Capítulo 19 - Bônus Liam

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Música: Céu Azul / Charlie Brown

Tão natural quanto à luz do dia / Mas que preguiça boa / Me deixa aqui à toa / Hoje ninguém vai estragar meu dia / Só vou gastar energia pra beijar sua boca. / Fica comigo então / Não me abandona, não / Alguém te perguntou como é que foi seu dia? / Uma palavra amiga, uma notícia boa / Isso faz falta no dia a dia / A gente nunca sabe quem são essas pessoas / Eu só queria te lembrar / Que aquele tempo eu não podia fazer mais por nós / Eu estava errado e você não tem que me perdoar / Mas também quero te mostrar / Que existe um lado bom nessa história / Tudo que ainda temos a compartilhar / E viver / E cantar / Não importa qual seja o dia / Vamos viver/ Vadiar / O que importa é nossa alegria.

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Eu sabia que a convivência com aquela garota audaciosa dali em diante não seria nada boa. Eu não entendo o porquê do meu cérebro está agindo da forma totalmente contrária da qual eu queria. Diga-me qual o problema desses neurônios loucos? Estou delirando é isso? Bem, se é isso, eu até posso compreender. Mas o fato de eu estar imaginando bilhões de vezes aquela mesma cena, é, isso com certeza, eu não posso compreender. E essa é a minha sina.

Como pode um cara sensato como eu, sentir raiva de uma garota e ao mesmo tempo não sentir nada?

Diz-me, como uma garota não ficou afim de mim? Nunca! É talvez essa possa ser a primeira vez. Mas é injusto. Todas as garotas não resistem aos meus encantos, e agora essa novata chega aqui, e acha que pode mudar os meus preceitos. O que ela pensa que é? O que ela não viu em mim? Isso não faz sentido algum. Não mesmo!

Não sei o que deu em mim, deveria ter seguido o caminho de minha sala, mas o máximo que fiz, foi voltar para o dormitório, de onde eu não deveria ter saído... Não nessa manhã, pelo menos. Mas você sabe como é? Primeiro dia de aula, a vontade de conhecer as novatinhas bonitinhas e contar no dedo quantas terei para meu consumo, soa bastante tentador. Pena, que não aconteceu nada do que imagine nesta manhã, não exatamente. Aquela garota da boca sabida, não é tão mal assim, é até ajeitadinha. Porem continua sendo a garota da boca sabida, que me fez sentir humilhado na frente de todos.

- No que estou pensando? Tá louco cérebro? - bati na cabeça enquanto tentava esquecer aquela ideia maluca. E de muito mau gosto.

- Falando sozinho, maninho?

- N-n-não... por quê e-eu estaria falando sozinho? Foi só a televisão, Lucy. Deixa de paranoia.

- Mas ela nem está desligada.

- E-eu acabei de desligar, dâân... - Que menina espertalhona.

- Tudo bem, se você diz. - deu-me uma risadinha irônica. - Afinal, o que você queria me falar?

- Quem é essa garota, Lucy? De onde ela veio? E como se atreve a me rebater desta forma?

- É isso mesmo? - disse cética, enquanto se abria em uma gargalhada convidativa.

- Isso o quê? - perguntei sem entender uma só palavra que saía de sua boca.

- Ficou afim dela?

- Hã? Tá louca é? O que você tem na cabeça? - andei de um lado para o outro, nervoso. Isso nunca aconteceria, nunca, embora ela possuísse uma beleza peculiar. Sou garanhão, não masoquista.

- Bom, é que te conheço tão bem, que imaginei que... que...

- Imaginou errado! - bufei.

Virou AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora