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𝙉𝙖𝙧𝙧𝙖𝙙𝙤𝙧

Angel não quis entrar no avião sem ver os amigos no hospital. Portanto foi para lá que o motorista a levou.

A morena chorou quando viu dois dos amigos em camas de hospital. Owen e Maddy tinham ferimentos graves, haviam sido operados durante a madrugada e, no momento, descansavam. Angel não conseguiu ficar ali muito tempo, e já de saída, encontrou Ethan, o seu homem da bateria na sala de espera. Ethan era o que menos tinha sido atingido no acidente, saindo de lá com alguns arranhões e um ombro deslocado.

Os dois deram um abraço desajeitado, devido ao braço enfaixado de Ethan.

- Ei, vai ficar tudo bem, morena. - Ethan tentou animar a amiga.

- M-mas dói. Ele foi-se, Ethan. - disse, chorando.

- Eu sei. Mas temos que ser fortes por ele. O Fred não iria querer que ficássemos assim por ele. Aliás, ele estará sempre connosco, Angel. Aqui. - ele apontou para o seu coração - E a Maddy e o Owen também vão ficar bem. Vaso ruim não quebra assim, não. - ele riu - Vai para casa, vai fazer bem voltar. Já lá não vais à quanto tempo?

- Quatro anos.

- Vês? Mais uma razão para lá ir. Volta para lá por uns tempos. Faz uma pausa, longe da cidade. - Ethan colocou a mão livre no ombro da amiga - Nós estaremos à tua espera.

- Obrigada.

Angel abraçou o amigo novamente e saiu do hospital. No caminho para o aeroporto, ela foi informada que o corpo do melhor amigo iria para a sua cidade natal. Seria em dois dias, então Angel iria primeiro ao funeral e só depois iria para Duncanville.

Já no avião, onde apenas se encontrava ela, Diana e Isabelle, os seus seguranças e a equipa da companhia aérea, Angel se permitiu ir às suas redes sociais. Até ao momento tinha ignorado qualquer mensagem de fãs, familiares e curiosos sobre o o acidente. Ela pôde ver as centenas de mensagens de força por parte dos fãs e algumas fotografias também, de fãs chorando com a notícia. Rapidamente largou o telefone, Angel não conseguia ver pessoas chorando, pois era muito provável que chorasse também.

- Já falei com a agência e a produtora. Disse que farás uma pausa por tempo inderterminado. - a melhor amiga disse, sentando-se ao seu lado.

- Obrigada Diana. A sério.

As duas se abraçaram. Diana sempre esteve ali com Angel desde o início da sua carreira. Haviam se conhecido no concurso que Angel ganhou, e desde então nunca mais se separaram. Eram como irmãs. Diana sempre a apoiou, mesmo nas más decisões, foi sempre a sua âncora. Sempre foi quem lhe mostrou a razão e a que a acompanhou nos seus corações partidos. Angel sabia que ela sempre estaria ali por ela.

Os próximos dias foram péssimos. O funeral foi apenas para os mais próximos, a pedido dos pais de Fred. Angel esteve o funeral todo de mãos dadas com Diana e Ethan. Owen e Maddy ainda estavam no hospital, já haviam acordado, mas ficariam alguns dias para observação. No final Angel abraçou os pais e a irmã de Fred. Para Angel doía muito perder um amigo, mas ela nem imaginava a dor que era ver um filho morrer. À saída do cemitério, Angel teve que passar pelos jornalistas, que faziam inúmeras perguntas, que Angel não respondeu. De cabeça baixa, óculos escuros e mãos nos bolsos atravessou a estrada até o carro, que já tinha a porta aberta para ela entrar.

Angel ainda podia sentir as câmeras apontadas para si, tentando captar alguma reação da sua parte, mas foi apenas quando o carro seguiu e deixou de ver o aparato da mídia, que tirou os óculos e se aconchegou no banco. Seria uma longa viagem.

Duncanville estava diferente. Angel pensou quando viu o carro passar por uma loja que ela não se lembrava de estar ali, perto do Bundles. Ela viu quando o carro parou num cruzamento e baixou o vidro, podendo respirar o ar da sua terra. Mas o seu olhar se prendeu em algo que ela tinha certeza não estar ali quando deixou a cidade pela última vez, há quatro anos. Ou melhor, alguém.

O mecânico.

Quem arranja um carro sem a camisola? Pensou.

Mas tão rápido o carro voltou a andar e Angel só tinha uma certeza. Aquele não era o velho mecânico Sam.

xxx
beijos

Mine / harry styles (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora