Arco l - Capitulo 1- A invasão

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Correndo, assustada, uma jovem de olhos perolados em meio a floresta, fugia. Os passos apressados e pesados colidindo com o chão de barro e esmagando algumas folhas secas, fugindo de um vampiro. Sem armas, ou força, a única opção de Hinata era fugir. Não viu o rosto do homem que a perseguia, mas isso não a importava, o medo de ser morta por ele era maior que a sua curiosidade. O cheiro dele cada vez mais se aproximava,  seu corpo sentia calafrios de medo. Cansada por ter acabado de lutar com outras sanguessugas e sem nenhuma arma, o que restava a ela era fugir.

Medo. Essa era a palavra que descrevia a perolada, nem pensava onde estava indo, só em tentar arrumar um jeito de matar aquele vampiro. Não tinha nenhuma estaca com sigo, todas haviam sido usadas contra o outro grupo de vampiros que lutou anteriormente. Batendo com força em uma grande raiz desordeira que estava  muito sobreposta, a perolada cai. Poucos instantes depois o vampiro a encontrou, encapuzado, todo de preto.

Hinata tentou se levantar para fazer algo, mas sua perna tinha sido machucada com a queda. Sem ver o rosto do homem que estava em sua frente, somente suas íris azuis brilhando e a encarando. Mesmo sabendo que ele ia a matar, não pediria ou se iria implorar a sua piedade, que tivesse uma morte digna.

O vampiro encarava a perolada, não queria matá-la, nem sequer tinha vontade. Aquela excitação toda de matá-la havia passado, olhando naqueles olhos brancos perdeu o foco completo. Aproximou-se rápido, em um piscar de olhos ele já estava em sua frente. Encarando-a mais de perto, pode ver mais da beleza dela e como aquilo o encantava.

A aproximação do rapaz fez com que a perolada pudesse ver ele com clareza. Seus olhos azuis claros brilhantes, seus cabelos loiros revoltados, seus três riscos em cada bochecha. Ele era lindo, mas ao se tocar o quanto ele estava perto dela e que provavelmente a mataria naquele momento começou a tentar ir para trás, sujando o seu vestido bege com terra.

A saída da perolada — Ao menos tentativa — Não agradou o loiro, ele ainda não tinha terminado de observa-la, ela continuava indo para trás, mas é parada com o toque repentino do loiro em seu braço, com brutalidade ele puxa-a para perto novamente e irritado diz:

— Fique quieta, não terminei de olhá-la! — Ele fala com autoridade, revoltando e ao mesmo tempo intimidando a perolada, por um fio de coragem ou somente raiva ela puxa o braço da mão de loiro e diz:

— Está esperando o quê? Não vai me matar? — Ela fala irritada, mas logo se arrepende por ver que ele ficou muito bravo.

Puxando novamente ela, só que dessa vez para muito perto, fazendo com que os peitos dela roçassem no peitoral do loiro. As duas orbes se encontram, encarando-se. O loiro, ainda irritado com o afrontamento da moça vai até seu ouvido e fala:

— Você fica muito mais bonita calada — Um arrepio percorreu sua espinha, a deixando com uma sensação estranha.  — Mas, respondendo a sua pergunta ainda estou pensando — O loiro volta a encara-la, solta o braço dela, com o dedo indicador vai passando devagar pela pele branca e macia dela, repulsando a carícia ela vira o rosto — Você é bonita demais para eu te matar, mas é uma loba e provavelmente quando tiver a chance vai me matar — Ele cessa a carícia —  É mais fácil eu fazer você esquecer — O loiro então vidra no nos olhos da perolada. Os seus olhos ficam azuis brilhantes, sua pupila fica maior e logo em seguida menor — Não lembrará de nada que tenha a ver comigo — Após sua fala, em um piscar de olhos e sai do local.

"......"

Hinata acorda, percebendo que era tudo um sonho. Abrindo os olhos devagar, encara por alguns minutos o teto de laje branca. Se espreguiça deixando a sua coberta cair no chão.

Foi pela paz Onde histórias criam vida. Descubra agora