Capítulo 38

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Arthur narrando:

Ajeitei minha arma no cós na calça, e o chapéu em minha cabeça. Tentei regular minha respiração, não podemos falhar.

Rocco está afiando uma faca, ele disse que quando colocasse as mãos no filho da puta, ele o esfaquearia até a morte.

O homem ainda está meio abalado, Téo está de licença por alguns dias. O garoto não está muito bem, desde aquele dia em quê quase foi morto.

Por isso que esse brutamontes está tão na defensiva, ele está com um mau humor horrível, e eu tenho certeza que é porque o nosso mascote não está aqui.

- Anime-se homem.- lhe bati no braço.- pelo menos nós estamos quase pegando o filho da puta, não fique triste. Tenho certeza que Téo também está pensando em você.- seus olhos escuros se voltaram para mim, eu podia ver faíscas de raiva saltarem de seus olhos. Sorri abertamente por ter conseguido causar esse efeito nele.

- Cale a boca, ou eu mesmo acabo com você.- sua voz estava rude e mais grossa que o normal. Revirei os olhos. Ele nunca me machucaria, tenho certeza disso.

Saímos da mini van, e corremos para os fundos da casa.

Recebemos uma denúncia, que supostamente, o nosso alvo estaria ficando nesta cabana. Que é bem afastada da cidade.

Todo cuidado é pouco em um momento como este. Rocco fez sinais com a mão, e em menos de cinco minutos, nós já havíamos entrado na casa de madeira.

A primeira coisa que vimos foi uma dispensa, com muita comida enlatada, e esse tipo de coisa. Não havia muita coisa para ver no cômodo, por isso passei diretamente, chegando em um tipo de sofá/cama, sala.

Alguns papéis estavam jogados por lá, eu já estava de luvas, para não deixar digitais em nenhum canto da casa. Rocco também estava, o homem neste momento deveria estar mais para a esquerda, visitando outros quartos, ou salas.

Identidade.

Uma das primeiras palavras que meu cérebro foi capaz de ler. Aqui está a identidade dele. Junto com a sua foto, e uow. Ele está muito, muito diferente.

Não parece nem de longe ser o cara que estamos procurando. O quê isso quer dizer?

O resto é parecido, mas algo nos olhos... Não me parece certo. Tem algo de errado aqui, da para sentir.

Peguei a pasta onde continham outras coisas. O nome verdadeiro do homem é, não dá para ler, algo derramou por cima. Mas seu sobrenome verdadeiro é Evans.

Bruce Evans? Nick Evans? Josh Evans?

São muitos supostos nomes, terei que pedir a alguém visitar o banco de dados da delegacia. Nós temos que encontrar esse sujeito. As coisas já estão pretas demais.

Esbarrei meu pé em uma caixa de papelão. Olhei de relance e encontrei uma outra ficha... Por Deus...

Arth: Rocco.- gritei pegando os papéis em mãos.- Rocco venha depressa.

Dois segundos depois o homem estava em minha frente, com a faca erguida e expressão preocupada.

Rocco: Mas que porra.. o que aconteceu? Achei que você estivesse sendo atacado.- colocou a mão no peito, e balançou meus ombros.- Arthur... Tudo bem? Você está pálido.

Arth: Estamos tão fodidos.- resmunguei, sentindo todo o meu sangue sumir do meu corpo.- pérola está em perigo.- sussurrei.

Rocco: O quê? Tem certeza disso? Como você sabe.- metralhou suas perguntas para cima de mim. Apenas joguei a pasta em seu peito.

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