Capítulo 28

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Charlotte Narrando:

Eu simplesmente não sei o quê pensar. Arthur quer realmente formar uma família comigo. Uma família feliz. Eu ele e Abel, talvez mais uma criança futuramente.

Eu não sei o quê pensar. Eu ainda gosto pelo menos um pouco dele. Isso é nítido, mas tento esconder esse fato a todo custo. Se eu e Arthur tentarmos algo, e não der certo. Quem sairá prejudicado nessa história, será Abel. E eu não quero que nada de ruim aconteça a ele. Ele é precioso demais.

Suspirei cansada, passando a mão pela testa. Eu estou exausta. O final de semana já acabou, e eu nem descansei tanto quanto gostaria.

Amanhã já é segunda feira, e eu não estou nenhum pouco animada para voltar a trabalhar.

Lotte: Abel, dê tchau para seus tios e primos. Temos que ir para casa.

Escutei um coro muito bem sincronizado murmurando vários "aaah's". Se deixar, essas crianças ficam brincando o dia inteiro e não se cansam nem por um minuto.

Arthur estava no banheiro, e eu aproveitei para me despedir da minha família.

Cheguei por trás de Nicolas lhe abraçando por trás, revendo um grito assustado do mesmo.

Lotte: Que isso irmão? Você tem esse tamanho todo, e leva um sustinho com uma brincadeirinha dessas?.- perguntei segurando a risada.

Nic: Haha, muito engraçado.- me abraçou de volta e beijou minha testa.- vê se toma cuidado. Se cuida.

Afirmei com a cabeça e fui falar com minha amiga, barra cunhada.

Alice: Mas você já vai? Está tão cedo!.- Murmurou me apertando mais no abraço.

Lotte: Alice, já são seis horas da tarde. Não está cedo.- resmunguei alisando a enorme barriga dela.

Alice: Está sim, fique mais um pouco.- juntou as mãos fazendo biquinho. Fiz que não com a cabeça, e ela fechou a cara.

Lotte: Eu não posso. Amanhã tenho trabalho cedo, e tenho que arrumar o lanche e as coisas de Abel. Da próxima vez eu tento ficar mais tempo.- falei vendo ela fechar a cara.

Fiquei mais alguns minutos falando com ela, e depois fui procurar meu gêmeo, para me despedir dele.

Pensei que ele estivesse no quarto, então fui a passos lentos e silenciosos, afim de dar um susto nele.

Porém, minha tática foi interrompida, quando ouvi vozes. E pela prima e bela fofoqueira que eu sou, não me aguentei e fiquei parada ouvindo a conversa.

"Derek, do que você está falando? Você está maluco?"

Vish, o negócio não tá bonito lá não. Meu irmão já está querendo chorar. Eu sei disso, conheço aquele homem como a palma de minha mão.

"Você ainda não entendeu que eu amo você?"

Ouve um momento de silêncio. Puro constrangimento. E logo depois, a risada de Thomas se fez presente.

"Você só pode estar brincando comigo. Você não ama ninguém, só a si mesmo"

" Não diga isso, e-eu..."

"esqueça Derek... Vamos terminar logo com isso. Nós dois sabemos que isso não pode ir para frente. Então é melhor seguirmos rumos diferente..."

Escutei os passos se aproximando de onde eu estava. E sem pensar muito, eu abri a porta á esquerda, que é a do banheiro. E entrei lá dentro.

Me arrependendo no minuto seguinte. Quando meus olhos se puseram em um par de olhos cor de mel me encarando. Oh céus.

Iludida.Onde histórias criam vida. Descubra agora