Capítulo 11 - Friendships happen in strange ways

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É meio estranho como tudo acontece tão rápido, em um momento eu estava apenas os ignorando e quando me toquei, eu já não conseguia pensar viver sem aquilo

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É meio estranho como tudo acontece tão rápido, em um momento eu estava apenas os ignorando e quando me toquei, eu já não conseguia pensar viver sem aquilo. Amigos são coisas que fazemos sem querer, nos livros e filmes eles fazem parecer ser grande coisa, mas na vida real é bem diferente.

Vejamos bem, basta uma mensagem, que renderá outras, ou talvez realmente não leve a nada. Um virar de esquina, uma conversa sobre um livro ou revista, até mesmo um acontecimento importuno. É algo que acontece sem você perceber, silenciosamente e furtivo, como uma cobra dando o bote.

Estava uma manhã tediosa, com Aizawa explicando a matéria no quadro, o desânimo parecendo transbordar do meu corpo. As aulas estavam terminando e eu nem tinha me dado conta, é até um pouco engraçado, normalmente eu ficaria feliz pelas férias de verão estarem chegando, mas a única coisa que consigo sentir nesse momento é receio.

Não sei como vai ser essas férias, se vou passar os dias inteiros dentro da sala calorenta e velha vendo um programa ruim na televisão. Talvez aconteça alguma coisa interessante, ou talvez esse seja o pior de todos, quem sabe até supere o verão que eu conheci Dabi e sua gangue, tudo sempre pode piorar.

Uma melancolia se apossou de meus pensamentos, um estranho medo de me afastar daqueles idiotas me horrorizando. Estou com medo de ficar sozinho de novo, de que quando as férias comecem a gente se afaste e tudo fique assim, é meio irônico, tudo o que eu queria no começo era ficar sozinho.

Só se passou um mês e meio nessa cidade, mas sinto como se eu tivesse vivido a minha vida inteira aqui, como se de algum jeito, aqui fosse o meu lugar. Fui tirado de meus pensamentos ao ouvir o professor falar que teria que passar um recado.

Seu rosto cansado anunciou as férias de verão, a sala imediatamente se transformando em uma baderna, alguns gritando animados o que fariam nela e outros apenas batendo nas carteiras como uma espécie de banda. Aquilo foi irritante, meus ouvidos chiando pelo barulho repentino e meu coração martelando no peito, mas ainda assim, fiquei extasiado de excitação, aquela alegria idiota e superficial emundando meu corpo, pronto para correr dez maratonas se fosse preciso.

Aizawa fez o que pode para acalmar a sala, quase expulsando um dos alunos para tudo voltar ao "normal", não me surpreendi ao ver Kaminari sendo reprendido por ter tirado a camisa e subido na mesa. O mais velho explicou calmamente que iriamos para um chalé, sua voz saindo firme e um pouco irritada pela baderna recente.

Nunca fui muito fã dessas coisas, acho que eu preferia escalar quando mais novo, mas não lembro muito bem. Estranhamente só consigo pensar na praia, nas suas ondas quebrando na areia perto dos meus chinelos coloridos de algum personagem de desenho idiota. O pequeno balde cheio de conchas nas minhas mãos gordinhas, a pá sendo segurada com muita determinação para um garoto de nove anos, pronto para pegar ainda mais.

– Docinhooo – Cantarolou o garoto irritantemente na minha frente, as mãos grandes espalmadas na mesa, um grande sorriso nos lábios como sempre – Vamos de dupla?

End of the SummerOnde histórias criam vida. Descubra agora