Capítulo 25

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Arthur Narrando: 

Cada hora que se passa, eu fico mais nervoso. Quero tanto que meu filho saiba quem é o pai dele, no caso eu. Recebi um aumento consideravelmente bom, e já comecei a procurar outro imóvel. Uma casa maior com um quintal grande e talvez uma piscina. 

Quando eu pedir Charlotte em casamento, ela vai amar o lugar que vou escolher para a gente morar. Eu sei que ela ainda nutre sentimentos ruins por mim, mas também sei que ela ainda gosta de mim... pelo menos um pouco. 

Esse é um ótimo dia para ir á praia, o sol está de rachar. Vou ligar para minha ruivinha, se ela não aceitar meu convite, eu vou implorar de joelhos. 

Demorou exatos quinze segundos para atender o telefone, não que eu estivesse contando, longe de mim. 

- Charlotte?

- Não, aqui aqui é o Abel.

Me segurei para não soltar um "oi filho", ao invés disso disse:

- Oi amigão. Onde você está? Queria te chamar para ir á praia...

- Não vai dar, estamos na casa do meu tio Nicolas... 

houve um momento de silêncio.

- Mas você pode vim aqui se quiser.

- Será que sua mãe vai ficar brava?

- Com certeza vai. Traga flores e chocolates, tu tem que fazer atos gentis para conquistar o coração da mamãe...

- Você está certo, me passe o endereço pel...

- Vou te enviar pelo whatsapp, te espero aqui, não demore.

Abel desligou o celular na minha cara. Como dizem os adolescentes de hoje em dia, eu que lute.

Tomei um banho rapidamente, e escovei os dentes. Coloquei uma camiseta preta e uma bermuda florida.

Dei três borrifadas do meu melhor perfume e peguei as chaves do carro. Quando estava prestes a sair, a campainha tocou.

Abri a porta com cara de tacho.

**: senhor Arthur Maldonado?.- balancei a cabeça em afirmativo.- assine isso. E isso.- assinei o que foi mandado.- obrigado. Tenha um bom dia!

E então o carinha do correio se foi. A caixa quadrada era um pouco pesada, mas nada que eu não aguentasse.

Coloquei a caixa em cima da mesa da cozinha, eu iria deixa-la lá e só abriria na hora que eu voltasse. Mas algo me incentivou a abri-la, como um ímã.

Bufei irritado e peguei uma tesoura na gaveta de cima. Abri a caixa com a ponta e vi muita espuma dentro. Tirei tudo e meu coração parou por um segundo.

Oh meu Deus.

Isso é um dedo? Um dedo humano? Mas que porra.

Peguei meu celular e liguei para Mike. Ele é um dos meus chefes, vou mandar esse dedo para análise, tem sangue, e parece ser fresco. Isso é recente.

- Mike? Ainda bem que você atendeu...

Meu tom de voz era de puro desespero. Respirei fundo tentando manter a calma.

-Fala Arthur. O quê se passa?

- me enviaram um dedo humano pelo correio. Eu não sei que porra foi essa...

Iludida.Onde histórias criam vida. Descubra agora