Bogorobi

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Este capítulo parece-se com a cena da morte da Nairobi, mas será diferente. Prometo!

Desculpem se choraram no capítulo. Para mim, também não foi fácil escrevê-lo, mas aqui têm.

Por favor, leiam as notas iniciais!!




POV. Nairobi

Estou fodida, literalmente. O Gandia acabou de me dar um tiro na mão esquerda e os meus pontos soltaram-se. Ele agarra-me e eu coloco a minha mão direita entre o meu pescoço e a corda que me colocou para que eu consiga respirar.

Sinto a arma pressionada na minha cabeça enquanto encaro os meus amigos, apontando ao Gandía. Sinto-me fraca, mas tento aguentar-me.

Toco com os pés no chão quando ele sai da casa de banho e tento andar. Olho para os meus amigos.

- Baixa a pistola, estúpido, não percebeste? - Pergunta o Gandía e o Rio baixa a arma do Denver.

Tento lhes fazer um sinal a dizer que estou bem, enquanto o Gandía arrasta-me para a zona principal.

- Que tal dançarmos um pouco? - Não!

Sinto os meus pés arrastarem-se no chão e queixo-me.

- Ai... - Digo fraca, sentindo-me caindo.

- Cuidado, querida. Estás a cair - Ouço a voz debochada do Gandía e dá uma espécie de pulinho para me segurar melhor.

Gemo de dor e sinto umas lágrimas nos olhos. Não!

- Desculpa - Diz o Gandía, no deboche. - Olha para o teu gordinho. Olá, gordinho!

Ele faz-me olhar para o Helsínquia, que me parte o coração vendo-o tão assustado e com pequenas lágrimas nos olhos por estar assim. Olho para o Bogotá que se encontra tenso.

- Já chega - Diz o Bogotá, tenso. - Solta-a. Agora! - Noto o ódio na sua voz.

- Tem calma... Eu vou a soltar. Calma! - Diz o careca.

Devagar, sinto os meus pés no chão e ele desata a corda no meu pescoço e afasto-a. Aguento-me nas minhas pernas, apesar de as sentir um bocado bambas. O Bogotá parece mais perto de mim e encaro-o.

O de barbas dá um passo em frente, mas é repreendido pelo Gandía. Assim que percebo que tenho forças para andar, levo a mão aos pontos que sinto-os cada vez mais soltos e com o sangue a escorrer.

Dou uns passos em frente e vejo o Bogotá esticar o braço para agarrá-lo. Dou mais uns passos e sinto que vou tropeçar.

- Aa– - Sinto umas mãos agarrarem-me. Encaro quem é e vejo o Bogotá.

- Estás bem? - Ele pergunta-me baixo. Continuo com a mão nos pontos e sentindo a mão esquerda pesada.

Sinto os seus braços nas minhas costas com suavidade e encosto a minha cabeça no seu peito, quase sem forças.

Sinto umas lágrimas escorrerem.

- Rafeira... - Ouço o Gandía, viro a cabeça para o encarar e engulo em seco.

- ...eu disse que te ia matar - Completa ele e ouço um tiro.

- Não! - Ouço o Bogotá gritar. Depois tudo aconteceu muito depressa. O Bogotá aperta-me forte e fecho os olhos. Gemo de dor ao sentir ele pressionar-me contra o seu peito.

O Gandía encontra-se, frustado e irritado. Dá outro tiro apontando para mim e para o Bogotá. Abro os olhos um tempo depois de ouvir o tiro.

- Ficou sem balas... - Ouço o Palermo dizer.

La Casa De Papel - One Shots [PORTUGUÊS]Onde histórias criam vida. Descubra agora