Silene Oliveira é uma jovem de 19 anos que cursa a faculdade de Biologia. É boa aluna, tendo sempre notas acima de 14. Boa amiga, simpática e certinha, alguns até dizem que é demasiado certinha.
"Querido diário,
Nem sabes o que me aconteceu hoje! Fui à loja do Sr. Rodriguez comprar um KitKat que sabes como amo chocolate. E apareceram quatros assaltantes. Haviam 3 homens e uma mulher. Mas quem me chamou a atenção foi essa mulher. Ágata era o seu nome.
- Olá, Sr. Rodriguez! - Cumprimento com um sorriso.
Ele é um homem bastante simpático, já com uns cabelos grisalhos, mas ainda se encontra na casa dos 50.
- Olá. Como estás? - Pergunta ele.
- Bem. Recomecei as aulas e estou chei–
- NINGUÉM SE MEXA! - Ouvimos um jovem que não deve ter mais de 25 anos forte e de cabelo preto gritar ao entrar na loja e apontar uma arma.
Dou um pulo pelo susto.
- Mãos ao ar! - Diz um homem mais velho de fato e gravata que deve ter uns 45 anos.
- Então... O que temos aqui? - Entra uma mulher morena de cabelo castanho escuro, alta e muito bonita por acaso.
Ela aproxima-se do homem grisalho com uma arma.
- O dinheiro? Não enrole!
- E-está na caixa - O mais velho tenta abrir, mas não consegue.
- E-eu... preciso da chave!
- Aníbal, trata dele! - Pede a mulher, atirando o homem contra o mais novo dos garotos. Não deve ter mais de 21 anos, cabelo encaracolado e baixo.
- Não o façam mal! - Grito, preocupada, sem pensar.
A mulher aproxima-se de mim. Tem um casaco de cabedal preto e umas calças de ganga um pouco rasgadas e um ar de andar muito na rua.
- O quê que dizeste? - Pergunta ela, bem perto do meu rosto e o meu coração erra una batida. Consigo sentir o seu hálito a tabaco. Deve ter acabado de fumar um cigarro, mas não ligo.
- Na-Nada - Respondo, baixo e sem conseguir evitar observar os detalhes
daquela mulher.Lábios finos, sobrancelhas grossas e um nariz lindo. Leva uns brincos grandes e o cabelo com risco num dos lados e um pouco ondulado nas pontas.
- Não, eu ouvi-te dizer algo. Que foi?
- Ágata! - Oiço o mais velho dizer. - Levamos vinho, tá?
- Ágata - Solto, ao ouvir o nome da mulher e sorrio. Sinto borboletas no meu estômago e coro.
- Seu filho da puta! - Ela xinga. - Agora, ela pode me denunciar.
- Não o farei - Respondo, tentando que não note que tenho as bochechas vermelhas.
- O quê que tinhas dito antes? - Ela bate na parede para me tentar intimidar.
- Não o façam mal. Ele não merece - Respondo. - É bom homem.
- Silene, não te preocupes! Estou bem.
O garoto mais forte pressiona-lhe a arma na cabeça.
- Calado!!
- Silene, né?
Assinto, tímida. Ela empurra-me contra a parede e, por algum motivo, acho aquilo bem sexy e, sem saber porquê, junto os nossos lábios e beijo-a.
- Que caralho cê está fazendo? - Ela grita e dou-me conta do que fiz e coro completamente.
- Queres que trate dela? - Pergunta o garoto mais novo. - É gatinha, por acaso.
Remexo-me, desconfortável pelo comentário do garoto.
- Pará de ser um tarado e ficar a observar garotas! - Diz ela.
- Mas ela também é tarada para te beijar assim - Responde ele, rindo. - E tenho a certeza que precisa de saber o que lhe faz bem.
Sinto o meu estômago revirar-se só de pensar naquele garoto em fazer-me algo.
- Não te preocupes com ela e vai trabalhar! - Diz antes de me encarar.
Volto a sentir as minhas bochechas avermelharem e o meu coração acelerar só com o seu olhar penetrante em mim. Aí noto que tem uns olhos lindos.
- Que tens aí? - Pergunta ela, ao ver os meus cadernos apertados contra o meu peito.
- Nada. Só... apontamentos da faculdade - Respondo, com o coração a mil.
- Dinheiro tens ou vou ter de te revistar? - Pergunta ela.
Não sei porquê, mas um sorriso bobo surgiu nos meus lábios com a imagem dela me revistando e sinto-me voltar a corar. Tento afastar esses pensamentos impróprios da minha cabeça. Eu não sou assim. Nem sei o que me deu.
- Aaa...
Ela volta a empurrar-me e sinto a sua pegada forte em mim.
Levo a minha mão ao bolso, tirando umas moedas e uma nota que tinha. Ela leva o dinheiro e ao longe ouço umas sirenes do carro da polícia.
- Merda! - Diz um garoto.
- A bofia. Vamos! - Ela grita, largando-me e vai a correr para o carro com os outros.
Eu fico um momento em transe até o Sr. Rodriguez me perguntar como estou.
- Sim - Assinto. - Já não tenho mais dinheiro. Mas o senhor... como está?
- Não te preocupes com isso, filha. Estou bem. Ias comprar o quê?
- Um KitKat - Respondo.
Ele pega num e dá-me.
- É por conta da casa. Leva e come.
- Mas o senhor acabou de ser assaltado! Não posso aceitar.
- Leva, a sério! Está tudo bem - Ele responde.
Assinto e vou para casa.
Não sei o que me deu naquele momento, mas aquela mulher mexeu comigo. É linda demais, determinada e sabe liderar. Muitos diriam que estava no sítio errado, na hora errada, mas eu discordo. Jamais me esquecerei daqueles olhos e cabelo castanho, aquele nariz e tudo naquela mulher. É simplesmente linda e sei o seu nome. Ágata. Um nome bem bonito."
Esta foi a primeira one shot exclusiva portuguesa. Sei que não foi a melhor, mas farei umas melhores delas e que seja msm delas assaltantes.
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La Casa De Papel - One Shots [PORTUGUÊS]
FanficOlá a todos! Hoje vim trazer um livro só com One Shots de La Casa De Papel. Terá one shots de amizades, casais, personagens, etc. Normalmente, elas não terão relação, mas quando houver, por exemplo uma parte 2 da one shot, eu aviso. Com pequenas coi...