|27. os dois lados |

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                                                   27/09/2016.
                                                 terça-feira.
                                                    14:00 p.m.

Assim que o sinal tocou, indicando que já estava na hora de ir embora, Sabina pegou suas coisas e rapidamente foi para o estacionamento para esperar o pessoal da república.

Do outro lado, perto de um carro preto, Sabina viu Brandon e resolveu ir conversar com ele, já que ambos não se falavam desde o ocorrido no aniversário dela. E isso não era nem porque Sabina não queria, porque ela queria falar com ele, ela gostava da amizade e companhia dele. Mas Brandon passou praticamente a semana toda ignorando Hidalgo, nem olhar na cara dela ele olhava.

— Ei, Brandon! — Sabina falou, se aproximando do moreno, mas ele a ignorou completamente. — Dá pra você parar com isso, cara? — Ela encostou na porta do carro e olhou no rosto dele.

— Dá pra você me deixar em paz, por favor? — disse seco. — Depois do que aconteceu você ainda tem a cara de pau de vir falar comigo? Pelo amor de Deus, né, Sabina.

Sabina riu sem humor algum.

— Não acredito que você vai ficar assim por causa disso. Supera, Brandon.

— Me deixa em paz, por favor.

— Ok, eu vou te deixar em paz. Mas saiba que você é patético, Brandon, completamente patético.

Antes que Sabina pudesse ir embora, Brandon agarrou o braço dela com força e a encostou no carro.

— Você tá pensando que tá falando com quem, hein? — Brandon gritou praticamente na cara dela. O rosto dele estava vermelho de raiva.

— Me larga, Brandon. — Ela olhou bem nos olhos dele.

— Responde, porra! — O garoto deu um soco no carro.

Sabina involuntariamente deu um pequeno pulo, assustada. Ela nunca tinha visto Brandon agir daquela forma.

— Eu já falei pra você me largar, seu idiota!

Hidalgo estava com medo, mas mesmo assim ela tentou não demonstrar isso e gritou mais alto que ele.

Sabina levantou um pouco a perna e deu uma joelhada na parte íntima de Brandon, fazendo-o se contorcer e gemer de dor. Rapidamente a mexicana começou a correr para longe do garoto. Ela estava tão desesperada, que nem viu Noah na sua frente e acabou esbarrando nele.

— Ei, calma. — Noah segurou os braços dela levemente. — Tá tudo bem?

— O que ouve, Sabina? Você tá pálida. — Hina que tinha chegado junto com Noah e Sina falou.

— O Brandon... — Sabina falou, com a respiração ofegante por ter corrido segundos atrás. — Eu fui falar com ele e ele ficou todo puto por motivo nenhum, segurou o meu braço com força e...

Noah a interrompeu.

— Que? O que esse desgraçado fez?!

De repente, Noah não via mais nada na sua frente, apenas Brandon que estava a uns vinte metros de distância. É como se ele estivesse vendo o mundo através de uma névoa cinza. O sangue de Urrea fervia de raiva ao pensar que Brandon Arreaga teria tentado machucar Sabina.

Sem perceber, Noah já estava de frente para Brandon e segurando o garoto pela gola da camisa.

— Qual o seu problema, Brandon? Qual é a porra do seu problema?! — Noah gritou na cara do garoto. — Responde, filho da puta! Você é um grande covarde, quase bateu na Sabina.— Ele respirou fundo quando disse essas palavras, tentando se controlar para não acertar um soco no rosto do garoto a sua frente. O corpo todo tremendo de fúria mal contida. — Aprende a ser homem, Brandon.

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