POV. Tatiana
Fomos dormir num apartamento com dois quartos alugados, porque o Rafael quis ficar num quarto diferente do meu e do seu pai.
- Meu amor, tenho de ir tratar de umas coisas hoje. Queres vir comigo? - Pergunta o Andrés.
- Hoje não. Estou um pouco cansada, meu amor - Respondo e deito a cabeça no seu ombro.
Estamos sentados numa cadeira no quarto e eu em cima dele.
- Ok, mas eu tenho de ir - Me beija. - Posso demorar.
- Sem problema.
Me levanto, ele sai da cadeira e vai se arrumar. Conversamos um pouco.
- Qual melhor? - Pergunta ele. - Laço ou gravata.
- Gravata - Respondo. - Ficas tão bem de gravata.
Ajudo-o a colocar a gravata e a arrumar-se e ele sai.
Pego num livro e leio um bocado, já que estou sozinha no apartamento. O Rafael foi ao supermercado comprar comida e me entretenho a ler.
Oiço a porta ser aberta e sorrio.
- Olá, afinal... - Vejo cabelos loiros cacheados e me dou conta que me enganei na pessoa. - Rafael, entra. Eu ajudo-te!
Pego num saco com compras e arrumamos na cozinha.
- O teu pai saiu. Foi tratar de coisas e vai demorar - Digo, arrumando as coisas.
- Comemos algo? - Sorrio. - São quase horas de jantar.
- Boa ideia. Estou cansado!
- Eu posso tratar das coisas.
Faço bolonhesa e preparo a mesa enquanto ele vê coisas no seu computador com os pés na mesinha perto do sofá e com meias brancas.
A casa é bem bonita, temos um relvado e mesa lá fora.
- Comemos lá fora, tudo bem?
- Sim - Responde o garoto, guardando o seu computador. - Posso ajudar-te?
- Claro!
Preparamos a mesa e nos sentamos. Abraço os braços ao sentir uma brisa de vento e o Rafael me empresta o seu casaco, revelando uma camisa azul clara de manga curta e botões.
Ele sorri-me e olha para o prato.
- Me conta uma coisa - Peço e ele olha para mim.
- Como é a tua relação com o teu pai? - Pergunto, curiosa.
- Não nos falamos muito sinceramente. Ele meio que era presente quando era pequeno... bem pequeno, dizia a minha mãe. Mas, quando tinha 6 meses, começou a afastar-se e depois só vinha a nossa casa de vez enquanto. Não temos uma boa relação de pai e filho, sinceramente. Vinha muito de vez enquanto. Ele... me abandonou.
Vejo os seus olhos brilhando e lhe acaricio a mão.
- Me desculpa. Não pensei que fosse assim tão má... Sinto muito.
- Me desculpa eu. Falando assim do meu pai com a sua mulher, não devia. Nunca o conheci bem, mas talvez até seja boa pessoa lá bem no fundo.
Assinto e como um bocado de massa. Limpo a boca e ouvimos acordes de guitarra de longe.
- Dizeste-me que gostas do Schumann, não foi? - Mudo de assunto.
- Sim! É o meu pianista favorito - Ele sorri.
- Queres que te toque um pouco? Tenho de treinar.
- Claro! - Limpamos a mesa e ele sorri, mais alegre.
Colocamos os pratos na pia e passo por água. Ele leva os pratos e coloca-os na máquina. Termino de passar os pratos por água.
- Vou só vestir algo mais fresco, ok?
- Claro! Eu trato disto!
Vou me trocar no meu quarto.
POV. Rafael
Termino de lavar a loiça e observo o piano na sala. É preto, grande e muito bonito. Tem um banco preto com o assento de veludo vermelho. Bem aconchegante, percebo ao passar a mão pelo banco.
- Estou pronta!
Vejo a Tatiana com um vestido bem leve rosa bebé de renda, provavelmente para dormir e com o cabelo solto, que roça no seu pescoço. Observo como o vestido é fino e qs curvas do seu corpo.
Sorrio com essa visão e fecho a boca para não começar a babar-me.
- Senta-te - Digo e ela prepara-se e começa a tocar.
Observo as suas mãos delicadas e finas tocando e se movimentando com tanta coordenação enquanto oiço a música, mas presto mais atenção à mulher à minha frente tocando.
Humedeço os lábios observando-a tocar e os seus dedos tão finos e hábeis se movendo depressa pelas teclas pretas e brancas.
Coloco-me de frente para o piano e observo todos os detalhes da Tatiana atenta a tocar e tudo nela. Dou um passo em frente e, aos poucos, me sento ao seu lado.
Observo-a e nem me dou conta da minha mão a cair para as teclas até o som vir e coro, tirando a minha mão dali.
A Tatiana ri e termina.
- Queres que te ensine? - Pergunta-me ela.
Sinto uma das suas mãos no meu peito e engulo em seco. Tiro a sua mão do meu peito devagar.
- Estás com o meu pai. Nós... nós não podemos - Me seguro muito.
Ela bufa e aproxima-se.
- Eu vi-te a comeres-me com o olhar quando cheguei. Eu sei que me achas sexy e tu és uma gracinha. Um cara atencioso, gentil, simpático e muito giro também - Ela brinca com o meu cabelo.
- Não podemos. Estás com o meu pai, Tatiana, e não podemos nos relacionar.
- Eu sei que tu queres - Passa a mão no meu peito e desvio o olhar. - Se não queres, basta te afastares.
Ela dá mais um passo, se aproximando e sinto o meu coração sair do peito e não me consigo mexer.
Os seus lábios roçam nos meus antes de ela me beijar e retribuo o beijo. Fecho os olhos, sinto o sabor do seu batom de cereja (uma das minhas frutas preferidas) e da sua boca.
Intensifico o beijo com a língua e acaricio-lhe as costas. Nos beijamos como senão houvesse amanhã e sinto a sua mão debaixo da minha camisa, arranhando-me os abdominais. Sorrio, nervoso e tiro a minha camisa e nos pegamos ali mesmo.
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La Casa De Papel - One Shots [PORTUGUÊS]
FanfictionOlá a todos! Hoje vim trazer um livro só com One Shots de La Casa De Papel. Terá one shots de amizades, casais, personagens, etc. Normalmente, elas não terão relação, mas quando houver, por exemplo uma parte 2 da one shot, eu aviso. Com pequenas coi...