Capítulo 3 - I'm losing my head

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De novo, e de novo, os fantasmas do meu passado me cercam nesse quarto sem graça, eles trazem memorias ruins. Minha cabeça está girando e parece que eu estou morrendo. Minhas curtas unhas não conseguem rasgar a minha carne, preciso das minhas pílulas.

"nova mensagem"

Não vou visualizar, como todas as outras, por que não me deixam em paz? Não consigo focar em nada direito, estou tropicando pelo quarto.

"nova mensagem"

O quarto está sendo iluminado apenas pela luz do celular, me deixando embriagado pela luz forçada. Consigo pegar a minha bolsa, procuro o frasquinho laranja lá dentro, parece que estou me perdendo em um labirinto.

"nova mensagem"

Pego uma das pílulas, engolindo sem água, a garganta parece queimar. Não sei quem é o insuportável que está me mandando tanta mensagem, o som me irrita, meus ouvidos parecem estalar, tenho que tirar o tinido do aparelho.

"xxxx-xxxx está ligando"

É um número desconhecido, deve ser o idiota do Deku, eu ainda não contei o que aconteceu. Droga já estou a uma semana aqui, preciso ficar chapado, mas não sei aonde achar o que preciso. Decido atender a droga do telefone, talvez assim me deixem em paz, embora eu duvide muito.

"– OI bakugoooooou!" – reconheço a voz, é o idiota com cabelo estranho.

– Cabelo de merda?

"– Você tem que parar de ser tão maldoso comigo" – Sei que do outro lado da linha está fazendo um bico, ele é muito previsível.

– Pra que caralhos você me ligou? Melhor, como conseguiu a porra do meu número?

"– Midoriya"

– Por que eu resolvi passar meu número pra ele?

"– Não o culpe! Mas bem, posso te colocar no grupo da sala e no grupo com a Mina, o Sero, o Denki e comigo?"

– Não.

"– Que bom que você deixou!"

– Está querendo morrer?

"– Talvez, mas provavelmente não vai ser um estalinho que vai me matar" – Embora seja uma piada, consigo sentir seu tom de voz vacilar – "A Mina é muito mais assustadora"

– Dela você tem medo?

"– Ela sabe muita merda sobre mim"

– O que você pode ter feito de pior? Furado a fila da cantina? – Debochei, me espreguicei, senti minhas costas estralar.

"– Credo, eu não sou esse tipo de pessoa! Mas eu já espanquei uns caras que estavam batendo em um cachorro"

– Qualquer um faria o mesmo, eu acho – Dei um riso contido, me sentando na cama e encarando um dos meus pôsteres.

End of the SummerOnde histórias criam vida. Descubra agora