𝐃𝐎 𝐍𝐎𝐓 𝐅𝐎𝐑𝐆𝐄𝐓, kozume kenma

f o u r

Por favor, olhem essa obra de arte que a @Lu_nascp (twitter) fez inspirada na fic, eu to gritandp isso ta perfeito

E esse cap ta horrível ok.

Você passou os olhos pelo lugar, o bar era pouco iluminado, algumas luzes vermelhas e azuis pelo local, o volume da música era alto, quase tão alto quanto as vozes das pessoas presentes ali. Goosebumps, travis scott, tocava pelas caixas de som espelhadas, você conseguia ver algumas pessoas fumando, suspirando aliviada por poder fumar ali dentro.

Akaashi agarrou na sua mão, te fazendo ir atrás dele. Ele seguia Bokuto e vocês - Saeko, Alisa e os Miyas - seguiam os dois. Bokuto subiu uma escada espiral preta, você resmungou um pouco, usava saltos - coisa que não era do seu costume - e a escadas era ridiculamente difícil de subir, ainda mais de saltos. Vocês chegarem em uma parte mais reservada, com menos mesas e menos pessoas.

Você arqueou as sobrancelhas ao ver o moreno que chegou em você primeiro ontem, fazendo questão de procurar por Kenma, mas não o achou. Deu de ombros, não se importava de qualquer maneira. Vocês sentaram em uma mesa, Saeko e Atsumu ficaram de pé, já que os dois eram inquietos demais pra pararem no lugar. Depois de um tempo conversando e bebendo, você já se encontrava um pouco alterada, mesmo tendo bebido apenas duas cervejas e três taças de gin tônica, no momento, você bebia a quarta e como toda pessoa levemente alcoolizada, ficar sentada não te agradava, então você dançava ora ou outra com Saeko e ia toda hora no bar buscar alguma coisa.

— Acho que eu já te vi em algum lugar. - você se arrepiou ao ouvir a voz no pé do seu ouvido, se virando e dando de cara com Kuroo, que estava a poucos centímetros de distância de você.

— Sério?! Onde? - você brincou, tirando uma risada dele. Você agradeceu o barman pela bebida e voltou a encara Kuroo, que praticamente te prensava na bancada do bar.

— Hm... não lembro, mas não tem como esquecer um rosto bonito. Espero que você não me pergunte sobre o meu amigo de novo.

— Na verdade... acho que hoje eu posso te contar meu sobrenome. - você sorriu divertida, Kuroo arqueou as sobrancelhas.

— Mesmo com ele ali? - Tetsuro sorriu ardiloso, apontando com a cabeça pro lado.

Seus olhos rolaram vagarosamente até onde ele apontou, vendo Kenma sentado em uma cadeira, mexendo no celular e fumando um cigarro. Ele não usava moletom agora, mas uma regata vinho e uma calça preta jeans rasgada. Ele tinha várias tatuagens pelo corpo, alguns anéis e outros acessórios. Ele tinha o cabelo preso, as olheiras e a cara de cansado de sempre. Você conteve o sorriso ao vê-lo, se perguntando como não tinha o visto antes.

— Imaginei que iria mudar de ideia. - Kuroo disse, devido ao seu silêncio.

— Eu não disse nada.

— Não precisou. Vá falar com ele. 

— Hm... acho que não. - você sorriu pra ele, dando de ombros. - Te vejo depois... gatinho. - você voltou junto com seus amigos, deixando Kuroo com um sorriso impagável nos lábios. 

— Quem era? - Atsumu perguntou, puxando sua cintura e sussurrando no seu ouvido. 

— Conhecido meu, ninguém importante. 

Atsumu te encarou, dando de ombros e voltando a conversar com os outros, junto com você. Você não admitir, mas a vontade de ir falar com Kenma aumentava a cada vez que você olhava pra ele. O meio loiro ainda não tinha te olhado, então você arriscava, quase toda hora, passar seus olhos por ele. Estremeceu levemente quando ele te encarava fixamente, Kenma passava os olhos por todo seu corpo, você até ficava um pouco sem jeito, mesmo não sendo do seu costume.

