Capítulo 9 - Small step

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O capitulo tá meio pesado, então se vc for sensível a isso é melhor pular até os três asteriscos ( * ) depois dele desligar a ligação.Fala / descreve uma crise de ansiedade

imagem aleatória pra não ficar sem

Espero que gostem :3

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"não importa o quanto as coisas mudem ao seu redor, tudo vai parecer igual se você não decidir mudar a si mesmo."


Mesmo que eu tentasse, não conseguia tirar essa frase da minha cabeça, ainda mais do jeito que ela foi proferida. Era como se ela continuasse girando dentro da minha mente, martelando minha cabeça com a mensagem que ela deveria passar.

A primeiro momento, eu pensei que tinha entendido, mas tinha mais alguma coisa nela, quase como um segredo perigoso, uma chave para corações. Depois de muito tempo, consegui decifra-la, mas não tinha a mínima ideia de como fazer isso, como muda a si mesmo?

Eu me lembrava claramente daquela imagem, do garoto normalmente extrovertido e risonho ao meu lado, estava tão sério, não combinava com ele. Seus olhos pareciam brilhar, acho que estava se segurando para não chorar, parecia tão triste, isso me deixou uma sensação ruim no peito.

Eu queria anima-lo, era uma vontade estranha de minha parte, mas não conseguia esquecer aquele olhar amuado. Talvez se eu entendesse o que ele me disse, eu consiga decifra-lo melhor, talvez assim eu o alcance.

O dia inteiro pareceu passar como uma nevoa, uma neblina expeça e escura. Fazia tempo que isso não acontecia e eu sei que os remédios não vão faze-la passar, talvez apenas afaste as sensações ruins que ela traz.

Respirei fundo, repeti que estava tudo bem, esfreguei o rosto e tentei prestar atenção na aula, devo ter feito isso pelo menos umas dez vezes só nos primeiros vinte minutos, era algo automático.

Quando eu finalmente pareci voltar ao controle já era cinco e cinquenta e sete, estava escuro e eu tinha acabado de tomar banho. Sinto que fiquei agindo como um robô o dia todo, que fui mais antipático que o normal e que, mesmo assim, ninguém percebeu.

Me joguei na cama, a questão que antes me atormentava um pouco melhor desvendada, mesmo que eu ainda me perdesse nas entrelinhas. Me pergunto quando eu comecei a agir no automático, quando eu nem percebia que entrava nesse estado de letargia, me afundando ainda mais nisso.

Meu telefone vibrou continuamente, avisando uma chamada, estiquei minha mão até alcançar o aparelho no chão. Uma parte de mim tinha a esperança de que fosse alguém daquele Squad estupido, ou quem sabe até mesmo Deku, mas para a minha decepção era ela.

Travei no lugar, meus músculos ficando rígidos e tensos, a boca secando e os dedos começando a formigar. Eu queria fugir, como todas as outras vezes, meu corpo gritando para que eu jogasse o objeto longe, até ele se estilhaçar em mil pedaços.

End of the SummerOnde histórias criam vida. Descubra agora