Capítulo 12, ou uma questão de seda

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Benedict e Sophie saíram da recepção diretamente para Aubrey Hall, a viagem de carruagem não era tão breve quanto o imaginado, mas qualquer tempo com Sophie era perfeito. Ao longo do caminho eles alternaram entre beijos, provocações sensuais e conversas bem humoradas sobre qualquer que seja o tema.

Eles não conseguiam se desgrudar nem por um minuto, era o tipo de amor que costumava deixar as pessoas se não com inveja, irritadas. Era sincero, apaixonado, avassalador. Benedict amava Sophie, Sophie amava Benedict, e era lindo de ver. A paisagem bucólica passava pela janela da carruagem e inspirava o momento, as árvores verdes e frondosas espalhavam-se pelo caminho e flores no auge de seu desabrochar pareciam ter se preparado para dar boas vindas ao casal. A estrada parecia um grande tapete vermelho, ou uma espécie de exibição, onde eles poderiam demonstrar seu amor. Então, quando percebeu que estavam chegando, o jovem visconde segurou a mão de sua esposa e disse:

– Olhe para frente. Esta agora também é sua casa.

Ela ficou bestificada.

Aubrey Hall parecia saída de um livro absurdo de arquitetura clássica onde os povos construíam templos imensos em mármore branco. Por fora era imensa e branca, só não tinha as clássicas colunas dóricas, sendo adornada pelas detalhadas e luxuosas colunas coríntias, e o mármore. Janelas imensas se estendiam pela fachada frontal e um mezaninos com pequenas colunas sustentando o parapeito com duas cadeiras, imitando algo eminentemente francês e litorâneo.

– É linda, amor! – ela beijou Benedict.

– Espero que você não tenha muito tempo para aproveitar a beleza visual da casa – disse o rapaz enquanto a carruagem parava.

Ele desceu e a ajudou a descer também. Na porta da casa, todos os empregados estavam dispostos em fila para se apresentarem à sua patroa. Benedict cumprimentou-os um por um e apresentou cada um deles individualmente para Sophie. Ela, que já tinha passado por aquilo algumas vezes, tentou evitar contato direto nos olhos dos funcionários, pois sabia como era estar naquela posição e pensar que a partir de agora tudo poderia mudar, que a vida tranquila na casa dos Bridgertons poderia ser radicalmente transformada por uma patroa mandona e até mesmo abusiva. Aquilo aconteceu na casa dela, e não só a vida dos empregados tinha sido mudada, mas a vida de Sophie. Ela compreendia a aflição daqueles rostos cansados e prometeu a si mesma que seria a pessoa mais terna e gentil o possível com seus empregados. Já que como viscondessa ela deveria possuí-los de qualquer forma. Então, eles adentraram a casa e ela era magnífica. Sophie ficou impressionada com todas as obras de arte e a decoração do interior do ambiente. Benedict era realmente muito visual, aquilo não poderia ter sido feito por nenhuma outra pessoa, era cem por cento ele e era fantástico.

Ela mal tivera tempo de apreciar a decoração, ele a tampa em seus braços e deu lhe um beijo apaixonado, cheio de certeza e amor.

– Eu te amo, Sophie. Não sei como parar de dizer isso.

– Então, apenas pare de dizer quando estiver com seus lábios colados aos meus, ou sua língua estiver ocupada com outra coisa – ela segurou a nuca dele, sentindo os cabelos cortados mais baixo e beijou-o em um ímpeto de paixão.

Aquilo deixou Benedict sem fôlego.

– Talvez devêssemos conhecer o quarto...

– Eu concordo, Lorde Bridgerton.

O tom sugestivo de Sophie levou Benedict à loucura. O rapaz tomou-a em seus braços e subiu as escadas enquanto ela entrelaçava as mãos em seu pescoço. Quando atingiram o patamar da ala dos quartos, Benedict andou vagarosamente até chegar aos aposentos do Visconde. Ele abriu a porta cuidadosamente, enquanto Sophie observava cada detalhe da decoração da casa. Quando adentrou o quarto, com o pé direito, ele colocou-a no chão e beijou-a apaixonadamente, como se beijá-la fosse a única coisa possível no mundo. Ela correspondeu ao beijo da mesma forma, possuindo-o, roubando o coração de Benedict para si.

O Novo Visconde (uma história Bridgerton) Onde histórias criam vida. Descubra agora