— Vá falar com ele antes que ele te devore. - Akaashi disse baixo do seu lado.

— Eu falei pra você que levei um fora, não vou falar com ele. 

— Não foi um fora [Nome], Bokuto disse que ele é realmente ocupado. Vai lá antes que ele suma.

— Não vou. - Akaashi revirou os olhos.

— Tudo bem, ele tá vindo aqui de qualquer maneira.

Você arregalou os olhos, vendo o moreno dar de ombros e voltar pro lado de Bokuto, sendo abraçado na cintura pelo platinado. Kenma andava em passos preguiçosos até você, acendendo outro cigarro no caminho e te encarando, você sentia seu coração pular uma batida, mas se xingando mentalmente por estar tão animada assim com a aproximação dele.

Ele era só mais um pra você. E você com certeza era só mais uma pra ele.

— Eu te disse que nos veríamos de novo.

— Confesso que achei que era uma desculpa esfarrapada pra não querer me dar seu número. - Kenma te encarou, rindo anasalado.

— Se eu não quisesse te dar meu número, eu simplesmente diria não. Eu realmente estava com pressa. - você arqueou as sobrancelhas, surpresa com a sinceridade. - Então eu vim perguntar se você quer me dar seu número e talvez sair daqui.

— Talvez outro dia, estou com pressa. - você brincou, tirando um riso fraco do meio loiro. - Pra onde você vai me levar?

— Pra minha casa. Não sou muito de frequentar lugar assim.

— Não parece. Segunda vez que eu te acho em um lugar... assim.

— Lugares assim são meu trabalho... contraditório, mas não tem o que fazer. - ele deu de ombros. - Então... vamos?

— Vou avisar Akaashi que eu vou com você. Sumi ontem e não posso fazer isso de novo.

— Provavelmente Koutaro vai levar ele também.

— Pra sua casa? - você arqueou as sobrancelhas.

— Moramos juntos... é mais fácil. Enfim, avise ele.

Você assentiu, pedindo licença e indo até Akaashi, que estava ao lado de Bokuto. Avisou que iria sair com Kenma e disse que mandaria a localização pro celular dele, só por precaução, afinal, nunca se sabe o que pode acontecer. Bokuto disse que também já iria pra casa e levaria todo mundo com ele, a ideia não era ruim, mas você esperava que não atrapalhasse você e Kenma, seja lá o que vocês forem fazer.

Você deu um beijo na bochecha de Akaashi e voltou até Kenma, que digitava algo no celular tão rápido que seus olhos mal acompanhavam. Assim que você se aproximou, ele guardou o aparelho e você o seguiu até uma espécie de garagem, com alguns carros lá, você viu o de Bokuto, se dando conta que você não se lembrava da onde ele tinha posto, já que ele havia deixado vocês na porta do bar, então logo se deu conta que ele guardou ali também. Kenma foi até um Impala preto, conversível, entrando e você fez o mesmo.

— Se você quiser fechar a parte de cima, me diga. Minha casa é um pouco longe daqui.

— Sem problemas, assim é mais divertido.

Kenma assentiu, dando partida e saindo dali em uma velocidade um pouco acima da permitida, mas nada demais. Você fumava um cigarro enquanto tinha os olhos na paisagem. Kenma não era pessoa mais falante que você já tinha conhecido, mas com certeza, era uma das mais bonitas. Ele batia os dedos no volante conforme o toque de ribs, lorde, e o vento contra seu cabelo o deixava ainda mais atraente pra você. Vez ou outra ele fazia alguma pergunta aleatória e você respondia, não sabendo direito até onde prolongava o assunto, já que ele nunca parecia interessado o suficiente. Pela primeira vez, você se sentia nervosa ao sair com alguém.