Capítulo 17

549 39 2
                                    

Eu sei quanto aquilo iria me fazer sofrer, tanto quanto perder a amizade de Lucy. Mas sinceramente, não sabia o que fazer pra recupera-la. Eu sou uma anta mesmo. Como não contei a minha amiga histérica que eu estava ficando com o seu irmão? Bom, talvez porque definitivamente, deve ser constrangedor beijar o carinha que é praticamente seu parente... Não que Lucy tivesse algum vínculo familiar comigo -isso seria praticamente um insulto, vindo de minha parte-, mas na real, amiga é como se fosse irmã não é verdade? E irmão de amiga minha, é tipo, meu irmão? Não.... Bem... talvez um parceiro distante...

É mega constrangedor beijar o irmão da sua quase melhor amiga. E o pior mesmo é mentir na cara dura, que os boatos não são reais. Por burrice, não tenho mais com quem conversar no dormitório. Perdi a amiga, perdi a cabeça e perdi o coração. Tudo só num dia. Como é possível? Não sei.

Eu sabia que meninos só davam trabalho. Por que fui me meter nessa roubada, meu Deus? Por quê?

E tudo isso por sua culpa, coração inconsequente. Não ouviu os meus conselhos, agora sofra! Se vire. Você merece o que está sentindo.

- Novato estúpido, outra vez se metendo no meu caminho! Já disse qual é o seu lugar, será que é difícil entender? - lá estava mais uma vez aquele espertalhão brutal, se achando o dono do mundo pra cima do Fernando.

Bem ele era enorme... quase do tamanho dos gigantes do Jack. Mas quem ele pensa que é pra sair tratando as pessoas desta forma?

Ele segurava Fernando pela camisa, enquanto cuspia palavras grotescas em seu pequeno rosto.

- Me ouviu? Moleque insolente! - Fernando apenas olhou em seus olhos, com a ira pulsante. - Responda!!

- Nunca! - o gigante acertou-lhe um soco em seu rosto.

- Solte ele seu inútil!!! - corri em sua direção jogando minha mochila de lado, e comecei a distribuir diversos socos em sua costa.

Sei que talvez aquele imbecil não sentisse uma só dor, por ter uma costa do tamanho do Titanic - de tão larga e dura-, mas essa era a única forma de ajudar, já que isso era até onde minha força podia alcançar.

Ele virou-se para mim, soltando o garoto de seus punhos, e olhou-me com um olhar parecido com aquele lutador da WWE - o Undertaker- pareciam até que faziam parte da mesma linhagem. Juro!

- Você acha que irá ganhar o quê me batendo dessa forma? - deu uma gargalhada irônica. - Deixa de ser idiota, garota. Olha o meu tamanho para o seu - Era uma grandessíssima diferença mesmo.

Foi então, que após de jogar em rosto sua força. Me empurrou contra a parede de cimento, fazendo-me bater a cabeça.

As últimas palavras que pude ouvir antes de cair desacordada, foram:

"Olha o que você fez seu idiota, se algo acontecer com ela, se considere um homem morto!" Era uma voz conhecida, mas não pude raciocinar bem de onde conhecia.

"Desculpa, cara, não tive a intenção, e ela também provocou."

"O que está havendo aqui! Pelas barbas do profeta" - alguém berrou.

Depois a única coisa que pude ouvir, foi o bater frenético de minhas pulsações. Era uma sensação bem estranha, como se estivesse anestesiada, grogue.

Fui começando a ouvir os primeiros barulhos, depois do que me pareciam ter se passado horas.

- Anne, por favor! Fala comigo?

- É, Anne, estamos muito tristes. Volta, vai?

Quando abri meus olhos lentamente, pude ver Dillan, Louise e todo o quartel general, debruçados sobre mim, em uma espécie de maca. Mas a minha maior surpresa foi ver, Lucy abraçando Liam, que também estava no local, só que em um canto afastado.

Se Lucy não se importava mais comigo, o que ela estaria fazendo aqui? Boa pergunta... eu não sei. E o almofadinha? Eu já não xinguei ele o suficiente essa manhã? Por quê as pessoas tem o dom de complicar mais as coisas?

Minha ex quase melhor amiga, não quer pronunciar uma só palavra para mim, mas me deixa confusa ficando ao meu lado. É estranho. Bem estranho.

E o que eu estou fazendo aqui?

Agora realmente me dei conta deste fato... Como vim parar na ala hospitalar?

- O que aconteceu? O que estou fazendo aqui? - perguntei enquanto todos pularam assustados ao ouvirem minha voz. Estava tão mal assim? Será que estou com mau-hálito?

Cherei discretamente e nada! Ou será que uma das minhas cordas vocais arrebentou, e agora estou falando em uma frequência que só os cães podem ouvir? Bom, mas ninguém aqui é cão! Que eu saiba.

- Oh, Graças a Deus... Graças a Deus. - suspiraram Dillan e Louise -a dupla dramática- (acho que eles formariam perfeitos atores de novelas Mexicanas). Quanto drama.

- Anne, ainda bem, ainda bem que não nos deixou, como eu estava com medo. Você é tão nova, tem tantas coisas pela frente! Eu sabia que você voltaria, afinal você é a nossa guerreira. A nossa princesinha. - falou o Sr. Dillan meloso.

- Relaxa, só estou com uma dor de cabeça terrível. Nada que possam se preocupar.

- Será que não devemos ir leva-la para fazer uma tomografia? - perguntou Louise, enquanto olhava para Chris e o pessoal.

- Acho que seria bom. - respondeu ele.

- Já chega!! - gritei - Eu to bem, tá legal? Não preciso que ninguém mecha na minha cabeça. Estou confusa o suficiente pra isso.

- Tá legal - disseram eles.

Será que vou conseguir concluir o ano desse jeito? Só espero não ficar de cama por mais longos dias. Eu não posso fazer nada, que acaba me provocando isso. PROBLEMAS! Devia mudar meu sobrenome pra ENCRENCA. ANGELINE ENCRENCA. Otimo nome, combinou perfeitamente.

- Eu preciso mesmo tomar isso? - perguntei olhando fixamente para canja que dançava em meu prato. Eu não entendo. Por que será que pra todo o doente as pessoas inventam de dar canja, fala sério, e eu nem estou doente. Qual é?

- Deve!

Olhei para a Louise, com o olhar suplicante. Mas isso não adiantou.

Eu tive que tomar por livre e espontânea pressão.

Dormir sob o efeito dos remédios.

#########################

Amores foi isso que eu pude fazer, foi bem curtinho, entendo, mas não tive muito tempo... tive uma semana puxada, e agora to meio que sem ideias.. preciso pensar melhor.. preciso de dicas.
Me dêem algumas ideias.
Podem colocar no comentário, mandar pelo inbox, como desejarem, daí verei como posso acrescenta-las a nossa história..
Bom é isso.. bjinhos..

Ana

Virou AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora