𝐃𝐎 𝐍𝐎𝐓 𝐅𝐎𝐑𝐆𝐄𝐓, kozume kenma

f o r t y - f o u r

fanart linda da @bakushine_ no twitter!! eu amei tanto!!

Aviso de gatilho: violência, assédio sexual.

Era tarde da noite já, tempo o suficiente pra você ter ido ao dormitório e ter voltado mais de uma vez. Kenma andava de um lado pro outro em seu escritório, fumando seu quinto cigarro consecutivo, tentando expulsar a ansiedade que insistia em se fazer presente no peito. Kuroo já havia falado algumas vezes para o meio loiro parar de se preocupar, mesmo ele mesmo estando levemente preocupado.

— Você já rastreou o celular dela? – Kuroo perguntou.

— Aquela merda ficou no meu carro. – ele bufou, se sentando na cadeira em frente às telas do computador e esfregando o rosto. – Ele tá com ela, Kuroo.

— Não pensa assim. Você sabe como ela é... bem provável que ela chegue em casa do nada e diga que apenas se distraiu conversando com alguém.

— Não. Ela iria me avisar. – deu o último trago no cigarro, acendendo outro em seguida. – Tem alguma câmera naquela rua?

— Se me lembro bem, não. – Kenma suspirou ao ouvir a resposta, tombando a cabeça pra trás. – Só resta esperar.

— Eu não vou sentar aqui e esperar. Eu vou ver todas as câmeras dessa porra de cidade até...

O celular de Kenma acendeu em cima da mesa, começando a tocar em seguida. Os dois se entreolharam, Kenma o atendeu sem delongas.

— Seu filho de uma puta. – disse entre dentes. – Cadê ela?

— Uma ótima noite pra você, Kenma! – ele disse animado do outro lado da linha. – Como você está? Espero que esteja tão bem quanto eu. Tenho uma companhia... deliciosa hoje.

—Vai se foder! – Kenma suspirou aliviado quando ouviu sua voz, levando em consideração que se você ainda tinha condições de xingar, estava bem, na medida do possível.

— E ela é brava até demais. – Daishou deu risada. – Deveria ter a amansado, Kozume.

— Pare de falar, só me diga o que você quer de uma vez.

— Compartilhar minha visão com você. Espero que esteja no seu escritório.

— Sim, estou.

— Ótimo, fique atento na sua tela. Vai ser tão divertido.

Kenma rapidamente mexeu no computador, a tela ainda estava na área de trabalho, mas logo apareceu uma notificação de permissão, a qual Kenma aceitou prontamente. Um vídeo ao vivo apareceu, era você sentada em uma sala toda branca, apenas com uma mesa na sua frente, você estava com a feição entediada, batucando os dedos em cima da mesa, Daishou estava sentado a sua frente, ele acenou para a câmera, você o olhou confusa.

— Deixe ela ir. – Kenma disse com a voz falha. – Eu me entrego pra você, apenas deixe ela ir.

— Olha, isso foi mais fácil do que eu imaginei. Mas não, acha mesmo que eu traria ela aqui só pra você se entregar? Eu quero te torturar de todo jeito que eu conheço, Kozume e eu tenho certeza que ela é a melhor maneira.

— Kenma?! Consegue me ver? Não faz nada que te prejudique, por favor. – você disse olhando pra câmera, Kenma grunhiu. – Coloca no viva-voz essa porra.

— Cala a boca, caralho. – Daishou depositou um tapa estalado no seu rosto, Kenma arregalou os olhos, sentindo o sangue ferver. – Você fala demais, garota.