2ª Fase: Ligações Inesperadas

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Quando Bella sai do seu quarto, apenas na manhã seguinte, não se surpreendeu ao ver seu pai de pé bem cedo, praticando seu Yoga matinal no meio da sala de estar. A garota o ignorou, caminhando em passos lentos em direção a sala de jantar, e não demorou cinco minutos para Robert aparecer atrás dela.

— Então agora você não fala mais comigo... — ele sugere, tomando um lugar na mesa, enquanto Bella apenas enchia um pote de salada de frutas para si, em completo silêncio — Tudo bem, você ficou o dia no quarto ontem, não quer falar comigo hoje. Eu compreendo. Está magoada.

Bella não respondeu.

Seus olhos sequer oscilaram e ela permaneceu concentrada na salada de frutas, como se o seu pai sequer estivesse ali.

A garota ouviu Robert respirar fundo, desistente.

— Tudo bem. Você ganhou. Eu... Vou me esforçar para aceitar esse seu namoro com o garoto... Er.. Hum... Digo, o Tom.

Bella levantou um olhar desconfiado para seu pai, encarando-o pela primeira vez naquele dia, sem acreditar.

— Isso é serio? — ela murmura, em choque.

— É... É sério. Pensei em irmos para nossa casa de campo no Oregon... No final de semana. Acho que vai ser uma boa oportunidade de... Me acertar com o garoto. Gosto dele.

Bella abriu um enorme sorriu de vitória, saindo da sua cadeira e abraçando o seu pai.

— Eu sei que gosta. E é por isso que eu também sei que o senhor está tomando a atitude certa. É uma excelente ideia, pai.

Robert abriu um sorriso de satisfação e alívio ao sentir os braços de sua filha ao seu redor. Existiam poucas coisas que o homem odiava mais do que ficar brigado com sua única filha, e geralmente era esse o motivo que o fazia ceder as vontades da garota.

— Você estava certa. Eu estava sendo machista. — Robert reconhece, envergonhado, e Bella dá um beijo em seu rosto.

— Eu sei. E que bom que você também sabe. 

Mas antes que o homem pudesse dizer qualquer coisa, o celular de Bella tocou sobre a mesa, exibindo o nome de Tom. Ele rolou os olhos, impaciente, e Bella fez um beicinho, ignorando a chamada e terminando sua salada de frutas.

— Hum... Vocês vão sair? — ele a questiona, curioso, e Bella acena que sim.

— Tom preparou alguma coisa... Provavelmente vai me levar pra correr, ou pra dar piruetas de ginasta por aí. Depois vou pra Nyden entregar os croquis para começarem a confeccionar os modelos.

— Você deve estar animada com essa nova etapa da sua carreira...

— A grana é boa. A H&M é uma grande marca. Estou feliz. Foi pra isso que estudei quatro anos na UCLA.

— Você sabe que eu tenho muito orgulho de você, não sabe?

Bella sorri para o pai, agradecida, e se levanta da mesa alguns segundos depois, vestindo apenas um tênis, shorts curtos de academia e um grande moletom branco.

— Acho que o Tom está lá fora. Nos vemos mais tarde. Te amo, pai!

— Também te amo. E não esqueça de avisar o garoto da viagem para Oregon.

— Ele tem nome, sabia?

— Eu sei — Robert sorri, dando de ombros — O nome dele é garoto.

Bella rolou os olhos, impaciente, pegando a pasta com seus croquis e dando as costas para o pai. Segundos depois, se viu descendo as escadas dos jardins e passando pelo portão principal, se deparando com uma Ferrari conversível vermelha novíssima estacionada na sua porta. Bella tentou não deixar um gemido escapar pelos seus lábios ao ver Tom Holland ali, dirigindo a Ferrari, de camisa branca, cabelos molhados e óculos escuros, com o sol brilhante de encontro a sua pele.

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora