Esta one shot está relacionada com a teoria de que a Alicia entrará em parto no início da parte 5.
POV. Professor
- Cheque-mate, filho da puta! - Ouço a voz da Alicia e levanto-me, mas paraliso com o tiro que ela dá.
Viro-me para a ruiva enquanto ela tira o capuz com a arma apontada para mim. Ficamos assim, provavelmente, nada mais de 2 minutos, mas pareceu-me quase meia hora.
Ficamos num transe nos encarando até que a Alicia grita de dor. What the...!? Olho para baixo e vejo um líquido escorrer pelas suas pernas.
- O bebê! - É a única coisa que ouço da Alicia.
Merda! Ela está em trabalho de parto.
- Calma, o... - Ela dá outro grito.
Vou pegar álcool a um armário. Merda! Nunca fiz um parto, mas não deve ser muito dificil, certo? Só segurar o bebê quando nasce...
Ouço outro grito de dor dela e saio dos meus pensamentos. Deito o álcool nas minhas mãos e braços até o cotovelo depois de arregaçar as mangas.
- Mas que...!? - Viro-me e encontro o Marselha, confuso e assustado à porta.
- Não tenho tempo para explicar. Ela está em trabalho de parto, Marselha. Preciso da tua ajuda - Ajeito os óculos e o Marselha leva um tempo até reacionar e processar o que se passa aqui.
- Eu sei fazer partos. Já fiz o parto à minha cadela - Conta ele.
- São coisas diferentes! - Digo, stressado.
- Achas que não sei? - Pergunta ele.
Outro grito de dor e paramos de discutir.
- Sei que sou uma cabra, mas ainda assim. Uma cadela e uma mulher são espécies diferentes, sabiam? - Diz a ruiva, sarcástica.
- Podem fazer o puto favor de me ajudarem!? Estou a parir uma criança! - Grita a Alicia.
- Professor, fica com ela e dá-lhe as mãos - Diz o de bigode.
Assinto, fazendo o que lhe me disse.
POV. Marselha
Vou desinfetar as mãos e vou ter com a Alicia e o Professor.
- Posso, Inspetora? - Ela assente e respiro fundo.
Com cuidado e sempre a encara-la para ver se está tudo bem, coloco as mãos para depois pegar a criança.
- Força! - Vou tentando incentivá-la enquanto ela vai fazendo força e agarra o braço do Professor e a arma, com força. Sim, ela continua com a arma apontada caso façamos merda.
- Vai conversando com ela - Peço ao Sérgio e ele assente, enquanto pensa em algo para lhe dizer. - Continue que estou quase a sentir a cabeça.
Ela continua a fazer a força e a gritar. Sinto algo e continua a incentivá-la até ter o bebê nas minhas mãos.
POV. Alicia
Agarro o braço do Sérgio forte enquanto faço força.
Paro um pouco, cansada, suada e com a respiração acelerada.
- Força, só mais um pouco - Respiro fundo mais um pouco e volto a fazer força.
- Já tenho a cabeça, agora é só o corpo - Ouço o homem dizer.
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POV. Marselha
Depois de lavamos o bebê numa bacia meio improvisada, tivemos de improvisar algumas coisas com o material que tínhamos, mas acho que correu tudo bem.
Vejo a Inspectora ainda ofegante e suada no sofá.
Enrolo o bebê num pano e entrego à ruiva que o encara, emocionada.
Observo a cena e sorrio.
POV. Alicia
É uma menina! É uma menina! Sorrio ao pegar nela. É tão pequena e aconchego-a enquanto tento fazer que pare de chorar.
- Pronto, está tudo bem. Já estás com a tua mamã.
Dou-lhe um beijo na bochecha e observo-a. Tem os meus olhos e as covinhas do pai. Começo a chorar, emocionada, é a minha filha. Minha filha!
Observo-a, com cuidado e lágrimas de emoção nos olhos. Vai se chamar María.
Encaro com atenção cada feição dela. Fico um tempo assim e a brincar com ela, esquecendo-me completamente do mundo lá fora. Desvio um pouco o olhar e vejo o homem que me fez o parto e o Professor, encarando-nos sorrindo e emocionados.
- Bem, eu... - Digo com a María nos meus braços.
- Tudo bem - Diz o que me fez o parto. Acho que se chama Marselha. - O milagre da vida é lindo.
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POV. Professor
Desvio o olhar, meio triste. Quem me dera ter passado por isso com Ibiza. Respiro fundo e limpo uma lágrima ou outra que me escorreu.
- Ele, pelos vistos, também ficou emocionado - Baixo a cabeça, envergonhado e não digo nada.
Dou um sorriso fraco enquanto o Marselha coloca o braço à volta do meu pescoço e depois dá-me um tapa amigável no ombro.
- Tome - O Marselha pega num pano e estende para a ruiva.
Ela receia um pouco, mas aceita e limpa o suor. Ela encara-nos, um pouco assustada e percebo o que está a pensar.
- Nós não usamos crianças para atacar outras pessoas - Digo frio e sentindo o sangue ferver no meu corpo ao lembrar-me da conversa dela com a Raquel e de usar o filho da Nairobi contra ela, mas controlo-me.
- Eu peço desculpa - Diz ela.
Depois do que fez, vamos perdoá-la assim?, penso, irritado.
- Depois do que fizeste, pedes desculpa assim? - Digo, indignado e com nojo na voz.
- Tens razão!
- Eu também não a vou perdoar, mas acham que podemos não pensar nisso agora. Acabou de nascer uma criança - Diz o Marselha.
Ele tem razão, mas vai haver sempre este clima aqui.
Eu e a ruiva calamo-nos e olhamos todos para o ser que acabou de nascer.
Os pedidos estão sempre abertos, por isso comentem se querem alguma one shot específica.
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La Casa De Papel - One Shots [PORTUGUÊS]
Fiksi PenggemarOlá a todos! Hoje vim trazer um livro só com One Shots de La Casa De Papel. Terá one shots de amizades, casais, personagens, etc. Normalmente, elas não terão relação, mas quando houver, por exemplo uma parte 2 da one shot, eu aviso. Com pequenas coi...