Capítulo 08

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Como você acha que ficou meu psicológico esta manhã?

Se eu dissesse que fiquei bem e que não me abalei, estaria mentindo. Certamente fiquei magoada e muito decepcionada, bastante.

Mas o que eu achei que aconteceria entre nós? Que bobeira! Ele nunca iria olhar pra mim. Nunca! Corta essa coração, pare de sonhar com bobagens. Será que você esqueceu de como ele nos tratou em nosso primeiro dia de aula? Ele não passa de um garoto estúpido e mesquinho, como foi se encantar justo com o almofadinha? Você está louco, não acha? Não vai me dizer que não lembra mais da regra anti-garotos que criamos, por que sinceramente não acredito que tenha esquecido. Você a levava a sério antes, por que não leva mais? É uma regra! Não pode ser descumprida. Vamos fazer o seguinte, para o seu bem e para o bem da humanidade, vamos esquecer o que aconteceu e voltaremos a nossa vida normal? Okay? Combinado, a regras continuam...

Neste exato momento você deve esta se perguntando...

Essa garota é doida ou o quê? Sim, sou doida, aliás, doidinha de pedra, mas quando foi que disse que era normal? E sim, eu converso com meu coração, ele é

meu amigo, ora. Preciso orientá-lo, não posso deixa-lo sofrer assim dessa maneira, se não sofreriamos juntos.

Eu me acho uma completa maluca bobastica (boba), imagino coisas que nunca aconteceriam e coleciono sonhos impossíveis, se bem que aos olhos dos outros, talvez nem seja tão inalcançáveis assim, mas pra mim são. Um dia, talvez, quem sabe realizarei pelo menos um deles. Se conseguir chegar até aqui, talvez consiga bem mais que isso.

Após sair de meu momento em transe e de ter lido e relido capítulos e parágrafos intensos de "A seleção", decidi, que devia sair, espairecer, respirar ar puro e conhecer os animais, se é que que existe algum deles aqui, e nada melhor do que passear por entre a natureza, sentir o cheiro inebriante das flores, sentir o vento mexer minhas madeixas cobreadas e poder sentir-me livre.

Peguei meu vestidinho branco de bolinhas vermelhas, uma sapatilha preta e pus uma travessa vermelha de lacinho na cabeça.

Saí antes que alguém chegasse e estragasse meus planos, estava na hora de descanso, tinha que aproveitar este momento, era uma grande oportunidade para fazer um tur pela escola e conhecer todos os lugares ainda desconhecidos para mim.

Enfim, após respirar fundo, saí  correndo pela enorme porta da frente da academia. Depois segui com minha pequena excursão particular.

Rodeei o grande prédio, indo para a sua área de fundo, onde imaginava estar concentrada suas áreas mais bem preparadas para o que planejava fazer.

A primeira coisa que avistei foi uma enorme área de campo, com um lindo gramado verdinho, e com imensas arquibancadas.

- Hum, então é aqui que são realizados os jogos, que maravilha - corri em sua direção e me joguei na grama, era tão fofinha, que mais parecia meu travesseiro.

Fiz até anjinho com os braços... Sorte a minha que não havia uma alma viva vagando por ali, eu acho, pelo menos não onde eu estava. Seria horrível pagar mais mico.

Lenvantei-me e continuei o meu percurso.

Logo, deparei-me com outro campo, só que esse haviam vários obstáculos,  como se lá fossem realizadas as aulas de equitação, as aulas práticas.

Bem, se aqui está o campo para essa modalidade, suponho que o estábulo dos equinos não esteja assim tão longe. Andei mais que depressa, com o intuito de encontrar o que minha ansiedade se propunha a procurar.

Andei alguns quilômetros à frente, até que percebo uma enorme casa, se é que podemos nomea-la assim.

Era compridérrima, e havia um corredor ao lado esquerdo e ao direito, vários compartimentos, que dividiam o lugar de cada cavalo, fui andando e admirando a beleza de cada um. Eram tão magnificamente lindos, um mais que outros, mas eram perfeitos para mim.

Virou AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora