5ª Fase: Brigas de casais

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— Capítulo SURPRESA! Final da quinta fase! <3

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Eram dez da noite quando ele voltou, já que estava completamente desconcentrado nas gravações. "Você não entende, não é?". 

Entender o quê? Sabia o quanto Bella devia estar chateada com aquilo, e sabia que estava errado – tinha mentido para ela, afinal – mas porra! Ela também já havia mentido, ele não era o pior cara do mundo. Ou era?

A casa de Bella em West Hollywood estava silenciosa demais quando ele voltou, mas as luzes da sala e da cozinha estavam acesas. Havia algo de muito estranho, muito estático.

Correu até o quarto e o cômodo estava vazio. Então viu, com desespero no olhar, que o closet estava aberto. Já tinha visto isso nos filmes, então engoliu seco, entrando no cômodo. A maior parte das portas estavam fechadas, intactas, e ele apertou os olhos e abriu uma por uma do lado de Bella... Completamente vazias. Suas roupas, os milhões de sapatos que não cabiam em lugar nenhum, os perfumes... Nada. Colocou a mão na cabeça, xingando baixo, nervoso e tonto demais para fazer qualquer coisa, quando viu a secretária eletrônica piscando.

"Boa noite, Sr. Holland, aqui quem fala é o designer Connor Fielding. Enviei minha equipe até seu apartamento no fim da tarde e sua adorável namorada deixou que eles entrassem, mas estava de saída, então gostaria que entrasse em contato comigo depois para confirmar se seu pedido estava de acordo com o esperado. Obrigado e tenha uma boa semana."

Aquela era a única mensagem. Tom respirou fundo, achando que poderia vomitar a qualquer instante. Abriu o quarto de hóspedes, que ele tinha tido o enorme trabalho para tirar tudo de dentro em um dia de folga das gravações, e bem no centro dele estava um berço redondo que ele tinha visto em uma revista. Queria fazer uma surpresa, mas sabia que o tal designer era muito difícil de encontrar. Correu atrás dele por duas semanas, e lá estava. Idêntico ao que viu na revista que Bella andava para cima e para baixo embaixo do braço, tentando rascunhar um quarto para o bebê.

Quem ela pensava que era para simplesmente ir embora, levando tudo com ela e deixando-o sozinho na casa que nem era dele? Mordeu o lábio, segurando as estúpidas lágrimas que estavam enchendo seus olhos, mas não derramaria nenhuma delas. Ao invés disso, chacoalhou o berço de um lado para o outro, xingando alto, mas ele permaneceu intacto, só para aumentar seu ódio. Dele, dela, de Nadia e do mundo inteiro.

Correu até a garagem e pegou um taco de beisebol, voltando para atacar o móvel com uma fúria que ele sabia que não pertencia a ele. Repetiu o golpe uma dezena de vezes, xingando, até ver um pedaço mínimo trincar. Então jogou o taco longe, incrédulo consigo mesmo, e apertou os lábios em uma linha fina, quando finalmente caiu em si.

Não era para ser assim.

Ela tinha ido embora por uma besteira. E a culpa, óbvio, era toda dele.

(...)

Tom abriu os olhos e se deu conta que tinha dormido no tapete da sala, mas não lembrava exatamente como tinha ido parar ali. Tentou sentar, mas cada músculo de seu corpo, por menor que fosse, estava dolorido devido à posição em que tinha dormido aquelas pouquíssimas horas. Estalou o pescoço e as costas, xingando baixo, e encarou as inúmeras garrafinhas vazias de cerveja que estavam na mesinha de centro com um pouco de surpresa, porque há meses não acordava em um cenário assim.

Há meses também não via tantos cigarros no cinzeiro – por Deus, ele havia parado de fumar, praticamente, assim como Bella, sem nem perceber —, mas agora havia praticamente um maço ali. Apertou os olhos, dividido entre a confusão que essa constatação sobre bebida e cigarros lhe causara, a dor física por ter desmaiado no tapete, a dor de cabeça que parecia aumentar a cada instante, mas principalmente aquela ridícula dor que era lembrar o que tinha acontecido na noite anterior.

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora