Juntos

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[Pov’s Lucy]

Eu estava confortavelmente deitada sobre o Natsu ainda no meio do sofá da sala, aproveitando aquela letargia gostosa que tomava meu corpo depois de ter sido devidamente saciado.

Meu telefone já havia tocado algumas vezes, mas eu nem me importei em atender.

Natsu também não parecia fazer muita questão de se mover, sua mão acariciava meus cabelos em movimentos delicados e seus lábios roçando minhas têmporas.

Estava tudo tão tranquilo e maravilhoso...

Então ouvimos passos no corredor, nós nos entre olhamos:

- Pode ser um dos vizinhos – ele falou baixinho ainda sem se mover.

Eu assenti, torcendo por isso, mas no fundo eu sabia que isso seria simplesmente bom demais para ser verdade. Bateram na porta:

- Lucy!?!?

- É a Mira – eu sussurrei

- Se nós ficarmos quietinhos ela pode desistir e ir embora – ele respondeu também, sussurrando.

- Lucy! Meu Deus! Ela não responde, será que passou mal também? Juvia me disse que ela tinha ficado sozinha em casa e ela não atendeu quando ligamos, acho que devemos arrombar a porta – Mira falou do corredor e me fazendo arregalar os olhos.

- Eu posso fazer isso – aquela foi a voz de Laxus.

- Não! Já estou abrindo! – eu gritei.

Saltei do colo do Natsu, catando e vestindo minhas roupas freneticamente. Natsu também se levantou as pressas, soltando um xingamento quando quase caiu de cara no chão no processo uma vez que suas calças ainda estavam presas nas pernas.

Quando finalmente abri a porta o olhar preocupado da Mira me avaliou de alto a baixo, eu claramente estava uma bagunça. Cabelo embolado, roupas tortas, ofegante e corada.

Mas quando o Natsu se aproximou e colocou uma mão possessivamente no meu quadril, eu vi o preciso momento em que ela entendeu o que estava acontecendo.

- Oh meu Deus! Lucy... eu... – ela gemeu, tapando os olhos – eu sinto muito – Mira conseguiu falar – as meninas me disseram que você ficaria sozinha em casa e como estávamos perto, eu achei que poderia querer ir comer uma pizza com a gente, mas você não atendia o telefone e...

- Eu sei, eu estava... hã – limpei a garganta – ocupada, desculpe por te preocupar

- De qualquer forma a ideia da pizza me parece maravilhosa, estou faminto. - Natsu aceitou com um grande sorriso o convite que nem mesmo havia sido feito a ele.

Corri pro quarto tentar fazer o melhor possível com a minha aparência e fomos os quatro a uma pizzaria próxima.

Minha amiga ainda era incapaz de ficar vermelha ao nos olhar e estava quase tão envergonhada quanto eu, porque sinceramente, não tinha como ficar mais embaraçada que eu.

Só que esse constrangimento parecia mesmo ser algo inteiramente feminino, já que Laxus não tinha nenhum problema em me lançar olhares maliciosos e Natsu mantinha no rosto um enorme sorriso descarado.

Um dia eu com certeza vou rir muito de tudo isso... Mas hoje, definitivamente não seria esse dia.

***


Os dias que se seguiram foram intensos e passaram num turbilhão de atividade.

Eu tinha o TCC para concluir, os treinos das líderes com a final se aproximando rápido e a matéria pra revista.

Eu queria mostrar pro Natsu o que eu tinha escrito, contudo, ele estava sempre muito ocupado com sua própria lista de afazeres, o que fazia não conseguirmos nos ver tanto quanto gostaríamos e quando tínhamos um segundo que fosse roubado da nossa rotina era sempre pouco tempo para matar a saudade.

Como era o caso daquele dia dentro da salinha do zelador ao lado do vestiário do time no fim do treino...

Ele me puxou com pressa para aquele lugar e me beijou intensamente, enquanto me prensava com força na parede.

- Estou com tantas saudades suas, que nem sei por onde começar – ele falou com a voz abafada na minha pele, sem parar de me beijar na bochecha, pescoço e clavícula.

- Eu também, te quero tanto Natsu – respondi ofegante.

Suas mãos desceram dos meus ombros, passando pelos seios onde ele apertou me fazendo soltar um gemido alto.

- Shiiii, fique quieta, não queremos que os outros nos escutem – ele me repreendeu com um sorriso que desmentia a ordem, o maldito adorava a facilidade com que me fazia gemer.

A maior prova disso foi o fato dele trocar a mão pela boca, sugando e mordiscando meus mamilos de uma forma enlouquecedora.

Tive que colocar meu pulso na boca para abafar os gemidos, principalmente depois que as mãos dele voltaram a torturante descida pelos meus quadris, ventre e ainda mais para baixo, adentrando o curto e apertado short saia de líder de torcida.

- Hummm – ambos gememos quando ele me tocou, sentindo o quanto eu já estava molhada.

- Esse me parece um excelente ponto de partida – ele falou, enquanto abaixava o short, levando junto a calcinha e se ajoelhando na minha frente.

Aquela era uma visão e tanto! O Natsu ainda completamente vestido, de joelhos, plantando beijos deliciosos pelas minhas coxas até enterrar seu rosto na junção das minhas coxas no mais íntimo dos beijos.

- Natsu! – eu gemi o nome dele, sem consegui me conter, nós dois sabíamos que eu não iria demorar muito.

Ele me lambia e sorria, adorando me deixar naquele estado, ele sabia que era o único capaz de me levar ao delírio.

Eu resmunguei de frustração quando ele afastou a boca, voltando a se pôr de pé, estava tão perto.

Logo eu senti ele afastar as roupas e o membro rijo dele ser posicionando na minha entrada, ambos estremecemos de desejo e eu sem precisar de instruções, envolvi as pernas ao redor dele.

Natsu me penetrou, sendo imediatamente acolhido no meu interior, eu não conseguia acreditar na minha estupidez por ter adiado por tanto tempo algo tão bom.

Ele se moveu, meu corpo se arqueando, procurando obter o máximo de contato com o dele.

Até que com um grito contido, eu me desmanchei seguida quase que imediatamente pela liberação dele.

- Na próxima vez que fizermos isso – ele decretou ofegante – será em uma cama e teremos muito tempo pra repetir.

Eu dei uma risadinha. As poucas vezes em que fizemos amor foram todas assim, deliciosamente frenéticas e em lugares inesperados, a oportunidade aparecia e nós a agarrávamos sem pensar duas vezes.

- E ambos estaremos completamente nus dessa vez, eu espero – eu não pude resistir a provocá-lo e o brilho nos olhos dele fez meu coração errar a batida – é uma promessa.

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