4º Fase: E ele se foi

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Quem quer passagem de tempo? Pois teremos! No final desse capítulo e no próximo, teremos a passagem de tempo de um mês para as aventuras virem com tudo. Irei contabilizar essa passagem de tempo de um mês com a indicação de dias. (Dia 1... Dia 5...)

Obrigada por cada voto, comentário e carinho que vocês compartilham comigo. Fiquem a vontade para dar ideias, me contar as expectativas que vcs têm para o desenvolvimento dos personagens, as críticas... Gosto de ler vocês!

A fic não é revisada, não dá tempo. Às vezes rola de eu reler o capítulo um tempo depois de postar e corrigir um erro ou outro, então fiquem a vontade para apontar. 

Sei que já disse isso, mas: ouçam a música! E agora, quem adivinha o que a Bella está pra aprontar? hahaha bjuxxx

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No avião, Tom não sabia identificar que sentimento era aquele que estava tomando conta dele. Ele tirou o casaco, desfrouxou o colarinho, mas nada ajudava a sentir-se menos sufocado. 

Ele se acomodou na poltrona do jatinho, tentando respirar fundo, esperando impacientemente que o avião decolasse, verificando as redes sociais desnecessariamente para ver se o tempo passava. A inquietação tomava conta do seu corpo e por pouco, não deu meia volta e desistiu de viajar. 

Já no alto, da janela, ele podia ver a linha da costa e procurou pelos arredores de onde Bella morava, se perguntando o que ela faria quando voltasse para casa. Além da janela e através das lágrimas nos seus olhos, Tom podia ver uma camada de nuvens se espalhar abaixo dele. 

Agora já não tinha ideia de onde estava. Tudo o que ele sabia era que queria fazer o retorno e voltar para Los Angeles, estar no lugar onde ele deveria estar.

(...)

Ao dirigir de volta pra casa, Bella resolveu fazer o caminho mais longo, através da orla. Ela ficou olhando pela janela do carro, os vidros abaixados, exausta demais para chorar. Chocada demais para falar. Sentia-se submersa, e mesmo assim, pensava: Continue a nadar.

Com pensamentos perdidos ao observar o mar e o fim da tarde cair, imaginou todas as pessoas que ela conheceu ao longo da sua vida e as comparou com o oceano. Eram muitas. Pessoas que surgiam como ondas, entrando e saindo aos poucos, dependendo da maré. Algumas ondas eram muito maiores e causavam mais impacto que outras. Às vezes, as ondas traziam coisas lá do fundo do mar e as largavam no litoral. Marcas nos grãos de areia que provavam que as ondas estiveram lá, muito depois de a maré recuar. Foi isso que Tom quis dizer ao falar "eu te amo, mas siga em frente normalmente com a sua vida". Ele estava lhe afirmando que sabia que fora  a maior onda que tinha aparecido em sua vida. E havia trazido tanta coisa consigo que suas marcas sempre estariam presentes, mesmo quando a maré recuasse. Bella sabia disso, porque também se sentia assim.

Quando não teve mais para onde correr, acabou tomando o caminho para casa. Sabia que chegaria e encontraria seu pai, e pra ajudar, também tinha Alexandra. A memória viva, prima de Tom e prova de que ele passara mesmo por sua história nas últimas nove semanas. E sabia que de uma forma ou de outra, eles teriam perguntas, e ela teria de respondê-las.

Ao chegar na garagem de casa, Bella demorou alguns minutos no carro, concentrando-se para não chorar. E quando enfim teve coragem de adentrar na Casa do Moinho, deparou-se com Kevin, Alex e seu pai jogados no sofá com os cachorros, ouvindo jazz.  A garota respirou fundo, perguntando-se como todos poderiam estar tão felizes e bem humorados, enquanto ela só queria desaparecer dali.

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora