Helsínquia x Nairobi (EXCLUSIVO PORTUGUÊS)

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POV. Helsínquia

Hoje decidimos ir à praia apanhar sol já que está um bom dia. Ficamos lá o dia todo e comemos lá no restaurante que tem uma comida maravilhosa.

Vou um pouco ao mar refrescar-me e vou ter com a Nairobi que está a apanhar sol enquanto lê uma revista qualquer.

- Nairobi - Chamo.

- Hmm?

- Tive uma ideia. Ao sairmos da praia, temos um estúdio de tatuagens, não é?

Ela larga os olhos da revista.

- Sim, porquê meu amor?

- Não digo - Mostro a língua.

Ela sorri e se levanta.

- Por favor, meu amor - Insiste.

Finjo pensar um bocado.

- Quero fazer mais uma tatuagem - Explico. - De um urso na perna.

- A sério? Que fofo! És mesmo um ursinho. Tu serias ou já foste um urso numa outra vida. De certeza absoluta - Diz ela.

- Gostas da ideia?

- Achei bem legal, sim. Eu fico contigo quando a fizeres se quiseres. Dói muito fazer uma tatuagem? - Pergunta ela.

- Um bocado, mas depende sempre das zonas - Digo.

- Vamos lá depois da praia, sim? Tenho fome. Tu não?

- Sim, vamos comer.

Pedimos a nossa comida e eu peço um belo hambúrguer e a Nairobi outro.

- Está calor. Estou a ficar com alguma cor? - Pergunta ela.

Levanta-se e dá uma voltinha.

- Sim, mas coloca mais protetor solar nas costas que já estão a ficar vermelhas.

- Depois colocas-me? - Pede ela.

- Claro! - Exclamo e a comida chega. - Passa nas minhas também.

Comemos e ficamos deliciados com os hambúrgueres. São simplesmente magníficos aqui!

Voltamos para as nossas toalhas e passo protetor solar nas costas da Nairobi e passamos uma boa parte da tarde lá para ainda termos tempo de ir a casa, tomar banho e fazer a minha tatuagem.

- Vamos, Nairobi? - Pergunto.

- Sim - Responde ela, sorrindo. - Tens ideia da tatuagem que queres?

- Bom... Pensei em tipo a cabeça de um urso meio que cortada por três garras de urso. Percebes?

- Sim, dá um ar mais selvagem.

- Pois, é isso! - Estaciono e entramos no estúdio da tatuagens.

- Olá! - Atende-nos uma mulher com os dois braços tatuados. - O que vêm fazer?

- Uma tatuagem - Respondo.

- Claro. Os dois?

- Não, apenas ele - Responde a Nairobi e vejo a mulher lhe sorrir.

- Claro. De certeza? Tatuagens são bem sexys - A mulher pisca-lhe o olho, mordendo a tampa da caneta.

Só eu que estou sentindo o clima?

- Também acho, especialmente mulheres tatuadas, mas... não faz o meu género ter tattoos, querida! - Responde a Nairobi com um sorriso.

- Tudo bem. Que tipo de tatuagem quer o senhor? - A mulher vira-se para mim.

- De um urso. O que tem?

- Vou buscar - Ela afasta-se e me viro para a Nairobi.

- O que acabou de rolar com ela? Ela é bonita e estava a atirar-se a ti, Nai - digo, sorrindo malicioso.

- É, mas... não estou muito virada para romances no momento...

- Vocês fariam um belo casal se quiseres avançar. Tens todo o meu apoio!

Ela sorri e abraça-me.

- Obrigada, querido, mas não.

A mulher chega com um caderninho e abre-o na parte dos ursos.

- É o que temos.

Não encontro a que tinha em mente, mas encontro outra que gosto muito também. A cara de um urso com a boca bem aberta como se fosse morder alguém.

- Acho que esta. Na barriga - Respondo.

- Não querias na perna, meu amor? - Pergunta a minha amiga.

- A que estava a pensar ficava bem na perna e esta só vejo na minha barriga.

- De certeza? - Pergunta a mulher do estúdio e assinto. Ela conversa com um homem de lá todo tatuado também e indica-nos uma sala.

O homem entra e pede-me para tirar a camisa. Faço isso e me deito.

- Tens razão. Fica bem na barriga - Diz a Nairobi me acariciando a barriga. - Força, Helsi!

Beija-me a mão e assinto. O homem pergunta se estou pronto e começa a fazer-me a tatuagem. Não consigo evitar umas caretas, especialmente no início e de apertar a mão da Nairobi com alguma força pela dor.

Ela tenta-me distrair um pouco e apesar da dor, conversamos um bocado.

- Vai ser a nossa mascote - Diz ela.

- A minha barriga vai ser uma mascote? - Franzo uma sobrancelha.

- A tattoo do urso, seu bobo - Mete-se comigo e sorrio.

- Ai! - Me queixo às vezes.

Depois de muito tempo de dor, acabamos e respiro aliviado. O homem dá-me as indicações do costume pela tatuagem e os cuidados que devo ter nos primeiros dias e saimos. Saio sem camisa para apanhar um pouco de ar e vamos para casa.

Um mês depois...

- E a nossa mascote já está melhor? - Brinca ela.

Devo ter comido algo estranho e a minha barriga deu a volta.

- Sim, melhor. Vou me deitar - Me deito na minha cama com uma mão na barriga.

A Nairobi sai e volta com um copo de água.

- Bebe um pouco de água - pede - Precisas de líquidos.

Aceito e bebo meio copo, antes de me deitar. Ela deita-se ao meu lado e levanta a camisa.

- O que foi? - Pergunto, pronto para a baixar.

- Quero ver a nossa mascote ué - Rimos e reviso os olhos.

- Ok, Nai.

Ela acaricia-me o urso, quase babando. Ela gostou mais da tatuagem que eu.

- Parece mais que estou grávido e estás babando pelo bebé - Brinco, rindo.

Era uma brincadeira, mas vejo a Nairobi se remexer e perco o sorriso da cara.

- Só estava a brincar. Eu não... - Começo. Sei que se lembrou do Axel.

- Não faz mal. A sério, estou bem, Helsi.

- Deita-te - Digo. - Está tarde. Podemos dormir os dois aqui hoje.

Ela assente e aconchega-se, deitando-se dormir ao meu lado.

La Casa De Papel - One Shots [PORTUGUÊS]Onde histórias criam vida. Descubra agora