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— Ouch, Akaashi, essa doeu.

— Se você ficar quieta não dói, [Nome] - o moreno bufou pela vigésima vez.

Vocês revirou os olhos, vendo ele te encarar com a maquininha na mão, logo voltando a pintar sua pele com a mesma, completamente concentrado. Fazia quase duas horas que você estava sentada naquela cadeira, tendo sua coxa tatuada por Keiji. Você era sempre aleatória com tatuagens, quando a vontade batia, você simplesmente ligava pro moreno e ele aparecia no seu dormitório ou você ia até seu estúdio, que na verdade, era apenas seu quarto - onde você se encontrava agora.

— Ele te ligou? - você perguntou.

— Hm? Quem? - ele afastou a mão da sua coxa, te encarando.

Você o encarou, sempre ficava perdida nos olhos verdes do moreno, agora vermelhos ao redor, devido ao baseado que ele tinha fumado alguns minutos antes junto com você. Akaashi era um rapaz tão bonito, talvez um dos mais bonitos que você já tivesse visto na vida, o rosto simétrico, o corpo praticamente coberto por tatuagens e piercings e a personalidade gentil que ele tinha sempre chamaram sua atenção. Ou seja, você tinha uma quedinha, ou um abismo, enorme por ele, mesmo ele não gostando de garotas.

— Osamu, ué.

— Ah... não. E nem quero que ligue também, não tenho paciência pro drama que são os Miya.

— Eu também cansei do drama dos gêmeos. Por que eles tem que ser tão complicados, Kaashi? - você revirou os olhos, esticando o braço e pegando seu maço de cigarro, marlboro, especificamente o dourado, tirando um e acendendo. - Queria tatuar minha mão.

— Não trouxe tinta pra isso.

— Não tem problema, outro dia você faz. - você suspirou. - Se eu tiver dinheiro também.

— Você é minha melhor amiga, é bom que saiba que eu não faço fiado.

— Eu sei, Keiji. - você revirou os olhos, soltando um gemido de dor por conta das agulhas.

— Você vai hoje? - ele parou, mais uma vez, te encarando. Você se estressava um pouco com ele por isso, ele mais falava do que tatuava, então demorava horas e horas até terminar.

— Pra onde você vai me arrastar hoje?

— Pra um estacionamento, sendo mais exato, uma festa em um estacionamento. É um lugar meio pesado, mas não é como você se importasse.

— E quem vai...?

— Eu, você... Alisa e acho que Kiyoko. E um outro garoto que eu conheci.

— Oh... talvez esse outro garoto seja o motivo de você não querer mais o drama dos Miya?

— Exatamente. Ele é incrível, [Nome], sinceramente, acho que até bom demais pra mim.

— Keiji! - você o repreendeu. - Você que é bom demais pra qualquer pessoa. Menos pra mim, claro, deveríamos casar.

— Ew, não. 

— Enfim... qual o nome dele?

— Koutaro. Koutaro Bokuto.

— Aquele que cursa educação física? - ele assentiu. - Céus, Kaashi, ele é uma fonte de estamina ambulante, como você aguenta?

— Nós só saímos uma vez... mas ele me faz sentir ótimo. Ele tem uma energia boa.

Você murmurou um ''entendi'', continuando a conversar com o que faria hoje a noite. Akaashi tatuava uma cobra na sua coxa, não era sua primeira tatuagem, tão pouco a última. Vocês dois passaram quase duas horas a mais ali, Akaashi era tão detalhista quanto era enrolado, mas na última hora ele apenas se concentrou na sua pele, era comum, nos mínimos detalhes ele não abrir a boca pra dizer um 'a' que fosse. Quando terminou, você saiu do quarto do quarto, usando apenas a blusa oversized preta e sua roupa íntima, sem se importar muito com os olhares das pessoas que passavam por você. 

𝐃𝐎 𝐍𝐎𝐓 𝐅𝐎𝐑𝐆𝐄𝐓, kozume kenmaOnde histórias criam vida. Descubra agora