𝐟𝐢𝐟𝐭𝐞𝐞𝐧

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Aviso de gatilho: violência.

Kuroo te encarava desacreditado. Ele confirmou tantas vezes que ninguém poderia o rastrear e agora te encarava ali, parada, tremendo de frio. A única hipótese que pensou foi nele, a única pessoa boa o suficiente para conseguir saber exatamente onde ele estava.

Mas era impossível.

— Como me achou, [Nome]?

— Precisamos conversar, Kuroo. É realmente importante. 

Ele te olhou de cima a baixo, analisando seu rosto e corpo, procurando algo que fosse diferente ou novo, Tetsuro tinha uma feição insatisfeita no rosto.

— Pode entrar. - soou frio, dando espaço para você passar.

— Antes... - você suspirou, olhando para o lado e o chamando com a mão. - Esse é o assunto importante.

Kenma se aproximou devagar, entrando no campo de visão de Tetsuro, com as mãos no bolso, encarando o maior com aqueles olhos transparecendo arrependimento.

Kuroo estava boquiaberto, completamente apavorado. Pensou que estava alucinando ou até mesmo se tinha bebido demais, mas não, era realista demais para ser alguma alucinação. Tetsuro não era burro, de imediato já entendeu o que havia acontecido, sabia que Kenma era louco o suficiente para forjar a própria morte.

Só não contava que esconderia isso dele.

Sentia-se traído. Enganado.

— [Nome]... - redirecionou a fala para você, mas ainda não tirava os olhos de Kenma. - Entre.

— Eu acho melhor nã...

— Entra. - Kenma pediu. - Vou ficar bem.

Receosamente, você assentiu, fazendo o que os dois haviam pedido. Kuroo rapidamente tirou a chave de dentro, trancando a porta por fora e te deixando presa dentro de casa. Um desespero tomou conta de você, Kenma estava melhor, mas ainda bem machucado, não queria que ele se ferisse mais.

Ainda sim, não teve coragem de contestar nada do que diziam. Sabia que eles se resolveriam do jeito deles, não importava sua opinião sobre.

— Todo esse maldito tempo... - começou a falar, se aproximando de Kenma em passos pequenos. - Você estava por aí? Vivo.

— Eu realmente sinto muito.

Em seguida, Kenma apenas sentiu o punho direito do mais alto de encontro no seu nariz, o desequilibrando completamente e causando uma dor excruciante. Colocou a mão na região dolorida, a vendo vermelha pelo sangue.

Tetsuro não parou no primeiro soco, depois desse, veio mais outro, e outro, e outro. Caídos na neve branca, agora vermelha pelos respingos de sangue de Kenma, o maior estava sentado em cima de Kenma, desferindo socos em seu rosto ininterruptamente, até mesmo sua mão já estava dolorida.

Ofegante demais para continuar, saiu de cima de Kenma, sentando-se na neve, um pouco distante do outro. Encarava a neve ensanguentada de olhos arregalados, seu coração parecia querer rasgar o peito e cada vez que puxava ar até os pulmões, parecia queimar sua via respiratória de tão frio.

Kenma não tinha forças o suficientes para abrir os olhos, tentava se manter lúcido e não apagar, mas estava zonzo e com tanta dor que chegava ao ponto de querer desmaiar. Com o resto da força que ainda lhe sobrava, se levantou lentamente, sua cabeça girava, mas ele só parou de se mexer quando levantou a cabeça, se apoiando nos cotovelos, encarando Kuroo.

𝐃𝐎 𝐍𝐎𝐓 𝐅𝐎𝐑𝐆𝐄𝐓, kozume kenmaOnde histórias criam vida. Descubra agora