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𝙉𝙖𝙧𝙧𝙖𝙙𝙤𝙧

- Angel!

Foi o que ouviu assim que saiu do carro. Viu a sua mãe descer os degraus do alpendre até ela.

- Mãe.

Angel deu um abraço na mãe, apertado, do jeito que faziam desde sempre. Angel viu o pai chegar até elas e participar no momento de família.

- Minha filha! - sua mãe colocou as mãos em ambas as suas bochechas, vendo se a filha estava bem.

- Mãe, eu estou bem. - Angel pegou nas mãos da mãe, as apertando - Eu estou bem...

- Eu estava com tanto medo! Ai meu amor, ainda bem que estás bem! - Jocelyn voltou a abraçar a filha. - Onde está sua irmã?

- Deve estar chegando, ela vem com Diana.

Michael ajudou o segurança da filha a tirar as malas da parte de trás do carro, ao mesmo tempo em que um outro automóvel entrava pelos portões. A atenção de Angel focou-se no carro, de onde agora saía Isabella e Diana, junto de um outro segurança. Isabella correu até os pais abraçando-os. Diana falava com os seguranças dando ordens, os mesmos tirararam todas os pertences das irmãs, levando-os para a entrada da casa.

- Finalmente tenho as minhas filhas perto de mim! - Jocelyn falava olhando para as duas filhas - Ah! Diana vem cá também!

Jocelyn era uma mulher muito sentimental, de facto.

- É melhor irmos para dentro. - disse Michael, recebendo apenas acenos das mulheres à sua frente.

Chegando ao alpendre, os seguranças saiam pela porta. Diana falou com eles, enquando os Freed iam entrando em casa. Angel rapidamente se sentou no sofá da sala, tirando as suas botas.

- Falei com Victoria ontem, pobre mulher. Não consigo imaginar a sua dor. Aquele menino era uma jóia. Querido, pede ao Joe para depois fechar a loja, sim? Eu já não vou lá hoje.

Angel deu um pequeno sorriso, vendo que a mãe em nada mudou. O pai saiu da sala, indo para o escritório fazer o que Jocelyn havia pedido.

- O Joe ainda te atura?

- Isabelle isso não é modos de falar com sua mãe!

As três riram. Angel percebeu ali que Diana tinha razão, era bom voltar a casa. Voltar a estar com a sua família era o que ela agora precisava.

Angel levantou-se, saindo da sala, quando Diana entrava pela porta de entrada.

- Tá tudo resolvido, vou para casa agora. Alguma coisa que precises tou a uma chamada de distância.

- Eu sei. - sorriu para a amiga.

Diana saiu novamente e Angel tratou de pegar em algumas das suas malas e levou-as com ela para o seu quarto. Teve que fazer isso algumas vezes, já que eram muitas malas, mas quando as viu todas no seu quarto, até se jogou na cama.

De olhos fechados, Angel se permitiu viajar um pouco no tempo. Mais precisamente a quatro dias atrás, quando terminava o último concerto da sua turnê. Permitiu se lembrar da cara do amigo mais uma vez. E pela primeira vez, Angel não chorou ao se lembrar do amigo, ela sorriu. Sorriu porque o amigo morreu feliz, ele era feliz, e ele iria querer que ela fosse feliz também. Angel abriu então os olhos, encarando o teto branco do quarto. Sentou-se e olhou à sua volta. Tudo estava igual. E isso era reconfortante. Ali foi onde escrevera a sua primeira música e foi com esse pensamento que ela esticou o braço e tirou um papel que estava entalado entre a cama e a parede. Ela esticou o papel dobrando, olhando a letra desajeitada de uma menina de quatorze anos.

Mine / harry styles (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora