t h i r t y - f i v e

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só putaria e boiolagem aq, tudo de bom!!

fanart linda d @sol_mp4 no twitter!!! ficou tão linda, eu amei));

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— Estamos dentro do carro tem mais de uma hora. - você disse. - Quero saber onde vamos, Kenma e se vamos chegar logo, estou com frio.

— Mais um pouco, [Nome]. - respondeu paciente.

Kenma tirou as mãos do volante, o mexendo apenas com o joelho, você o encarou confusa, logo ele tirou o moletom e jogou em cima  de você, voltando a dirigir normalmente, agora com apenas uma blusa preta qualquer. Você deu de ombros, vestindo o moletom, rapidamente sentindo-se entorpecida pelo cheiro de Kenma, mesmo tendo alguns resquícios de cigarro, não te incomodava. Você esticou as pernas em cima do painel, escorrendo pelo banco e encarando a estrada escura. Um silêncio confortável se estabeleceu no carro, já era madrugada e além de bêbada, você já começava a ficar com sono, então mal se importava se Kenma pretendia dizer algo ou não.

Quando se deu conta, Kenma já havia estacionado o carro na entrada de uma casa. Era uma casa simples, mas grande, em volta não tinha nada além de árvores e a estrada de terra que vocês haviam pego. Tinha um estética mais antiga e não parecia ter ninguém lá, devido a todas as luzes apagadas, apenas com o farol do carro iluminando a entrada. Ele abriu a porta e você fez o mesmo, o acompanhando até a parte de dentro.

Kenma acendeu as luzes assim que abriu a porta, te dando a visão clara de uma sala de estar e a entrada da cozinha. Toda a decoração fazia jus à aparência antiga da casa, mas por mais antigo que fosse o lugar, ainda era aconchegante. O cheiro de algum produto de limpeza invadiu suas narinas, dando a entender que havia sido recém limpado. Você encarou Kenma confusa, ele apenas passava os olhos pelo lugar com as mãos no bolso.

— Então...? 

— Aqui é a casa da minha vó. - explicou. - Era. Passei uma boa parte da minha infância e pré-adolescência aqui, queria te mostrar.

— Ah... - você entortou a boca. - Por quê? 

— Eu nunca trouxe alguém aqui. - respondeu, se aproximando. - E pensei que não há alguém melhor para mostrar o lugar do que você.

— E onde sua avó tá agora?

— Em um asilo, mal se lembrando da família. - deu de ombros.

— Ainda não enten...

— Disse que te trato como um objeto. - ele te cortou. - Realmente, eu devia ter considerado seus sentimentos e não apenas ignorado. - suspirou, rolando os olhos pelo lugar. - Então eu queria te trazer no único lugar que eu considero... especial, talvez seja a palavra certa, porque você é especial pra mim também. Mesmo eu dizendo que não me importava e não sentia nada por você... tenho certeza que sempre soube que era mentira, [Nome]... - os dedos de Kenma logo acariciaram seu rosto, te fazendo fita-lo nos olhos. - Você é esperta, não me diga que acreditou realmente.

— Eu... - desviou o olhar, tentando buscar alguma palavra. Você estava surpresa até demais com as palavras ditas. - Acho que sim... sempre soube.

— Então podemos parar com esse fingimento? Por favor? 

— Eu não quero voltar ao normal, Kenma. Eu quero mais. Pela primeira vez na vida, eu não consigo me conformar com apenas o nosso ''normal'', eu quero mais de você. Não o quê você tem pra oferecer, mas realmente... de você.

— Você terá tudo o que quiser. Principalmente se o que quer é eu. Mas antes precisa ser minha novamente.

— Eu quero ser sua, Kenma... - sua voz vacilou. - Mas...

𝐃𝐎 𝐍𝐎𝐓 𝐅𝐎𝐑𝐆𝐄𝐓, kozume kenmaOnde histórias criam vida. Descubra agora