Capitulo 9, ou uma questão de sinceridade

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Já era tarde quando Benedict decidiu voltar para casa, não que ele tenha feito isso de forma não intencional. O jovem realmente queria encontrar Sophie sozinha durante a madrugada para lhe contar todas as novidades e ver o sorriso iluminado em sua face. Então, ele entrou apressadamente pela casa e dirigiu-se pelo longo hall de entrada até os fundos, onde encontrou uma portinha que dava acesso à ala de quartos dos criados. Sabia que os primeiros eram os dos criados mais antigos, logo, Sophie deveria estar alojada no último quarto. Ele respirou fundo e andou vagarosamente pelo corredor tentando não fazer barulho. Quando atingiu a altura da porta que suspeitava ser do quarto dela, ele bateu levemente duas vezes na madeira.

– Quem é? – a voz de Sophie emergiu da escuridão para salvá-lo.

– Sou eu, amor – disse Benedict com uma voz baixa e meio grave.

Ela abriu a porta e ele entrou cuidadosamente. Se soubesse que o quarto era tão pequenino jamais teria permitido que ela ficasse ali. Nem que ele mesmo tivesse que ceder a suíte do Visconde, ou Conde, para ela. Sophie merecia conforto e luxo, merecia outra vida. Não essa esdrúxula que ela levava.

– A que devo a honra de sua visita, milorde?

– Sophia... não fale assim comigo, – ele fez uma pausa – por favor.

– Tudo bem, amor – disse ela passando os braços em volta do pescoço dele.

Benedict desvencilhou-se do abraço sugestivo e Sophie se perguntou por quê. Ele dizia que sentia algo por ela e agora está dispensando-a? Foi aí que ela olhou para a mão do aristocrata e percebeu o papel timbrado da realeza.

– O que aconteceu? – ela perguntou. – Esse papel, você está esquisito.

– É... hmm... merda, eu tenho que parar de me perder quando vou falar essas coisas.

Sophie soltou uma breve risadinha.

– Bom, por onde eu começo? – ele fez uma pausa. – Eu te conheço há pouco tempo, mas já é o suficiente. Você me tocou há pouco tempo, mas já parece que foi desde sempre. Você invadiu meu pensamento, e eu não consigo mais lutar contra, Sophie. Quando eu te chamo de meu amor é como se eu dissesse a coisa mais certa do mundo, porque a verdade é que você é o meu amor. Eu... eu te amo Sophie.

Ela começou a chorar.

– Eu também te amo, Benedict. Obrigada por ser sincero. Mas...

– Espere!

Ela congelou

– Hoje eu estava com a rainha, e já aproveitei a reunião do condado para resolver um outro assunto. Um certo assunto pendente entre nós.

Benedict entregou as proclamas para Sophie e ajoelhou-se enquanto ela lia o papel.

– Sophie Beckett, você aceita se casar comigo?

Ela ficou vermelha, branca, roxa e todas as cores possíveis dentro do espectro visível.

– Sim, sim, sim, sim. Um trilhão de vezes sim!

Ele se levantou e beijou Sophie, tomando-a em seus braços de forma protetora, acalentando-a e alojando-a em seu corpo. Deslizou a mão por aquele corpo que tanto lhe encantava e cheirou o pescoço dela, que exalava um perfume maravilhoso de sabonete. Ele amava aquilo, amava cada micro particularidade, amava ela e amava aquela situação. Mas, precisava de mais, e Sophie – apesar de não admitir – também precisava de mais. Assim, Benedict passou da boca para o pescoço, usando sua língua para desenhar caminhos pelo corpo da garota enquanto sua mão repousava nas nádegas dela.

O Novo Visconde (uma história Bridgerton) Onde histórias criam vida. Descubra agora