Iludida.

Capítulo 41

Abel caminhava junto com seu primo e sua tia, á caminho da escola. Seus olhos estavam bem abertos e ele olhava para todos os lados. Como se estivesse com medo, ou procurando alguém.

Aaron: Ei primo, o que foi? Sua mão tá me apertando muito.- só então o pequeno garoto percebeu, que segurava na mão do outro com muita força. Se soltou dele rapidamente, pedindo desculpas.- tá tudo bem com você Abel?

O garotinho ruivo balançou a cabeça, dizendo que sim. Aaron sorriu, e passou um de seus bracinhos pelo ombro do primo, o puxando para mais perto de si.

Aaron: Seja lá o quê for, eu vou proteger você.- sussurrou em seu ouvido. Abel abriu um sorriso, mesmo que ainda estivesse com medo, e agradeceu seu primo e melhor amigo.

Alice alisou sua barriga, olhando para todos os lados, ela sentiu que estavam sendo observados desde o momento que saíram de casa. Instintos maternos, ou seja o quê for, ela já estava com o celular em mãos, pronta para ligar para Nicholas, caso precisasse.

Alice: Ei pequenos. Tenham uma boa aula, e se comportem, sim?.- os garotos assentiram e lhe deram beijos na bochecha. Um de cada lado.

Aaron: Pode deixar mamãe, eu vou tomar conta dele.- estufou o peito, Abel riu abertamente, e Aaron não entendeu o motivo da risada.- tá rindo do que bocó?.- cruzou os bracinhos infantis, fazendo careta para o ruivo.

Abel: Você sabe que eu sou o mais velho da relação, né?.- se gabou, jogando os cabelos longos inexistentes para trás. Alice gargalhou das crianças. Elas sempre têm uma imaginação tal fértil.

Alice: Tudo bem crianças, agora chega de besteira.- declarou beijando as bochechas gordinhas dos garotos.- entrem, e só saiam da escola quando eu vier buscá-los, entendeu?.- ela perguntou mais uma vez, apenas para fixar bem isso na memória deles.

Abel: Tudo bem dinda. Nós vamos obedecer.- declarou risonho.

Alice observou os garotos entrarem na escolinha, e só assim, depois disso, ela foi embora.

(...)

As aulas pareciam se arrastar. As massinhas e tintas já não eram mais interessantes para o pequeno Abel.

O garoto já estava se sentindo sufocar na sala cheia e pequena. Por isso, quando percebeu uma brecha, fugiu de sua sala, correndo para o pátio.

Aaron era de uma sala diferente da sua, por isso ele não podia chamar seu primo para brincar no parquinho com ele.

Abel arregalou os olhos, quando percebeu que havia alguém, atrás de uma árvore, olhando para ele. Seus olhos azuis totalmente vidrados em si.

Deu passinhos para trás e tentou correr. Não deu certo, alguém o pegou por trás.

Xx: Ora, ora, ora... Veja o quê temos aqui.- o homem passou suas mãos cruéis e frias pelo rosto delicado e pálido de abel.- você é fofo garoto.- o homem mau bagunçou os fios ruivos de sua cabeça.- Vamos, tragam ele.

Abel: Me solta.- tentou gritar, tendo sua boca tapada pela mão do homem que o segurava.- para onde você vai me levar?.- pediu choroso.

O homem de olhos azuis o encarou friamente.

Xx: Olha carinha, eu realmente não quero machucar você. Nós vamos até a minha casa, brincar um pouco, o quê acha?.- Abel estava assustado demais para dizer não ao homem misterioso.