou olhando as prateleiras – Ele vive reclamando que eu gasto minha mesada comprando doces pra ele, mas nunca recusa e quase sempre tem um bolo de chocolate para mim na sua casa.
* * *
Mesmo que eu não estivesse com muita vontade e cansado demais, aceitei o convite do "Squad" para uma janta na casa de Denki, fazia tempo que eu não os via e as mensagens do grupo estavam um pouco estranhas. Me sinto um pouco idiota por estar sentindo saudades deles, logo quando eu pensei que poderia ficar sozinho, que estava tudo bem me afastar das pessoas.
Terminei de amarrar os cadarços do tênis escuro, coloquei meu fone dentro do bolso junto do celular, um pouco de dinheiro e a chave reserva da casa da velha. Me despedi de Ruby e me pus a andar pelas ruas vazias, está de noite, mas não escuro, a lua está clara hoje e eu apreciei isso internamente.
Depois de cerca de quinze minutos de caminhada em direção à casa de Kaminari, ouvi um barulho estranho, como vozes gritadas. Parei de andar e fiquei em silêncio, tentando identificar de onde vinha, o ruido voltou, algo como uma garota gritando, então corri beco adentro, mesmo que isso fosse uma péssima ideia.
Mesmo que as ruas estivessem iluminadas, aquela ruela estava extremamente escura, ao ponto de eu não conseguir enxergar meus próprio pés direito. Mas eu ainda a escutava, meu coração parecia querer sair pela boca e meus pés queriam correr para longe dali.
Eu entrei mais a fundo, conseguindo ver a silhueta de um homem grande e forte, parecia muito mais velho do que eu, tanto pela altura quanto pelas linhas de expressão exageradas no seu rosto. Sustentava um sorriso maldoso e perverso enquanto segurava a garota com apenas uma das mãos.
Ele falava palavras tão sujas e grotescas, eu poderia ter virado e ir embora, já que nenhum dos dois tinham me notado ainda. Mas eu o soquei, um soco rápido e forte, que por causa da escuridão atingiu o lugar errado e ele apenas ficou um pouco atordoado e confuso.
A garota caiu no chão, a ajudei a levantar rápido e ela aproveitou a deixa para sair correndo e chorando. Quando eu estava prestes a sair correndo também, senti algo me puxar, uma das mãos grandes e fortes estavam no meu pescoço, o apertando como se fosse algum brinquedo, como se não pudesse quebrar ele em apenas alguns segundos.
– Você a fez fugir, então acho que vou ter que te usar invés dela – Sua voz parecia ainda mais grotesca de perto, seu hálito fedia a cerveja, daquelas baratas e ruins, que não valem a pena colocar na boca.
Ele me levantou, como outrora fazia com a garota, só que um pouco mais alto. Começou a passar a outra mão pelo meu corpo, ainda por cima da roupa, eu queria vomitar, gritar, chorar e me debater, procurando uma forma de escapar.
Mas eu fiquei quieto, paralisado por um medo que não parecia me pertencer, esperando internamente que aquilo era só um pesadelo e não algo que realmente estivesse acontecendo. Talvez, por eu ter nascido com o sexo masculino, nunca pensei que algo assim pudesse acontecer comigo.
Talvez se eu tivesse ido embora, direto pra casa do Kaminari, isso não teria acontecido, sinto que a culpa é minha, mas ela não é, eu sei disso. Me sinto sujo, tão sujo quanto esse chão cheio de terra, quero que a minha consciência me leve para longe, não quero prestar atenção nisso, não quero prestar atenção nos detalhes.
Quando o monstro a minha frente, colocou seus dedos na bainha da minha calça, pronto para abaixa-la depois de desabotoar os botões, ouvi um estrondo, eu não conseguia enxergar mais nada, minhas lagrimas embaçando minha visão, nem ao menos sei quando comecei a gotejar.
Senti alguém me segurar, me levantar do chão, com carinho e cautela, era alarmante e fiquei com medo, mesmo o seu cheiro sendo familiar, não consegui lutar para me soltar, então apenas deitei a cabeça em seu ombro, tinha cheiro de morango. O homem, que outrora me aterrorizava, estava desmaiado no chão, quando me afastei um pouco, percebi que sangrava, o liquido escuro e sem cor vazava da sua cabeça.
– Ele está bem? – Era a voz da garota de antes, provavelmente foi pedir ajuda para alguém na rua, achei que ela tinha apenas fugido, eu não a julgaria por isso.
Enquanto minha mente vacilava, eu conseguir ver o metal ensanguentado deixado perto do beco, encostado na parede de tijolos, era uma espécie de viga. Minha visão estava escurecendo e eu queria muito ceder, eu não entendi o que eles conversavam, mas eu reconheci a voz, era quem me segurava e então eu não me senti mais com medo.
Era Kirishima.
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End of the Summer
FanfictionKatsuki Bakugou poderia ser definido por varias coisas, desde seu temperamento hostil a fragilidade que abriga em seu coração Tendo perdido a capacidade de ver as cores a partir de um incidente que ocorreu na infância, não se lembra muito dessa époc...