Bedarra.

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Isabelle Baker

Acordei ao sentir a luz do sol em meu rosto. Harry e eu provavelmente esquecemos de fechar a persiana da varanda ontem, e agora o sol adentrava o nosso quarto, bem em meu rosto.

Harry estava com o braço ao redor da minha cintura, me puxando para ele, não muito diferente de mim, que tinha a cabeça apoiada em seu peito e as pernas entrelaçadas com a dele. Descobri que adoro ver ele dormindo, os lábios levemente abertos e rosados enquanto ele respira serenamente, igual um anjo. É incrível se sentir segura em seus braços, acolhida e feliz, coisa que eu nunca senti com ninguém.

— Hmm. — grunhiu sonolento e apertou minha cintura ao perceber que eu estava tentando sair da cama, me estabilizando em seus braços.

Eu sorri sem dentes para mim mesma e me aconcheguei novamente em seu peito, levando meus dedos até suas tatuagens, deslizando pelas mesmas enquanto lembrava de como foi o dia em que elas foram feitas. Algumas. Eu estava com Harry quando ele tatuou a mariposa na barriga, e confesso que é uma das minhas  favoritas. Todas elas tem alguma história por trás, mesmo que seja ela a história mais louca de se ouvir, ou sem sentido, mas todas fazem com que Harry se recorde de alguma fase da sua vida, algum momento, um lugar, alguém ou música. Todas tem significado, não importa qual seja.

— Você gosta dela, não é? — ouço sua voz rouca e sussurro um "sim", não tirando minha atenção da mariposa.

Nossos corpos ainda estavam despidos embaixo da coberta e eu podia sentir o calor do corpo de Harry no meu, atraindo pequenos arrepios na espinha. Em um movimento não esperado por mim, Harry passa a ficar em cima de mim, segurando meus pulsos enquanto me olhava fixo. Um beijo foi depositado em meus lábios logo em seguida.

— Bom dia. — sorrio levando minhas mãos agora livres até o seu rosto, o segurando em minhas mãos.

— Bom dia. — um sorriso preguiçoso se formou em seus lábios e mais um vez eu recebi um beijo do mesmo — Eu faço o nosso café da manhã.

Ele se levantou da cama, procurando por seu short jogado no chão enquanto eu podia ter a bela visão do seu corpo nu. Ele olhou para mim ao perceber que eu estava o encarando e jogou sua camisa em minha cara, antes de rir-se.

— Ei! Não consigo me controlar. — rio vestindo sua camisa, o seguindo até o banheiro, onde o mesmo já escovava os dentes.

— Chá ou café? — confesso que pensei um pouco antes de responder.

— Chá. — respondo levando a escova até a boca e vejo Harry concordar pelo espelho antes de sair do quarto.

Terminei de escovar os dentes e andei até a cama, arrumando os lençóis, antes de recolher as nossas roupas jogadas ao chão, mostrando os vestígios da noite passada. Quando estava saindo do quarto, ouço o toque do meu celular e avisto o mesmo na mesinha de centro ao lado da cama.

Mamãe estava me ligando.

Mamãe! — digo feliz ao atender o telefone. — Estava com saudade das suas ligações.

Belle, querida! Também estava com saudades de ouvir sua voz. — mamãe diz igualmente animada — Como estão as coisas na viagem?

Estamos bem — muito bem, inclusive — Harry está fazendo o nosso café da manhã. — ouço sua risada do outro lado da linha.

Estou tão feliz por vocês, querida. Anne esteve aqui ontem à noite, bebemos vinho enquanto...

— Falavam sobre nós — completo entre risos.

Também, mas, assistimos um filme que Emily indicou. — pausa — Estou com saudades, Belle.

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