Capitulo 19

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Charlotte:

Já se passaram quatro dias desde o encontro com Arthur. Depois disso não o vi, e dei graças a Deus por isso.

Estou morta de cansaço! Ainda tenho que buscar minha cria na creche, e limpar toda a minha casa.

Já são quatro da tarde e eu me vejo igual a um zumbie. Meu filho estuda em tempo integral, ou seja, das sete da manhã até às quatro e quinze da tarde, é uma escola estadual.

Ele sempre estudou em escolas assim, desde os quatro anos, por eu ter sido uma mãe solteira e sozinha, não tinha muito o que fazer.

E eu sei. Cuidar dele sozinha foi uma escolha totalmente minha, eu escolhi assim, e não tenho com o que reclamar.

Meu filho é o bem mais precioso que tenho, e ainda sonho em ter uma linda menina.

Assim que chego no colégio, estaciono o carro e avisto meu pequeno, conversando com um homem. Corri até eles preocupada. Eu já avisei esse menino que ele não pode conversar com estranhos.

Quando cheguei não tive as melhores das visões, quem estava conversando com ele era, ninguém mais, ninguém menos que Arthur Maldonado.

Lotte: Querido, o que sempre te digo sobre conversar com estranhos?.- meu bebê pareceu despertar do feitiço e me olhou espantado.

Abel: Desculpe mamãe, mas ele não é um estranho. Ele é o tio arthur.- falou sorridente.- Arthur me olhava com um sorriso sedutor nos lábios, revirei os olhos.

Lotte: Então dê tchau para o titio e vamos para casa.- peguei em sua mão o descendo do banco.

Abel: Tchau tio Arthur, foi muito bom conversar com você.- meu filho é muito educado.

Arthur: Tchau pequeno, foi muito legal conversar com você também, até a próxima.- bagunçou os cabelos ruivos dele. Antes de me virar Arthur segurou no meu braço me puxando para ele.

Lotte: Filho, vá entrando no carro e colocando o cinto, a mamãe já vai.- falei nervosa.

O que esse homem quer comigo?

Arthur: Temos que conversar Charlotte. É um assunto muito sério.- seu semblante estava muito sério.

Lotte: Sobre o que quer conversar?.- perguntei firme, mas por dentro eu estava igual uma vara verde.

Arthur maneou a cabeça para o lado do carro, ele quer conversar sobre Abel. Droga! Ele descobriu, só pode ser isso.

Lotte: O quê meu filho tem que te interessa?.- perguntei brusca.

Arthur: Eu posso ser muitas coisas Charlotte, mas burro não.- falou entre dentes.- não precisa ser um gênio da matemática ou algo do tipo, para saber que esse garoto é meu filho.- estou fodida.

Lotte: O quê? Você não é o pai dele.- levantei a cabeça e olhei em seus olhos, ele estava fervendo de raiva.

Arthur: Ele é sim. Ele é a minha cara Charlotte, ele só tem a cor dos seus cabelos e os seus olhos, o restado é tudo meu.

Ele está certo. Tanto a aparência como o gênio, e a personalidade. Abel é muito parecido com o pai, isso eu não posso negar.

Lotte: Coincidência. Abel não é seu filho.- falei firme.

Arthur me olhou de olhos semicerrados.

Arthur: Já que você tem tanta certeza disso, não se importaria de ir fazer um teste de paternidade.- sua mão ainda segurava meu braço, e eu me soltei dele.

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